terça-feira, 23 de outubro de 2012

TEATRO DE COMÉDIA - TOC TOC

Boa noite amigos.
Na minha mocidade, lembro-me de uma bela música de autoria dos irmãos Flávio e Celso Cavalcante, que falava sobre Manias. “Dentre as manias que eu tenho/ uma é gostar de você. Mania é coisa que a gente tem/ mas não sabe porque/ Mania de querer bem/Às vezes de falar mal/ Mania de só deitar/depois de ler o jornal”. E vai por aí afora. Pois bem, está em cartaz no teatro Amil do Shopping Dom Pedro aqui em Campinas a comédia dirigida pelo talentoso diretor Alexandre Reinecke, e que já foi vista por mais de 300.000 pessoas desde a sua estréia em 2.008, chamada TOC TOC. Escrita pelo consagrado escritor francês Lauren Baffie, e exibida com absoluto sucesso no Palis Royal em Paris,  a tradução brasileira é de Clara Carvalho.  O TOC é de transtorno obsessivo compulsivo, mal  que acomete grande parte da população mundial e se caracteriza por determinadas e exacerbadas manias.  A peça se passa na ante-sala de um psiquiatra, reunindo pacientes que apresentam várias compulsões, e ali interagem, decidindo, pela suposta demora do profissional no atendimento, a realizar uma terapia em grupo.  No elenco, Ariel Moshe, Andréa Mattar, Didio Perini, Gustavo Vaz, Carolina Parra, Maria Helena  Chira e Sandra Pera, irmã de Marília Pera (é impressionante como ambas se parecem). O texto é engraçadíssimo, os atores ótimos, e o resultado é de uma comédia leve e de categoria, uma das melhores dos últimos tempos, na opinião também da crítica especializada que, no caso, se harmoniza com a opinião do  público que tem respondido, com entusiasmo, ao chamamento, para o espetáculo. Temática  boa para teatro, promete ter a mesma vida longa de comédias consagradas como Bonifácio Bilhões, Trair e Coçar é Só Começar e Os Mistérios de Irma Vap,só para citar algumas de vida longeva e múltiplas encenações.  A peça estará na cidade por mais duas semanas, às sextas-feiras e sábados, às 21,00 horas e aos domingos, às 19,00 horas. Não deixe de ver.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) Flávio Cavalcante era jornalista e compositor e tinha, nos anos 70, um programa chamado "Um Instante Maestro". Reunindo um júri com críticos consagrados da música popular brasileira apresentava os lançamentos musicais de sucesso e os criticava, fossem quais fossem os compositores, elogiando-os ou "descendo o pau", conforme o caso. Se considerasse ruim  a obra,  quebrava o disco, no ar;
P.S. (2) A compulsão é um comportamento consciente e repetitivo como o ato de lavar as mãos ou tomar banho repetidamente, conferir reiteradamente se esqueceu algo como uma torneira aberta, o gás de cozinha aberto, ou portas sem trancar. Para que esses comportamentos sejam considerados compulsivos, é necessário, porém, que ocorram com uma frequência muito grande, bem acima do necessário diante de qualquer padrão de avaliação.
 

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