sexta-feira, 12 de outubro de 2012

HOMENAGEM AO DR. BENEDICTO JORGE FARAH - OS QUE FIZERAM E FAZEM A DIFERENÇA

Caros amigos,
O mundo se divide entre aquelas pessoas que estão aqui para serem servidas, que se queixam de tudo, que não fazem nada em benefício da comunidade ou da sociedade, e aqueles, do outro pólo extremo,  cuja missão é servir,  transmitindo alegria, esperança, amor e especialmente sabedoria, amizade e solidariedade. O Doutor Benedicto Jorge Farah foi uma dessas pessoas raras, com quem a gente gosta de conversar, brincar e estar junto. Lamento que o nosso relacionamento  e a nossa convivência tenham se estreitado bastante apenas nos últimos anos de sua saudosa passagem por este mundo. Mas valeu, e valeu muito. A sua morte, pouco tempo após a  compulsória e impiedosa aposentadoria, foi muita sentida no seio de seus familiares, sua legião de amigos, da colônia sírio-libanesa, do meio jurídico em geral  e de toda a comunidade de São Paulo, Campinas e de sua inesquecível Socorro, que a gente chamava de “Help” para mexer com ele. Por iniciativa de outro querido patrício, o Desembargador Euvaldo Chaib Filho e imediata adesão do Doutor Luis Antonio Alves Torrano, Diretor do Fórum da Cidade Judiciária de Campinas, estimado companheiro de magistratura e de docência, contando ainda com a aprovação unânime de seus colegas, de advogados, de Promotores e da comunidade em geral, o Tribunal de Justiça de São Paulo, houve por bem atribuir à Sala do Tribunal do Júri do Fórum da Cidade Judiciária de Campinas, o nome honrado do Desembargador, Farah. Foi uma homenagem justa  e tocante. No discurso de saudação,  o Desembargador Dimas Thomas Borelli Junior,  focalizou, com competência,  sensibilidade, e sobretudo de forma descontraída e engraçada, o  grande homem que era Farah como pai, marido, amigo e  Magistrado. Profundo conhecedor da língua pátria e com invejável cultura geral, Dimas agradou a todos os presentes e o tom descontraído lembrou menos a formalidade de um discurso, e muito mais uma retrospectiva saudosa  do perfil  de Farah. Em nome da família, composta da esposa, Dna. Maria José Batistella Farah (Zeza para os amigos), dos filhos Sílvia Cristina, Ana Paula, José Henrique, Carlos Eduardo  e Luis Roberto, do genro, Wilson, das  noras, Carolina e Laís,  e dos netos, Sofia, Bárbara e Thiago,   agradeceu emocionado a homenagem, o filho e amigo,  Dr. José Henrique Farah (foto abaixo). Muita gente querida por lá.
 
(O genro Wilson, a filha Silvia Cristina e os netos Thiago e Sofia)
 
 
 
 
 
Até amanhã amigos.
 
Descerramento da placa com o nome do Desembargador na entrada do Salão do Júri do Fórum da Cidade Judiciária de Campinas. Na foto, à direita,  a viúva Dona Zeza, o Desembargador Euvaldo Chaib Filho, idealizador da homenagem e o Desembargador Aposentado, Caio Canguçu de Almeida. Do lado esquerdo, o Desembargador Ivan Sartori, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 
 
 
 
 
 
P.S. (1) Numa inesquecível manhã de sábado, eu e Farah na sua ampla sala de sua receptiva casa, a propósito de conversa sobre inúmeros assuntos variados, não sei porque lembramos do grande compositor gaúcho,  Lupiscinio Rodrigues. Não resistimos e começamos a cantar. De Vingança a  Carteiro (sucesso imortal na voz de inconfundível sotaque paulistano de Isaurinha Garcia). De Castigo a Nervos de Aço.  Farah, com incrível memória, sabia "de cor e salteado" as letras elegantes e bem escritas do compositor. E entoava os graves com o entusiamo de um tenor. Momento imperdível, dentre tantos outros que desfrutei na sua agradável companhia;
P.S. (2) Lupiscínio Rodrigues é o compositor do Hino do Grêmio, um dos hinos mais bonitos  dentre todos os dos clubes brasileiros e que começa assim, lembram-se?: “Até a pé nós iremos. Para o que der e vier. Mas o certo é que nós estaremos. Com o Grêmio onde o Grêmio estiver.” ;
P.S. (3) A imagem radiante do querido Farah, em seu gabinete de trabalho em São Paulo e   que abre esta coluna hoje foi fornecida por minha filha, Samira, que foi assessora e fã incondicional  do Desembargador, no Tribunal de Justiça de São Paulo;
P.S. (4) As fotos da homenagem foram fornecidas por Ana Paula Farah, filha do Desembargador, nossa querida Paulinha;
P.S. (5) O Dr. Benedicto Farah foi durante muitos anos, antes de seu acesso ao cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Juiz de Vara de Família em São Paulo. E como Magistrado, nesta área sensível do relacionamento humano, Farah serviu, e muito bem, graças à sua experiência e sensibilidade, os seus  jurisdicionados;
P.S. (6) Farah era torcedor apaixonado do Palmeiras e da Ponte Preta. A Macaca era, porém, a sua principal paixão, desde que, jovem, veio para Campinas estudar e trabalhar. Como ele sabia que eu era bugrino, um dos assuntos de nossas conversas era o futebol de Campinas. Quando acontecia derbi e a vitória era do Bugre ele não se fazia de rogado. Ligava e dava os parabéns. O mesmo fazia eu no caso de vitória da Ponte. Mas, no fundo, no fundo, a gente tava era com raiva. Não do amigo, é claro.Mas da vitória de nosso mais tradicional adversário, ou da derrota de nosso time do coração, tanto faz.
Abaixo, A esposa do Desembargador, Maria José Batistella Farah,  nossa estimada "Zeza". Ao lado, o filho, o advogado e professor, Dr. José Henrique Farah, agradecendo a homenagem prestada ao pai.
 

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