Amigos boa noite,
OLIMPÍADAS DE LONDRES.
As Olimpíadas de Londres constituem, sem dúvida, a maior atração da mídia no final do mês de julho e primeira quinzena de agosto. As competições deverão terminar no próximo dia 12, com uma grande festa, como a que abriu os jogos olímpicos na capital da Inglaterra. Com altos e baixos, algumas surpresas positivas, como as medalhas de ouro na ginástica olímpica com o atleta Arthur Zanetti, e da piauiense Sarah Menezes, no judô, e outras, negativas, justamente as derrotas de nossos competidores nos quais mais se apostava pelo desempenho anterior (Maurrem Maggi, no salto de solo, Fabiana Murer no salto de Vara e Cesar Cielo nos 50 m., embora este último tenha obtido a medalha de bronze). De bom registre-se, apesar da eliminação, o nosso renascido basquete masculino que há muitos anos não ia a uma olimpíada e a medalha, no boxe, obtido pela baiana Adriana Araújo, com muita dificuldade e grande comemoração. Decepção também com as meninas do futebol que não subiram ao pódio e mostraram um time envelhecido e sem evolução tática, fruto do desprestígio e da falta de incentivo e grandes patrocínios ao esporte, no Brasil. A hegemonia americana só é ameaçada pelo crescimento impressionante da China, que tem revezado com o Tio Sam, no topo do quadro de medalhas. O terceiro lugar parece mesmo reservado à anfitriã. Ainda devemos somar algumas outras medalhas até o final da competição. Hoje temos 11, sendo 2 de ouro, 2 de prata com Thiago Pereira, na natação e Emanuel e Alisson, no volei de praia, e 7 de bronze. Ocupamos o modesto 26º lugar. Assim mesmo progredimos muito. Veja abaixo o quadro das medalhas conquistadas pelo Brasil, desde 1.920. A grande expectativa agora gira em torno da final do futebol masculino, a ser disputado em partida contra o México, no próximo sábado. Os meninos do Brasil já asseguraram ao menos a medalha de prata. Mas o que pretendem todos é a inédita medalha de ouro, pois é inacreditável que o país do futebol, que é pentacampeão mundial, não tenha ainda conseguido ganhar uma olimpíada no esporte inventado por Charles Miller. Quem sabe vamos ganhar a medalha dourada, na terra de seu criador.
NOTAS SOBRE O BRASILEIRÃO.
O Campeonato Brasileiro continua sendo o mais longo, difícil e esperado torneio do Brasil, em todas as suas quatro séries (A, B, C e D). A campanha da Ponte Preta no Brasileirão tem sido acima da expectativa, de sorte que o torcedor da macaca não tem do que reclamar. É verdade que a campanha apresenta altos e baixos. Mas convenhamos: num campeonato em que todos os jogos são clássicos, contra times de primeira linha do futebol brasileiro, a Macaca tem feito o melhor que pode. Ocupa a primeira parte da tabela, como pretende o seu técnico Gilson Kleina, para fugir das últimas posições e não ter que correr o risco, no segundo turno, de lutar contra o rebaixamento. De quebra briga por uma vaga na Sulamericana, o que hoje é uma realidade palpável: Está em 9º lugar, com 20 pontos e uma campanha uniforme de 5 vitórias, 5 empates e 5 derrotas em 15 jogos. O centroavante Roger tem melhorado sensivelmente nas últimas partidas, marcando os gols que a equipe precisa e a defesa e o meio campo têm sido regulares. Não custa lembrar que a Ponte é a segunda equipe de São Paulo melhor classificada. Só perde para o São Paulo, que está em 6º lugar com 25 pontos e foi derrotado, esta noite, em São Januário, pelo bom time do Fluminense. O Corinthians ocupa apenas o 11º lugar com 18 pontos, a Portuguesa de Desportos, o 13º, com 17 pontos, o Santos, o 14º, com 16 pontos e o Palmeiras, apenas o 17º lugar, dentro, portanto, da zona de rebaixamento, apesar da boa vitória de ontem sobre o Botafogo no Rio de Janeiro, com 13 pontos.
PALMEIRAS
O Verdão realiza até aqui uma campanha abaixo da crítica, ocupando, após 15 rodadas, a zona de rebaixamento. Se me perguntarem se o Palmeiras tem time e tempo para disputar o título ou uma vaga na Libertadores (de que ele já não precisa por ter garantido essa vaga como campeão da Copa do Brasil), a resposta é NÃO. E se me perguntarem se o Palmeiras é time para cair, a resposta é também NÃO, absolutamente. A equipe está se entrosando, encontrando um melhor futebol e acertou na contratação do centroavante argentino, Barcos, que tem dado certo e feito muitos gols, além de participação efetiva na troca de passes e nas assistências.
