Boa noite amigos,
MULHER N. 1:
Ela é uma atriz, uma comediante, um ser humano extraordinário, alegre e
espontâneo. Nem o fato de ter vindo do discriminado Nordeste, nem a
circunstância de mostrar um corpo obeso, fora dos padrões estéticos das atrizes
e modelos, impediram essa mulher de ir atrás de seus sonhos. FABIANA KARLA (na imagem acima
emprestada do site entretimento.r7.com),
está em Campinas, com o espetáculo teatral “A Vida em Rosa”, no Teatro Amil e
contou a sua história em entrevista ao jornal Correio Popular. Aos 14 anos
ganhou o primeiro prêmio com a personagem Lucicreide, um sucesso em Recife. Aos
23 anos, casada e com três filhos, foi para o Rio de Janeiro tentar a vida
artística. Ficou esperando na porta do Projac o diretor Maurício Sherman, do
“Zorra Total” e, quando ele chegou pediu cinco minutos de atenção: “O senhor
sabe o que é vir do Nordeste com a mala cheia de sonhos? Ganhou oportunidade na
comédia global sabatina, do qual faz parte do elenco fixo,representando
diversos personagens de sucesso (Lucicreide; Gislaine; a doutora Lorca e a Presidenta
Dilma), todos com sucesso, fez cinema (A Máquina; Trair e Coçar é Só
Começar; e O Palhaço, já exibidos, e Casa
da Mãe Joana 2 e O Corpo Fechado, ambos ainda a estrear), duas novelas (a
empregada de Suzana Vieira na novela Mulheres Apaixonadas, de Manuel Carlos, e
a Olga Bastos, no remake de Gabriela) e teatro. É dessa grande mulher a seguinte afirmação, extremamente
inspiradora. Vejam que beleza de conselho de vida: “COMO UM ATLETA MALHA OS MÚSCULOS, MALHO MEUS SENTIMENTOS, SOU INTENSA
NO QUE FAÇO PORQUE EXERCITO ESSES SENTIMENTOS TODOS OS DIAS”
MULHER 2: Ela nasceu no distante ano de 1.889,
na pequena cidade de Goiás, interior do Centro-Oeste do Brasil. Embora oriunda
de família nobre (seu pai era Desembargador), apenas cursou as quatro primeiras
séries do grupo escolar (primeiro grau, atualmente). Vivendo e curtindo as
coisas da vida rural, foi doceira de primeira classe e escritora desde a adolescência.
Nada obstante, só publicou o seu primeiro livro (POEMAS DOS BECOS DE GOIÁS E ESTÓRIAS MAIS), em junho de 1.965, quando contava 76 anos de
idade. Nascida Ana Lins dos Guimarães Peixoto
Brito, quando completou 50 anos, afirma ter perdido o medo que sentia e
adotou o nome que escolhera e com o qual
pretendia ser conhecida e chamada: CORA
CORALINA (segunda imagem emprestada do blog apoesiadobrasil.blogspot.com.). É considerada uma das mais
importantes escritoras e contistas brasileiras. Morreu
na cidade de Goiânia, em abril de 1.985, aos 96 anos de idade. Segue um de seus
poemas, que bem demonstra o seu grau de talento e sensibilidade. Beleza Pura,
gente!
“NÃO SEI SE A VIDA É
CURTA OU LONGA PARA NÓS, MAS SEI QUE NADA DO QUE VIVEMOS TEM SENTIDO, SE NÃO
TOCARMOS O CORAÇÃO DAS PESSOAS. MUITAS VEZES BASTA SER COLO QUE ACOLHE, BRAÇO
QUE ENVOLVE, PALAVRA QUE CONFORTA, SILÊNCIO QUE RESPEITA, ALEGRIA QUE CONTAGIA,
LÁGRIMA QUE CORRE, OLHAR QUE ACARICIA, DESEJO QUE SACIA, AMOR QUE PROMOVE.
E ISSO NÃO É COISA DO
OUTRO MUNDO. É O QUE DÁ SENTIDO À VIDA. É O QUE FAZ COM QUE ELA NÃO SEJA NEM
CURTA, NEM LONGA DEMAIS, MAS QUE SEJA INTENSA, VERDADEIRA, PURA ENQUANTO DURAR.
FELIZ AQUELE QUE
TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA.”
Até amanhã amigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário