Boa noite amigos,
O editorial de hoje do
jornal "Correio Popular" de Campinas trata do processo eleitoral no Brasil e
mostra, com propriedade, as inconsistências da legislação, diante de
uma realidade completamente diversa e que desafia, mais do que nunca, a necessidade
de uma reforma eleitoral de profundidade. Nos meus 60 anos, vivi muitas
eleições no Brasil e, principalmente, longo período de ausência delas, a
justificar a minha profunda consciência de que o exercício do voto é, ainda, a
forma mais preciosa do exercício da democracia. Mas não posso entender o voto
como obrigação, como forma compulsória de levar o eleitor às urnas, de fazer
com que ele ganhe consciência cívica de que esse é um direito importante. Como
afirma o editorialista, o voto facultativo seria, em princípio, uma forma de
qualificar a democracia, mas isso se faz pela educação capaz de desenvolver um
senso crítico de que é preciso participar e de como participar para qualificar
e legitimar o processo democrático. Outra coisa distante de nossa realidade é o
sistema proporcional com os coeficientes eleitorais que beneficiam a estrutura
ideológica dos partidos, em detrimento de pessoas, o que nunca funcionou no país. Os partidos, no Brasil, ainda são meras
agremiações políticas, criados, transformados e extintos ao sabor dos
interesses pessoais de políticos mais ou menos consagrados na sua arte. Converteram-se, na prática, em um grande balcão de negócios, como
assevera o editorial, com boa dose de razão. Exemplos podem ser citados à
exaustão. Em suma, a reforma política, tanto quanto a reforma tributária e
algumas outras reformas, conquanto relegadas ao esquecimento, precisam voltar à
pauta do Congresso Nacional. A Lei da Ficha Limpa e o
julgamento histórico do Supremo Tribunal Federal relativo à compra de votos de
parlamentares de vários partidos para prestigiar os projetos do governo Lula, mostram que já não é possível adiar a mudança.
RAPIDINHAS.
P.S. (1) O número de votos em branco e nulos em
Campinas, de cerca de 30%, superou a votação do segundo candidato mais votado no primeiro
turno. É um dado emblemático a justificar a desesperança de muitos eleitores
quanto à efetividade das promessa eleitorais
e o protesto contra o voto obrigatório;
P.S. (2) “É preciso
avançar em uma ampla reforma política que vem sendo usada há décadas e está nas
mãos justamente de quem não tem o menor
interesse em mudar as regras do jogo” (Trecho do Editorial de hoje do Correio
Popular);
P.S. (3) Ao contrário
do que fizeram os Magistrados de 1ª. Instância e dos Tribunais Regionais, que
aplicaram com rigor a Lei da Ficha Limpa e em alguns casos se recusaram em
examinar a existência ou não dos requisitos legais para a impugnação de
candidaturas, alguns políticos, impedidos de participar do pleito por decisão
judicial, conseguiram, de última hora, substituir-se por alguém próximo,
inclusive por mulher ou filho. E eles foram eleitos, numa clarividência de que
a maioria dos eleitores quis mesmo votar no candidato impugnado. Algo para
profunda reflexão, sem dúvida;
P.S. (4). A primeira
foto da coluna de hoje retrata a bela família William, Priscila e Camilo, no casamento da prima de Priscila, Denise
Tafarello, no mês passado, na bucólica cidade de Analândia, uma Estância
Climática próxima de São Carlos. William e Priscila se casaram na Itália, onde
residiam (ele é italiano e ela brasileira). Atualmente estão residindo no
Brasil. A segunda foto, colhida na mesma ocasião, é do irmão de Denise, o advogado
criminalista Rogério Taffarello e da namorada,
a bela e simpática Vivian;
P.S. (5) Ponto muito
positivo para a Emdec - Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas, que
já licitou e implantou em vários pontos
da cidade, os táxis destinados ao transporte de deficientes físicos ou pessoas
que, mesmo episodicamente, têm restrição
para ampla locomoção. No ponto do Cambuí, por exemplo, ao lado do Regatas e da
Padaria Romana, há três deles (vide foto
abaixo). Os escolhidos são veículos da marca Fiat, modelo Doblò, com porta malas imensos, adaptados para o transporte
dessas pessoas, com segurança e conforto.
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