quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

FALA SÉRIO MÃE!


Amigos, 

Da esquerda para a direita, o ator irlandês, Michael J. Gam

bon, no papel de Albus Dumbledore, diretor e professor da
Escola de Hogwarts na série Harry Potter, e sem a maquia-
gem do personagem. Imagem emprestada de Today Show.
Sobre a essencialidade do amor:

Com autoridade de diretor e professor de Poções Mágicas e Feitiçaria da Escola de Hogwarts., e a experiência de seus supostos mais de 1.000 anos de vida, Dumbledore  ensina a Harry Potter e seus colegas:  “Não tenha pena dos mortos, tenha pena dos vivos que vivem sem amor”.

Boa tarde:

O longa “Fala Serio, Mãe” surgiu, no final do ano passado,  como um dos favoritos  a fazer frente aos americanos de aventura, em bilheteria. Baseado no livro de Thalita Rebouças, com um roteiro longe da originalidade, mas simpático à classe média da família brasileira, o filme narra o envolvimento, o carinho e a superproteção da mãe Angela Cristina (Ingrid Guimarães) em relação à filha Malú (Larissa Manoela na adolescência), no Rio de Janeiro do século XXI. Ensaiei meses para ir ao cinema ver o longa, que não era, nem de longe, confesso, prioridade no meu apertado tempo, e não consegui. Aproveitei as 8 horas de distância entre Campinas e Orlando, na semana passada, para ver o filme, uma das ofertas da companhia aérea. E no geral gostei. A crítica ficou no meio termo e acho que exatamente essa é a verdade do longa, com pontos positivos e negativos. Se a direção de Pedro Vasconcelos se perde um pouco, em certa medida, a atuação das protagonistas é, sem dúvida, o ponto alto da película, revelando o surgimento de uma dupla de muita química entre Ingrid e Larissa, tanto assim que já  se manifestou a pretensão de um número 2 para o ano que vem, talvez. Ingrid por sua vez revela, especialmente neste filme, o seu talento inegável para além da comédia, o que, como se sabe, trata-se de gênero difícil, que ela sempre dominou.

As atrizes Ingrid Guimarães e Larissa Manoela, respectiva
mente mãe e filha, com muita química e emoção no longa
Fala Sèrio Mãe! Imagem emprestada de Cosmonert.
Se há concessões para os clichês, uma irresistível tendência para a inserção do humor escatológico (há felizmente uma única cena  em que se explora a dúvida de autoria sobre  uma “flatulência” espontânea que contamina o ambiente num elevador), a grande parceria entre as atrizes garante a emoção indispensável para que o espectador saía do cinema simpático ao filme e se ele for mais sensível, até com uma lágrima escorrendo pela face. Fórmula que justifica os mais de três milhões de espectadores, que deixaram na bilheteria cerca de 40 milhões de reais. Arrisque sim! 


P.S. (1) Ingrid Guimarães é realmente uma atriz e roteirista de sucesso no cinema. As comédias De Pernas Pro Ar 1 e 2 e o longa Loucas para Casar, levaram juntas mais de 10 milhões de espectadores
aos cinemas de todo o país;

P.S. (2) Não sei porque os críticos de uma maneira geral criticam os clichês? Claro que louvamos a originalidade de qualquer obra de arte. Mas os clichês, como a rotina da vida, fazem parte dela e a sua reprodução bem feita aproximam o autor e a obra de nós todos, tornando-a mais humana. E é bom se sentir humano e emocionalmente sensível para ver se alguém nos dá carinho, atenção e colo.


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