Boa noite amigos,
No
distante ano de 1.941, enquanto se desenrolava a Segunda Guerra Mundial e o
Brasil, um país de analfabetos e de economia preponderantemente rural, ainda
não definia a sua posição de alinhamento aos aliados, o ideal e a perseverança
de um homem visionário, o saudoso Monsenhor Emilio José Salim, conferia à
provinciana cidade de Campinas, no interior de São Paulo, o privilégio de
sediar um curso universitário, o de Filosofia, Letras e Artes, embrião do que
se tornaria, um pouco mais tarde, no ano de 1.955, a Universidade Católica de
Campinas. Entre essas duas datas, ou seja, em 1.951, Monsenhor já lograva outro
tento relevante: a autorização do governo federal para a criação do Curso de
Direito. A sua primeira turma se reunia, no início do ano de 1.952, no elegante
prédio da rua Marechal Deodoro, 1.099, a Casa
do Barão de Itapura, cujo Páteo dos Leões passou a ser um símbolo desse e
de outros cursos. Ali universitários, docentes, dirigentes e funcionários da
época começavam, assim, a escrever o roteiro do que seria uma história
institucional rica e plena de sucesso no campo da educação para o Direito,
orgulho de seus egressos e daqueles que, como eu, ainda permanecem cumprindo
vocação de amor à docência. O Curso de Direito, que acaba de receber do
prestigioso Guia de Estudante da Editora Abril o conceito de curso “Cinco Estrelas”,
se encrava conceitual e teleologicamente, nos objetivos de uma Universidade
Católica, Pontifícia a partir de 1.972, eleita recentemente, dentre as
Universidades particulares, a primeira do Estado de São Paulo e a quinta melhor
do Brasil. Não por acaso, certamente. São hoje quase 15.000 Bacharéis em
Ciências Jurídicas e Sociais graduados nessas seis décadas e que exercem ou
exerceram relevantes postos ou papeis sociais.
De seu Bacharelado são oriundos ilustres Advogados, Ministros de Estado,
Ministros de Tribunais Superiores, Governadores, Prefeitos, Senadores,
Deputados Federais e Estaduais, Vereadores, Desembargadores, Juízes de Direito,
Procuradores de Justiça, Procuradores do Estado, Promotores de Justiça,
Defensores Públicos, Delegados de Polícia, Professores Universitários,
Reitores, diplomatas e uma gama imensa de profissionais que se enveredaram
pelas mais diversas atividades para as quais os Bacharéis em Ciências Jurídicas
e Sociais são requisitados, as chamadas carreiras jurídicas, e em outras, de
cunho social, não privativas de Bacharéis. Em todos os casos, porém, uma
certeza: a de que esses Bacharéis receberam profunda, cabal e adequada
preparação, preconizada por um projeto pedagógico centrado no objetivo de
proporcionar não só preparo técnico necessário ao exercício de qualquer das
profissões, mas também de elevada formação humanística, na premissa sempre
relembrada de que, no âmbito do Direito, mesmo em tempos de avançada
tecnologia, não existe software disponível
na praça, para a aplicação e realização da Justiça em cada caso concreto,
objetivo esse que nasce e se realiza na vontade constante e consciente de
contribuir para o efetivo aperfeiçoamento das instituições, a melhor qualidade
dos serviços que se prestam à comunidade e no desenvolvimento de políticas
públicas que contribuam verdadeiramente para diminuir o abismo entre as classes
sociais, a enorme distância entre ricos e miseráveis. Para comemorarmos os 60
anos de atividades de nossa Faculdade de Direito, realizaremos um jantar por
adesão no dia 23 de novembro de 2.012, para o qual já estão convidados alunos,
ex-alunos e professores, cujas informações poderão ser obtidas no
www.pucdireito60anos.com.
Até amanhã amigos
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