Boa tarde amigos,
Na semana passada,
aconteceu a pre-estréia da peça “Em
Nome do Jogo”, que inaugurou, só para convidados especiais, o novo teatro
de Campinas, o Teatro Iguatemi,
situado no Shopping do mesmo nome.
Como eu não estava
entre os convidados, fui ontem, pagando ingresso, para assistir, como cidadão
comum, ao espetáculo protagonizado pelos excelentes atores, Marcos Caruso e Erom Cordeiro. E,
claro, ao mesmo tempo conhecer o novo espaço cultural de Campinas, muito
comentado pelos especialistas e pela imprensa em geral.
Com o investimento de
13 milhões de reais, o teatro fica no 3º piso do Shopping Center Iguatemi em Campinas, contando com toda a
infraestrutura para dar comodidade ao público (estacionamento, centro de
compras e gastronomia etc.), o que parece corresponder aos anseios da vida
moderna, em que as pessoas querem diversidade de atividades oferecidas num
único espaço, razão dos sucessos dos Centros Comerciais, cada vez mais
expansivos (os cinemas da cidade já se deslocaram para eles).
O teatro, como
asseguram os proprietários, é dotado da mais moderna tecnologia em instalações
teatrais e tem 3 níveis: plateia, piso
superior e nível técnico. Seu estilo é
contemporâneo e o layout
interno conta com revestimentos em mármore travertino e madeira carvalho.
São 515 poltronas em
vermelho, das quais 499 padrão, 05
especiais para obesos e 11 espaços destinados a pessoas com dificuldades
motoras.
O palco mede 280 metros
quadrados, e a boca de cena tem 14 metros de largura e 5,6 metros de altura, o
que permite a montagem de grandes cenários e, pois, o acolhimento de
espetáculos de alto nível.
São 5 camarins, dois
individuais e três coletivos.
A disposição das
poltronas do auditório obedece a um
escalonamento, visando garantir que a linha de visão de qualquer espectador até
à borda inferior do palco não seja obstruída por outros espectadores ou
poltronas à sua frente (vide imagem número 1, emprestada do site g1.globo.com).
Dos pontos negativos
observados, registre-se os dois únicos acessos, um para cada ala do teatro.
São acessos estreitos e
por eles tanto se faz a entrada, como a saída dos espectadores, tudo de
forma muito lenta, razão da longa fila que se
formou e que invadiu o espaço de movimentação do terceiro piso do Shopping,
para a segunda sessão de ontem, que aconteceria às 21,00 horas.
O teatro também não dispõe de fosso para orquestras, não se
habilitando, assim, a receber grandes
musicais e óperas.
Por isso a sua vinda (e
é bem-vinda) não exclui, absolutamente, a necessidade de Campinas possuir um
grande teatro, com todas as possibilidades que se reclama de uma casa de
espetáculos completa, a exemplo dos
Teatros Municipais de Paulínia, São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, dentre outros.
Até lá, os apreciadores
da arte terão que se contentar com os teatros existentes na cidade, para mais
de 50.
Desses, não há dúvida
que o Teatro Iguatemi é o mais moderno e o mais bem aparelhado, comportando um
público médio de mais de 500 pessoas, tímido ainda pelas exigências
culturais da região metropolitana de
Campinas, mas que volta a colocar Campinas na agenda dos produtores e artistas que montam
espetáculos com maior grau de sofisticação em matéria de cenários e de técnicas.
O
ESPETÁCULO.
Acionada a campainha,
duas vezes, as luzes se apagam e na tela há as advertências de praxe, lembrando
que se deve desligar os celulares e que é proibido filmar ou fotografar o
espetáculo.
Em seguida, surge em
vinheta, o nosso prezado ator Marcos Caruso, num moderno telão de LED,
cumprimentando o público e falando maravilhas sobre a nova casa de espetáculos
(seu custo, suas possibilidades, etc.).
Fechadas as cortinas,
logo elas se abrem novamente para o início da peça.
Trata-se de um texto
conhecido e bastante explorado mundialmente tanto no teatro, quanto no cinema.
EM NOME DO JOGO, é o
título brasileiro de “Sleuth” (1.970), do
escritor e dramaturgo inglês, Anthony
Schaffer. Esta foi sua
peça de maior sucesso, considerada pela crítica como um marco divisório da dramaturgia
policial. No Brasil, foram três montagens. Em 1.972 com os títulos “O Jogo do Crime” e “O Estranho Caso de Ms. Morgan”, e
agora, em 2.010, como “Em Nome do Jogo”. No cinema, o filme “Um Jogo de Vida ou Morte”, roteiro
adaptado do mesmo texto, com os consagrados atores Michael Caine e Laurence
Olivier, foi vencedor de vários prêmios como melhor filme. Os atores também
foram indicados para o Oscar e o Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator.
Do bom texto, da boa
intepretação dos atores Caruso e
Cordeiro, uma bela peça que me agradou e agradou muito ao público presente.
Até amanhã amigos
P.S. (1) A segunda
imagem é dos atores Marcos Caruso e Erom Cordeiro, durante a exibição do
espetáculo e foi emprestada do site www.campinas.com.br
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