quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

UMA ATRIZ - FABIANA KARLA, UMA POETISA - CORA CORALINA


Boa noite amigos,
 
MULHER N. 1:  Ela é uma atriz, uma comediante, um ser humano extraordinário, alegre e espontâneo. Nem o fato de ter vindo do discriminado Nordeste, nem a circunstância de mostrar um corpo obeso, fora dos padrões estéticos das atrizes e modelos, impediram essa mulher de ir atrás de seus sonhos. FABIANA KARLA (na imagem acima emprestada do site entretimento.r7.com), está em Campinas, com o espetáculo teatral “A Vida em Rosa”, no Teatro Amil e contou a sua história em entrevista ao jornal Correio Popular. Aos 14 anos ganhou o primeiro prêmio com a personagem Lucicreide, um sucesso em Recife. Aos 23 anos, casada e com três filhos, foi para o Rio de Janeiro tentar a vida artística. Ficou esperando na porta do Projac o diretor Maurício Sherman, do “Zorra Total” e, quando ele chegou pediu cinco minutos de atenção: “O senhor sabe o que é vir do Nordeste com a mala cheia de sonhos? Ganhou oportunidade na comédia global sabatina, do qual faz parte do elenco fixo,representando diversos personagens de sucesso (Lucicreide; Gislaine; a doutora Lorca e a Presidenta Dilma), todos com sucesso,   fez cinema (A Máquina; Trair e Coçar é Só Começar;  e O Palhaço, já exibidos,  e Casa da Mãe Joana 2 e O Corpo Fechado, ambos ainda a estrear), duas novelas (a empregada de Suzana Vieira na novela Mulheres Apaixonadas, de Manuel Carlos, e a Olga Bastos, no remake de Gabriela) e teatro. É dessa grande  mulher a seguinte afirmação, extremamente inspiradora. Vejam que beleza de conselho de vida: “COMO UM ATLETA MALHA OS MÚSCULOS, MALHO MEUS SENTIMENTOS, SOU INTENSA NO QUE FAÇO PORQUE EXERCITO ESSES SENTIMENTOS TODOS OS DIAS”
 
MULHER 2: Ela nasceu no distante ano de 1.889, na pequena cidade de Goiás, interior do Centro-Oeste do Brasil. Embora oriunda de família nobre (seu pai era Desembargador), apenas cursou as quatro primeiras séries do grupo escolar (primeiro grau, atualmente). Vivendo e curtindo as coisas da vida rural, foi doceira de primeira classe e escritora desde a adolescência. Nada obstante, só publicou o seu primeiro livro (POEMAS DOS BECOS DE GOIÁS E ESTÓRIAS MAIS),  em junho de 1.965, quando contava 76 anos de idade. Nascida Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brito, quando completou 50 anos, afirma ter perdido o medo que sentia e adotou o nome que escolhera e  com o qual pretendia ser conhecida e chamada: CORA CORALINA (segunda imagem emprestada do blog apoesiadobrasil.blogspot.com.). É considerada uma das mais importantes  escritoras e contistas brasileiras. Morreu na cidade de Goiânia, em abril de 1.985, aos 96 anos de idade. Segue um de seus poemas, que bem demonstra o seu grau de talento e sensibilidade. Beleza Pura, gente!
“NÃO SEI SE A VIDA É CURTA OU LONGA PARA NÓS, MAS SEI QUE NADA DO QUE VIVEMOS TEM SENTIDO, SE NÃO TOCARMOS O CORAÇÃO DAS PESSOAS. MUITAS VEZES BASTA SER COLO QUE ACOLHE, BRAÇO QUE ENVOLVE, PALAVRA QUE CONFORTA, SILÊNCIO QUE RESPEITA, ALEGRIA QUE CONTAGIA, LÁGRIMA QUE CORRE, OLHAR QUE ACARICIA, DESEJO QUE SACIA, AMOR QUE PROMOVE.
E ISSO NÃO É COISA DO OUTRO MUNDO. É O QUE DÁ SENTIDO À VIDA. É O QUE FAZ COM QUE ELA NÃO SEJA NEM CURTA, NEM LONGA DEMAIS, MAS QUE SEJA INTENSA, VERDADEIRA, PURA ENQUANTO DURAR.
FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA.”
 
Até amanhã amigos.



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