CLEBER MACHADO E OS EQUÍVOCOS.
O locutor esportivo, Cleber Machado, da Rede Globo de Televisão é um excelente profissional, sem dúvida. Mas o que o homem é distraído é uma “grandeza”, expressão que ele mesmo gosta de usar. Frequentemente troca o nome dos times que estão jogando, inverte resultados e coisas desse gênero. Ontem, durante a transmissão da partida entre Palmeiras e Botafogo, não é que chamou “Barcos” de “Loco Abreu”. E olha que o Loco Abreu nem joga mais no Botafogo. Tá certo que ambos são argentinos. Mas daí..... Preste mais atenção, rapaz!
QUADRO DE MEDALHAS.
A primeira participação brasileira aconteceu nas Olimpíadas de Antuérpia, na Bélgica, em 1.920. A delegação brasileira, composta exclusivamente por atletas masculinos, era de rigorosos 21 participantes, nas modalidades de tiro esportivo, natação, pólo aquático, saltos ornamentais e remo. O Brasil conquistou 3 medalhas, todas no tiro esportivo. A primeira medalha de ouro de nosso país foi ganha nessa edição dos jogos olímpicos, pelo tenente do exército, Guilherme Paraense, na categoria tiro rápido (25 metros) individual. A melhor colocação brasileira e de maior número de medalhas de ouro (5) aconteceu nas Olimpíadas de Atenas em 2.004. O total de medalhas, no entanto, foi de 10. Nas Olimpíadas de Atlanta (1996) e Pequim (2.008), o país conseguiu o maior número de medalhas até hoje (15). Confira:
Olimpíada
|
Ouro
|
Prata
|
Bronze
|
Total
|
Antuérpia-1920
|
1
|
1
|
1
|
3
|
Londres-1948
|
-
|
-
|
1
|
1
|
Helsinque-1952
|
1
|
-
|
2
|
3
|
Melbourne-1956
|
1
|
-
|
-
|
1
|
Roma-1960
|
-
|
-
|
2
|
2
|
Tóquio-1964
|
-
|
-
|
1
|
1
|
Cidade do México-1968
|
-
|
1
|
2
|
3
|
Munique-1972
|
-
|
-
|
2
|
2
|
Montreal-1976
|
-
|
-
|
2
|
2
|
Moscou-1980
|
2
|
-
|
2
|
4
|
Los Angeles-1984
|
1
|
5
|
2
|
8
|
Seul-1988
|
1
|
2
|
3
|
6
|
Barcelona -1992
|
2
|
1
|
-
|
3
|
Atlanta-1996
|
3
|
3
|
9
|
15
|
Sidney-2000
|
-
|
6
|
6
|
12
|
Atenas-2004
|
5
|
2
|
3
|
10
|
Pequim-2008
|
3
|
4
|
8
|
15
|
Total de medalhas brasileiras
|
20
|
25
|
46
|
91
|
Até amanhã amigos.
P.S. (1) As piores participações brasileiras em Olimpíadas, ocorreram nos jogos olímpicos de Londres em 1.948 e de Tóquio, em 1.964. Nessas duas edições, o Brasil só trouxe uma única medalhinha. E de bronze;
P.S. (2) Muita gente tem indagado, durante as Olímpiadas, porque a referência é à Gra-Bretanha e não à Inglaterra. Qual seria a diferença entre Inglaterra, Grã-Bretanha e Reino Unido? Bem a Inglaterra é um dos países integrantes da Grã-Bretanha. Já a Grã-Bretanha é uma ilha da Europa que abriga a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales. O Reino Unido, por sua vez, é agrupamento político que congrega os países da Grã-Bretanha mais a Irlanda do Norte. Esse agrupamento político tem o poder soberano concentrado na Inglaterra, e os outros integrantes possuem uma autonomia relativa, considerados que são unidades constituintes, a exemplos dos Estados na Federação. Já a Escócia tem um autogoverno limitado, submetido ao Parlamento britânico. As explicações são do Dr. Reginaldo Nasser, Coordenador do Curso de Relações Internacionais da PUC de São Paulo;
P.S. A foto da coluna da atleta Sarah Menezes (medalha de ouro - judô), foi emprestada do blog altamiroborges.blogspot.com.
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