Bom
dia amigos,
° Estamos
no final do ano mais uma vez. Os mais velhos e até os de meia idade reclamam da
passagem rápida do tempo. As crianças e os adolescentes têm pressa e não têm a
mesma percepção dos adultos. Isso sempre foi assim. Lembro-me da ansiedade para
ir a escola, depois para a vinda das notas das provas, o término de uma etapa
do curso, o diploma, etc. etc. A mesma expectativa nos movia para o primeiro
namoro, o primeiro beijo, a possibilidade de ver os filmes proibidos para 14,
depois para 18 anos. O tempo de hoje, claro, é o mesmo de antigamente e o que
mudou foi apenas a nossa idade e as nossas expectativas. Quando a consciência
nos demonstra que já vivemos muitos anos e que talvez o final esteja mais
próximo do que desejaríamos, a ansiedade muda de foco. Agora, temos pressa para
viver tudo aquilo que achamos que merecemos ou que deveríamos ter feito ou
vivido.
°
Como diz a escritora Lya Luft, nessa
nossa chamada “melhor idade” (quem inventou isso é um velho despeitado, claro),
precisamos mesmo de duas coisas: projetos e afetos. Muitos. É isso aí.
°
A minissérie Dupla Identidade que a Rede Globo apresenta às sextas-feiras após o Globo Reporter é
muito boa. Não a acompanhei desde o início, mas quando assisto a um ou outro
capítulo realmente fico interessado. Um roteiro que não é novidade, mas que tem
merecido muito cuidado por parte dos profissionais envolvidos na sua realização. Os atores
respondem bem ao desafio, com destaque para o belíssimo e convincente desempenho
de Bruno Gagliasso, no papel do psicopata, serial killer, Edu, e da bela Luana Piovani.
°
O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, acaba de renovar o seu
vínculo com o clube, depois da imprensa toda (ele garante que nunca foi
consultado a respeito) noticiar a sua aposentadoria no final deste ano. O aval
do técnico Muricy Ramalho para a renovação foi sem dúvida o fiel da balança
nessa história, pois no clube a Diretoria estava bem dividida a respeito,
incluindo o próprio Presidente Carlos Aydar,
pelo que senti da entrevista que ele deu a um repórter da Globo esta semana. Bom político, o Presidente disse que como
torcedor queria muito que o goleiro permanecesse, mas que como dirigente não podia
raciocinar emocionalmente. Por outras palavras se dividiu em dois: como
torcedor quer, como dirigente, não quer ou nem tanto, problema de dupla
identidade?
°
Uma coisa é certa. Ceni é, sem
dúvida, um patrimônio do clube e um
profissional respeitabilíssimo pelo que fez pelo futebol do clube e do Brasil,
batendo grandes recordes mundiais. Tem de ser respeitado, sim. E muito. Mas,
convenhamos, é preciso ter sabedoria para sentir que o momento é de parar e de preservar a própria
imagem e dignidade. Ceni teria, como
certamente tem, portas abertas para muitas carreiras dentro do futebol e das
entidades futebolísticas. E o futebol brasileiro certamente não dispensa a sua
experiência e contribuição como atleta e como homem;
° Amigos:
A Ponte Preta carrega a sina dos
vice-campeonatos. Quando tudo indica que poderia conquistar finalmente um
título, ainda que sem grande expressão, como o de campeão da série B do
Campeonato Brasileiro, nada dá certo. Vejam só: a Ponte Preta, até a 34ª. rodada, continuava em primeiro lugar, fazendo
boas partidas e obtendo vitórias convincentes, especialmente fora de casa. Na
sua cola, vinha o Joinville, com
quem até hoje, data da última rodada, tem o seu adversário único e direto na
obtenção do título. Surge então a partida fundamental: Ponte e Joinville na casa do adversário. Para a Macaca valia a vitória e até o empate.
O empate manteria a distância entre as equipes que era de 02 pontos. Resultado:
derrota por 3 a 1, perdendo, desde então, a liderança para a equipe catarinense.
Título perdido, imaginava-se, pois o Joinville vinha de seguidas vitórias e bom
futebol. Na rodada seguinte, a primeira surpresa: o Joinville abre uma porta escancarada para a Macaca recuperar a
liderança: perde para o Boa Esporte,
fora de casa, enquanto a Ponte, jogando com o América de Natal em Campinas, tem tudo
para obter a vitória. Ganhando por 2 a 1, a equipe, no final da partida, cede o
empate, em lance de pênalti assinalado pelo árbitro, para revolta de toda a
equipe e da Diretoria. Sem entrar no mérito acerca da arbitragem, uma bobeada
que não podia acontecer.
Na partida seguinte, o Joinville empata em casa, surpreendentemente. A distância de apenas
1 ponto, abre para a Macaca uma
outra escancarada oportunidade de retomada da liderança. Jogando em pleno
Moisés Lucarelli outra façanha:a equipe perde por 1 a 0 para o América de Minas. E assim chegamos hoje
à última rodada. Esperança continua. Mas sinceramente: alguém acredita que a Ponte vença o Naútico em Recife e o Joinville perca para a rebaixada equipe
do Oeste em Itápolis? Em futebol tudo é possível, não é? Mas que pela lógica
tudo caminha para um novo vice-campeonato, não resta dúvida. Quem sabe, porém,
a torcida pontepretana, que vive há gerações na expectativa de vencer um campeonato (e que
o ano passado quase conseguiu na fantástica campanha da Sulamericana), possa finalmente comemorar um título. Juro por Deus que não estou secando;
° Uma das frases atribuídas ao saudoso
presidente do Corinthians, Vicente Matheus: “Se a vida lhe der um limão, faça
uma laranjada.”
Até
mais amigos,
P.S (1). A imagem n. 1 da coluna é da minissérie "Dupla Identidade", focalizando o personagem Edu, o psicopata serial killer vivido por Bruno Gagliasso e foi emprestada do site br.finanças.yahoo.com; A imagem n. 2 é da bela atriz Luana Piovani, ao lado de seu parceiro na mesma minissérie, o delegado vivido pelo ator Marcelo Novaes;
P.S. (2) A terceira imagem é do meia Adrianinho, prata da casa e ídolo dos torcedores da Ponte Preta. Adrianinho, que teve passagem pelo Corinthians Paulista, volta pela 3a. vez a defender a Macaca e estará em campo hoje, em Recife, na partida decisiva pelo título contra o Náutico.
Tio, a Macaca deixa o noivo no altar toda vez que vai casar!!! Bjão!!!
ResponderExcluirCaro Thiago: Um dia a coisa muda. Veja que até o Rubinho Barrichello conseguiu um título no domingo, vencendo o Stock Car. Abração.
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