domingo, 26 de agosto de 2012

TORCIDA ÚNICA E FIM DA VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS - TERMINA O PRIMEIRO TURNO DO BRASILEIRÃO


Boa noite amigos,

Terminou o primeiro turno no Campeonato Brasileiro, tanto da Série A, quanto na Série B:

SÃO PAULO (5º) 2 X CORINTHIANS (12º) 1

° Ninguém imaginava que o São Paulo seria capaz de ganhar o jogo no Pacaembu, depois de levar, durante os 20 minutos iniciais, um sufoco corintiano, pois a equipe de Tite, exercendo uma forte marcação, como é de seu feitio, e, encurtando o espaço dos principais jogadores do tricolor, conseguiu marcar um gol com o atacante Emerson e perdeu outro, em grande defesa do goleiro Rogério. Mas aos poucos o técnico Ney Franco viu  seu time se acertar em campo e, contando com a velocidade de Lucas e a boa estrela do atacante Luis Fabiano,  empatar ainda no final do primeiro tempo, e virar o marcador no segundo, em que o jogo esteve equilibrado. O “Fabuloso” marcou os dois gols do tricolor, o primeiro em valiosa assistência de Lucas.

JOGOS DE TORCIDA ÚNICA: UMA SOLUÇÃO PARA ACABAR COM A  VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS?

O GALO LÍDER (1º) e A RAPOSA (8º).

° Cruzeiro e Atlético jogaram no Estádio Independência em Belo Horizonte e só a torcida da Raposa pode estar presente, no chamado jogo de torcida única, uma grande bobagem, acredito, como solução que pretende acabar com a violência nos estádios e fora deles. O jogo ficou paralisado durante mais de 7 minutos no começo do segundo tempo, por causa da violência entre os jogadores e expulsões, e ainda porque torcedores presentes jogaram diversos objetos no campo, que precisaram ser recolhidos. Dentre os curiosos objetos arremetidos estavam um relógio de pulso e um celular. Conforme o que for  relatado na súmula, o Cruzeiro pode acabar perdendo mandos de jogos em Belo Horizonte. Por isso uma faixa "azul" foi improvisada, pedindo  aos torcedores que  não atirassem coisas para dentro do campo. Precisava?

° Lugar de bandido é na cadeia. E polícia é para  garantir a segurança nos estádios e em seus arredores.  Não tem sentido privar uma das torcidas da presença em clássicos regionais, que são programados para serem grandes festas e projetam rendas que normalmente são as maiores que os clubes auferem, como se essa providência, supostamente acautelatória, pudesse garantir, por si só, a eliminação das mortes, confrontos e violências em geral.

° Os clássicos com torcida única são frustrantes para os torcedores das equipes em confronto. Em Minas, ainda que o estádio não comportasse um grande público, pouco mais de 17.000 torcedores, todos do Cruzeiro, equipe mandante, é que pagaram ingresso, num clássico que normalmente levava e levaria ao Mineirão mais de 60.000 pagantes. E o Galo, simplesmente, é o líder do campeonato e campeão simbólico do primeiro turno. Sua imensa torcida foi impedida de  ver simplesmente o mais importante jogo do turno. Se já há esquema para identificar o torcedor agressor, que se use toda a tecnologia, à exaustão, para prendê-lo e aplicar pena que o impeça de ir ao estádio, até que  demonstre grau aceitável de civilização e de sociabilidade. Os outros torcedores decentes e educados,  amantes de seu time e do esporte, não podem ser  privados de acompanhar, saudar e aplaudir (ou vaiar, se quiser) sua equipe, com ampla garantia e segurança no estádio e na entrada e saída dele. 

° Quando a partida  ainda estava empatada e o Atlético Mineiro com um jogador a menos, Ronaldinho Gaúcho roubou uma bola no meio de campo e foi levando, levando, driblando os adversários que tinha pela frente, até entrar na área, contar com a sorte na travada de bola que teve com o zagueiro (a bola ficou nos seus pés) e concluiu no cantinho direito da trave, sem chance alguma para o goleiro. Um golaço, golaço, lembrando os saudosos tempos do Ronaldinho Gaúcho de outrora. Queiram ou não o criticado atacante, sempre envolvido em notícia com noitadas,  mulheres, bebidas e falta nos treinos,  chegou sem muito estardalhaço em Belo Horizonte, contratado pelo Galo, que apostou na sua recuperação, e tem feito excelentes partidas, graças especialmente à sua velha habilidade nos lances de bola parada e nas assistências aos companheiros. Tem gente que está dizendo que a noite em BH é boa, mas não tanto quanto a do Rio. Será?

