segunda-feira, 18 de março de 2013

TEATRO IGUATEMI A NOVA SALA DE ESPETÁCULOS EM CAMPINAS


Boa tarde amigos,

Na semana passada, aconteceu a  pre-estréia  da peça “Em Nome do Jogo”, que inaugurou, só para convidados especiais, o novo teatro de Campinas, o Teatro Iguatemi, situado no Shopping do mesmo nome.

Como eu não estava entre os convidados, fui ontem, pagando ingresso, para assistir, como cidadão comum, ao espetáculo protagonizado pelos excelentes atores, Marcos Caruso e Erom Cordeiro. E, claro, ao mesmo tempo conhecer o novo espaço cultural de Campinas, muito comentado pelos especialistas e pela imprensa em geral.

Com o investimento de 13 milhões de reais, o teatro fica no 3º piso do Shopping Center Iguatemi em Campinas, contando com toda a infraestrutura para dar comodidade ao público (estacionamento, centro de compras e gastronomia etc.), o que parece corresponder aos anseios da vida moderna, em que as pessoas querem diversidade de atividades oferecidas num único espaço, razão dos sucessos dos Centros Comerciais, cada vez mais expansivos (os cinemas da cidade já se deslocaram para eles).

O teatro, como asseguram os proprietários, é dotado da mais moderna tecnologia em instalações teatrais e  tem 3 níveis: plateia, piso superior e nível técnico. Seu estilo é  contemporâneo e o layout interno conta com revestimentos em mármore travertino e madeira carvalho.

São 515 poltronas em vermelho, das quais 499  padrão, 05 especiais para obesos e 11 espaços destinados a pessoas com dificuldades motoras.

O palco mede 280 metros quadrados, e a boca de cena tem 14 metros de largura e 5,6 metros de altura, o que permite a montagem de grandes cenários e, pois, o acolhimento de espetáculos de alto nível.

São 5 camarins, dois individuais e três coletivos.

A disposição das poltronas  do auditório obedece a um escalonamento, visando garantir que a linha de visão de qualquer espectador até à borda inferior do palco não seja obstruída por outros espectadores ou poltronas à sua frente (vide imagem número 1, emprestada do site g1.globo.com).

 

Dos pontos negativos observados,  registre-se os dois únicos  acessos, um para cada ala do teatro.

São acessos estreitos e por eles tanto se faz a entrada, como a saída dos espectadores, tudo de forma  muito lenta, razão da longa fila que se formou e que invadiu o espaço de movimentação do terceiro piso do Shopping, para a segunda sessão de ontem, que aconteceria às 21,00 horas.

O teatro também  não dispõe de fosso para orquestras, não se habilitando, assim,  a receber grandes musicais e óperas.

Por isso a sua vinda (e é bem-vinda) não exclui, absolutamente, a necessidade de Campinas possuir um grande teatro, com todas as possibilidades que se reclama de uma casa de espetáculos completa, a exemplo  dos Teatros Municipais de Paulínia, São Paulo,  Rio de Janeiro e  Manaus, dentre outros.

Até lá, os apreciadores da arte terão que se contentar com os teatros existentes na cidade, para mais de 50.

Desses, não há dúvida que o Teatro Iguatemi é o mais moderno e o mais bem aparelhado, comportando um público médio de mais de 500 pessoas,  tímido ainda  pelas exigências culturais  da região metropolitana de Campinas, mas que volta a colocar Campinas na agenda dos produtores e artistas que montam espetáculos com maior grau de sofisticação em matéria de cenários e de técnicas.

O ESPETÁCULO.

Acionada a campainha, duas vezes, as luzes se apagam e na tela há as advertências de praxe, lembrando que se deve desligar os celulares e que é proibido filmar ou fotografar o espetáculo.

Em seguida, surge em vinheta, o nosso prezado ator Marcos Caruso, num moderno telão de LED, cumprimentando o público e falando maravilhas sobre a nova casa de espetáculos (seu custo, suas possibilidades, etc.).

Fechadas as cortinas, logo elas se abrem novamente para o início da peça.

Trata-se de um texto conhecido e bastante explorado mundialmente tanto no teatro, quanto no cinema.

EM NOME DO JOGO, é o título brasileiro de “Sleuth” (1.970), do escritor e dramaturgo inglês, Anthony Schaffer.  Esta foi  sua peça  de maior sucesso, considerada pela crítica como  um marco divisório da dramaturgia policial. No Brasil, foram três montagens. Em 1.972 com os títulos “O Jogo do Crime” e “O Estranho Caso de Ms. Morgan”, e agora, em 2.010, como “Em Nome do Jogo”. No cinema, o filme “Um Jogo de Vida ou Morte”, roteiro adaptado do mesmo texto, com os consagrados atores Michael Caine e Laurence Olivier, foi vencedor de vários prêmios como melhor filme. Os atores também foram indicados para o Oscar e o Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator.

Do bom texto, da boa intepretação dos atores Caruso e Cordeiro, uma bela peça que me agradou e agradou muito ao público presente.

Até amanhã amigos

 

P.S. (1) A segunda imagem é dos atores Marcos Caruso e Erom Cordeiro, durante a exibição do espetáculo e foi emprestada do site www.campinas.com.br 

 

 

 

 

 

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