terça-feira, 16 de outubro de 2012

ELEIÇÕES E REFORMA POLÍTICA


Boa noite amigos,

O editorial de hoje do jornal "Correio Popular" de Campinas trata do processo eleitoral no Brasil e mostra, com propriedade, as inconsistências da legislação, diante de uma realidade completamente diversa e que desafia, mais do que nunca, a necessidade de uma reforma eleitoral de profundidade. Nos meus 60 anos, vivi muitas eleições no Brasil e, principalmente, longo período de ausência delas, a justificar a minha profunda consciência de que o exercício do voto é, ainda, a forma mais preciosa do exercício da democracia. Mas não posso entender o voto como obrigação, como forma compulsória de levar o eleitor às urnas, de fazer com que ele ganhe consciência cívica de que esse é um direito importante. Como afirma o editorialista, o voto facultativo seria, em princípio, uma forma de qualificar a democracia, mas isso se faz pela educação capaz de desenvolver um senso crítico de que é preciso participar e de como participar para qualificar e legitimar o processo democrático. Outra coisa distante de nossa realidade é o sistema proporcional com os coeficientes eleitorais que beneficiam a estrutura ideológica dos partidos, em detrimento de pessoas, o que nunca funcionou no país. Os partidos, no Brasil, ainda são meras agremiações políticas,  criados, transformados e extintos ao sabor dos interesses pessoais de políticos mais ou menos consagrados na sua arte.  Converteram-se, na prática,  em um grande balcão de negócios, como assevera o editorial, com boa dose de razão. Exemplos podem ser citados à exaustão. Em suma, a reforma política, tanto quanto a reforma tributária e algumas outras reformas, conquanto relegadas ao esquecimento, precisam voltar à pauta do Congresso Nacional. A Lei da Ficha Limpa e o julgamento histórico do Supremo Tribunal Federal relativo à  compra de votos de parlamentares de vários partidos para prestigiar os projetos do governo Lula, mostram que já não é possível adiar a mudança.

RAPIDINHAS.

P.S. (1)  O número de votos em branco e nulos em Campinas, de cerca de 30%, superou a votação do segundo candidato mais votado no primeiro turno. É um dado emblemático a justificar a desesperança de muitos eleitores quanto à efetividade das promessa eleitorais  e o protesto contra o voto obrigatório;

P.S. (2) “É preciso avançar em uma ampla reforma política que vem sendo usada há décadas e está nas mãos justamente de quem não tem  o menor interesse em mudar as regras do jogo” (Trecho do Editorial de hoje do Correio Popular);

P.S. (3) Ao contrário do que fizeram os Magistrados de 1ª. Instância e dos Tribunais Regionais, que aplicaram com rigor a Lei da Ficha Limpa e em alguns casos se recusaram em examinar a existência ou não dos requisitos legais para a impugnação de candidaturas, alguns políticos, impedidos de participar do pleito por decisão judicial, conseguiram, de última hora, substituir-se por alguém próximo, inclusive por mulher ou filho. E eles foram eleitos, numa clarividência de que a maioria dos eleitores quis mesmo votar no candidato impugnado. Algo para profunda reflexão, sem dúvida;

P.S. (4). A primeira foto da coluna de hoje retrata a bela família William, Priscila e Camilo, no casamento da prima de Priscila, Denise Tafarello, no mês passado, na bucólica cidade de Analândia, uma Estância Climática próxima de São Carlos. William e  Priscila se casaram na Itália, onde residiam (ele é italiano e ela brasileira). Atualmente estão residindo no Brasil. A segunda foto, colhida na mesma ocasião,  é do irmão de Denise, o advogado criminalista  Rogério Taffarello e da namorada, a bela e simpática Vivian;

P.S. (5) Ponto muito positivo para a Emdec - Empresa Municipal de  Desenvolvimento de Campinas, que já licitou e  implantou em vários pontos da cidade, os táxis destinados ao transporte de deficientes físicos ou pessoas que,  mesmo episodicamente, têm restrição para ampla locomoção. No ponto do Cambuí, por exemplo, ao lado do Regatas e da Padaria Romana, há  três deles (vide foto abaixo). Os escolhidos são veículos da marca Fiat, modelo Doblò, com porta malas imensos,  adaptados para o transporte dessas pessoas, com segurança e conforto.   

 

 Até amanhã, amigos.

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