quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A SEXAGENÁRIA FACULDADE DE DIREITO DA PUC CAMPINAS


  
Boa noite amigos,
 
No distante ano de 1.941, enquanto se desenrolava a Segunda Guerra Mundial e o Brasil, um país de analfabetos e de economia preponderantemente rural, ainda não definia a sua posição de alinhamento aos aliados, o ideal e a perseverança de um homem visionário, o saudoso Monsenhor Emilio José Salim, conferia à provinciana cidade de Campinas, no interior de São Paulo, o privilégio de sediar um curso universitário, o de Filosofia, Letras e Artes, embrião do que se tornaria, um pouco mais tarde, no ano de 1.955, a Universidade Católica de Campinas. Entre essas duas datas, ou seja, em 1.951, Monsenhor já lograva outro tento relevante: a autorização do governo federal para a criação do Curso de Direito. A sua primeira turma se reunia, no início do ano de 1.952, no elegante prédio da rua Marechal Deodoro, 1.099, a Casa do Barão de Itapura, cujo Páteo dos Leões passou a ser um símbolo desse e de outros cursos. Ali universitários, docentes, dirigentes e funcionários da época começavam, assim, a escrever o  roteiro do que seria uma história institucional rica e plena de sucesso no campo da educação para o Direito, orgulho de seus egressos e daqueles que, como eu, ainda permanecem cumprindo vocação de amor à docência. O Curso de Direito, que acaba de receber do prestigioso Guia de Estudante da Editora Abril o conceito de curso “Cinco Estrelas”, se encrava conceitual e teleologicamente, nos objetivos de uma Universidade Católica, Pontifícia a partir de 1.972, eleita recentemente, dentre as Universidades particulares, a primeira do Estado de São Paulo e a quinta melhor do Brasil. Não por acaso, certamente. São hoje quase 15.000 Bacharéis em Ciências Jurídicas e Sociais graduados nessas seis décadas e que exercem ou exerceram relevantes postos ou papeis sociais.  De seu Bacharelado são oriundos ilustres Advogados, Ministros de Estado, Ministros de Tribunais Superiores, Governadores, Prefeitos, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores, Desembargadores, Juízes de Direito, Procuradores de Justiça, Procuradores do Estado, Promotores de Justiça, Defensores Públicos, Delegados de Polícia, Professores Universitários, Reitores, diplomatas e uma gama imensa de profissionais que se enveredaram pelas mais diversas atividades para as quais os Bacharéis em Ciências Jurídicas e Sociais são requisitados, as chamadas carreiras jurídicas, e em outras, de cunho social, não privativas de Bacharéis. Em todos os casos, porém, uma certeza: a de que esses Bacharéis receberam profunda, cabal e adequada preparação, preconizada por um projeto pedagógico centrado no objetivo de proporcionar não só preparo técnico necessário ao exercício de qualquer das profissões, mas também de elevada formação humanística, na premissa sempre relembrada de que, no âmbito do Direito, mesmo em tempos de avançada tecnologia, não existe software disponível na praça, para a aplicação e realização da Justiça em cada caso concreto, objetivo esse que nasce e se realiza na vontade constante e consciente de contribuir para o efetivo aperfeiçoamento das instituições, a melhor qualidade dos serviços que se prestam à comunidade e no desenvolvimento de políticas públicas que contribuam verdadeiramente para diminuir o abismo entre as classes sociais, a enorme distância entre ricos e miseráveis. Para comemorarmos os 60 anos de atividades de nossa Faculdade de Direito, realizaremos um jantar por adesão no dia 23 de novembro de 2.012, para o qual já estão convidados alunos, ex-alunos e professores, cujas informações poderão ser obtidas no www.pucdireito60anos.com.
 
Até amanhã amigos
P.S. O artigo acima foi  publicado no Jornal "Correio Popular", Campinas, São Paulo, edição de 16 de  novembro de 2.012, pag. A-2.

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