° A PONTE PRETA  E O GUARANI.

Ponte e Guarani terminaram o primeiro turno com uma campanha curiosamente semelhante. Ambos no 13º lugar, a Macaca, claro, na Série A, e o  Bugre, na Série B. Foram 6 vitórias, 5 empates e 8 derrotas da Ponte e 6 vitórias, 6 empates e 7 derrotas do Guarani. A Ponte fez 21 gols e sofreu 26, com um saldo negativo de 5. O Bugre fez 22 gols e sofreu 20, com um saldo positivo de 2. Porém, considerando a diferença entre os adversários e a distância entre a série A e B, é claro que a campanha da Ponte Preta foi muito melhor do que a do Guarani. Pode-se mesmo afirmar que a campanha do Bugre foi pífia e decepcionante, apontado que estava como um dos favoritos ao acesso, depois de obter, com  méritos indiscutíveis, o vice-campeonato Paulista. Dentro das expectativas que cercaram os dirigentes, os torcedores, os jogadores e, sobretudo, os técnicos Gilson Kleina e Oswaldo Alvarez antes do campeonato começar, nenhum dos times chegou a cumprir a meta. Na Ponte, a idéia era ficar na primeira parte da tabela (no mínimo entre os 10 primeiros), para não sofrer pressão no segundo turno, quando as equipes de primeira linha estão mais focadas nos resultados, umas esperando o título, outras lutando por uma vaga na Libertadores e as menos fortes buscando fugir do rebaixamento e beliscar uma vaguinha na Sulamericana. No Guarani o mínimo aceitável seriam 30 pontos, para tentar garantir, com uma campanha idêntica ou melhor no segundo turno,  uma das quatro vagas de acesso. A Ponte, ficando em 13º,  com 23 pontos, terá que se dedicar mais e muito para conseguir uma vaga na Copa Sulamericana (importantíssima para a equipe poder disputar um campeonato internacional),  e para não correr risco de rebaixamento. Hoje deixa para trás a Portuguesa ( 22 pontos); o Coritiba, com 19, o Bahia com 17, o Palmeiras e o Atlético Goianiense (ambos com 16), o Sport com 15 e o Figueirense com 14 pontos. A distância para a zona do rebaixamento é de 07 pontos, confortável neste momento, mas jamais segura, pois tem atrás de si pelo menos o Palmeiras e o Coritiba, que são equipes tradicionais e não devem cair. A tarefa do Guarani, cujo objetivo era o acesso, é mais difícil. Permitiu que os adversários mais bem classificados fizessem muitos pontos e agora, com 24 pontos, está a 10 pontos do 4º colocado, justamente o São Caetano, equipe que o Bugre venceu bem ontem, na primeira vitória fora de casa e na volta de Fumagalli. Impossível, porém, não é, absolutamente. E nem há que se pensar em risco de rebaixamento, a não ser que a equipe, que agora parece  mais próxima daquela que terminou o campeonato paulista, consiga a façanha de piorar e perder para equipes que estão atrás na tabela, como o Bragantino, o Ipatinga, e outras que mesmo tendo terminado o turno à sua frente, são tecnicamente muito inferiores.

Até amanhã, amigos.

P.S. (1) O Grêmio venceu o clássico gaúcho contra o Internacional de Fórlan, pelo placar de 1 a 0. Com isso assumiu a 3ª posição na tábua de classificação, com 37 pontos, 5 a menos que o Fluminense e 6 a menos que o Atlético Mineiro. Acontece que o Galo tem um jogo ainda a cumprir contra o Flamengo e pode terminar o turno com 46 pontos, ficando a 4 pontos do vice Flu e a 9 do Grêmio;

P.S. (2) Incrível o gol perdido pelo  badalado craque uruguaio Fórlan. Confira pela Internet.  Diego Fórlan foi a contratação mais a importante do Internacional, este ano, eleito, na última Copa do Mundo,  o melhor jogador e o artilheiro da competição. Nada pouco. São 500 minutos sem fazer gol, o que preocupa, e muito, a fanática torcida colorada.

P.S. (3)  Custou mas o Peixe venceu o Porco, que se mostrava indigesto nos últimos confrontos. A  vitória do Santos, de virada, sobre o Palmeiras por 2 a 1, ontem no Pacaembu teve  a marca indiscutível de Neymar, que fez os dois gols, um deles na cobrança perfeita de falta. E a certeza de que Ganso não quer mais jogar no Santos;

P.S. (4) A imagem do Ronaldinho no Galo, que ilustra a coluna de hoje, foi emprestada do site lancenet.com.br

 

 

 

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