quinta-feira, 9 de maio de 2013

CINEMA - DJANGO LIVRE


Boa noite, amigos.


Nome do Filme: Django Unchained (Django Livre). Uma grande brincadeira do  diretor, Quentin Tarantino (Pulp Fiction; Kill Bill 1 e 2; Cães de Aluguel; Bastardos Inglórios).  Uma homenagem a um gênero de  filme que arrebanhou multidões para os cinemas nos anos 50/70 e que marcou a adolescência da geração que hoje chega aos  60 anos. O resgate de um roteiro simples e direto, com heróis e bandidos perfeitamente definidos, estes escondendo, escravizando e violentando,  e aqueles lutando para libertar e livrar inocentes de seus algozes, consagrando assim  os valores do bem e da coragem. Muitos tiros e muito sangue, a ponto de Django Livre” ter sua exibição suspensa na China, país severo na censura a conteúdos de sexo, política e violência. A crítica especializada foi extremamente generosa com o longa (longa mesmo, 165 minutos de duração). Num universo de 26 veículos de comunicação (dentre os quais, Folha de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil e Zero Hora), obteve média de 4,2, numa avaliação de 0 a 5 pontos). Indicado para várias categorias do Oscar, levou duas estatuetas: a de melhor roteiro original para Tarantino e a de melhor ator coadjuvante para Christoph Waltz, que viveu o caçador de recompensas alemão, King Schultz. Tendo como inspiração “Django”, um memorável faroeste italiano de 1.966, considerado pelos americanos como um belo exemplar do gênero  spaghetti western”, o filme é ambientando no sul dos Estados Unidos, anos antes da Guerra Civil Americana. Django (Jamie Foxx), um negro escravo, é comprado de seu proprietário  pelo caçador de recompensas, dr. Schultz (Christoph Waltz), tendo este o objetivo de localizar os sanguinários irmãos Brittle, procurados pela Justiça, vivos ou mortos. Como só Django pode levá-lo até os assassinos, o caçador promete alforriar o escravo se lograr o intento. Com  o êxito na busca e a execução dos bandidos,  ambos passam a perseguir outro desiderato, qual seja, o de localizar e salvar a negra, Broomhilda (Kerry Washington), mulher de Django, escravizada pelo terrível fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). A crítica que se pode fazer ao filme é que ele é longo demais e poderia ser encurtado. Mas parece que a intenção de Tarantino foi realmente arrastá-lo, mesclando os diálogos e as cenas sérias, com outras divertidas,  para que o espectador  envolvido na trama, não se esqueça  em momento algum que aquilo tudo ( repertório de tiros, um só batendo em muitos, gente voando com as balas que recebe, sangue para todo o lado) é mesmo  uma bela ficção, um joguinho desses de internet, sem requintes de violência séria capaz de assustar e inibir. Pelo menos foi com essa leveza e muito riso que  assisti ao filme durante um voo internacional,   o que não foi por certo a ótica dos chineses impressionados com as cores fortes do sangue  e o barulho dos tiros. Resta considerar, embora eu seja suspeito porque tenho especial predileção pela arte desse extraordinário ator, a interpretação fantástica de Leonardo DiCaprio, na pele de proprietário da Fazenda “Candyland, em que os escravos são utilizados para lutas, como esporte ou hobby do inescrupuloso dono.  Divertido, saudosista, um pouco longo e enjoativo também. Fica na média. Sem o brilho e a originalidade  de um  Bastardos Inglórios.

Até amanhã amigos.



P.S. (1) A China é o segundo maior mercado de cinema,. Só perde para os Estados Unidos;

P.S. (2)  Brasil, Rússia, China e Índia juntos são responsáveis por 25% de todo o faturamento de cinema do mundo. Não é muito se considerarmos que só as duas últimas possuem a metade da população do planeta.

P.S. (2) Tarantino possui uma belíssima coleção de filmes de  faraoeste. Apaixonado pelo gênero, Django Livre foi inspirado na série italiana Django, que fez sucesso nos anos 60/70. Django era branco e um vagabundo que arrastava um caixão de defunto,  no qual escondia uma metralhadora;

P.S. (3) A Saga “Django” inclui ainda os seguintes fimes: Django Atira Primeiro; Viva Django, Django, o Bastardo; Django Não Perdoa, Mata, todos eles vividos na tela pelo ator italiano Franco Nero;

P.S. (4) Tarantino não suportou ficar longe da tela nesse filme-homenagem. Ele aparece discretamente em uma rápida cena de “Django Livre”.  Quem também aparece, a seu convite, é o veterano ator Franco Nero, que viveu Django na saga dos anos 60/70;

P.S. (5) Franco Nero foi dirigido, em todos os longas originais,  pelo cineasta Sérgio Corbucci;




P.S. (6) O escravo Django seria inicialmente interpretado pelo conhecido ator Will Smith, que recusou o papel, entendendo que o personagem não seria o protagonista. O orçamento do filme foi de cem milhões de dólares, dispendio já recuperado e ampliado quase cinco vezes (nas bilheterias a película já rendeu algo por volta  dos quinhentos milhões de dólares).

P.S. (7) O ator Jamie Foxx viveu no cinema o papel do cantor cego Ray Charles, no filme Ray, em que também faz par romântico com a atriz Kerry Washington;

P.S. (8) As imagens da coluna de hoje foram emprestadas, respectivamente:  de blogs.D24am.com (cartaz de publicidade de Django Livre) do site entretenimento.r7.com (de Tarantino recebendo o Oscar); do site www.dbcobers.com. (cartaz de publicidade de Django, do ano de 1.966).


Nenhum comentário:

Postar um comentário