Boa noite amigos,
Parte dos personagens do filme, em cartaz de divulgação
do longa de Kenneth Branagh. Imagem emprestada de
http://ovicio.com.br.
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Adaptado do romance de 1.934, considerando como a
obra-prima da escritora inglesa, AGATHA
CHRISTIE, a segunda versão
para o cinema[1] de Assassinato no Expresso do Oriente, é uma boa surpresa. O diretor,
produtor e protagonista KENNETH BRANAGH (diretor
de THOR
e especialista em Shakespeare), investiu
pesado na trama e não deve ter se arrependido, pois o filme tem sido sucesso
nas bilheterias americanas e estrangeiras, dividindo, porém, como quase sempre
acontece, a crítica especializada, entre os que o consideram uma adaptação quase
perfeita e aqueles que o reputam mediano. O resultado, segundo meu ponto
de vista como cinéfilo inciente, como diria o meu amigo Regis de Morais, é
muito bom e agradável de se ver. Numa escala de 0 a 5, merece uma nota quatro
com louvor. Tal como no original, a versão cinematográfica resgata o detetive Hercule
Poirot, uma das criações da escritora, personagem de vários de seus
romances, que Kenneth encarna com muito
talento e humor. Obra de suspense, traz como linha-mestra um crime de homicídio praticado durante trajeto do famoso trem
Expresso Oriente, que o detetive é instado, pelo amigo e coordenador da viagem, a
solucionar, antes que a polícia seja comunicada do delito. O
autor seria um dos passageiros? Um estranho que lograra ingressar na
locomotiva durante a noite, praticado o homicídio e depois de evadido? Qual
teria sido a motivação do crime? E assim
como no romance, o roteiro também segue acompanhando o tormento do detetive baixinho e cheio de manias, e
as xaradas que vai tentando desvendar, colhendo pistas deixadas no local do
crime, a real identidade dos viajantes, o passado de cada um e o envolvimento
ou não deles com a vítima. O final é bom e deixa uma interessante brecha para
discussão para os amantes e estudiosos do Direito: existe sempre apenas o certo e o errado, dois extremos?
Foto da escritora Agatha Christie
(1.890/1973). Imagem emprestada de
agathachristiewikia.com.
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O elenco de muitos atores consagrados em Hollywood enriquece
a trama, mas nenhum deles, por causa mesmo da condição
de meros coadjuvantes, estaria a merecer um troféu pelo desempenho. O destaque
maior fica mesmo para a direção de arte e a fotografia esmerada, um colírio
para os olhos enquanto o longa se desenvolve, trazendo à tona todo o cenário
das colinas e cordilheiras asiáticas e europeias, nos seus mais diferentes
momentos (algumas cobertas pela neve), com a utilização da mais moderna
tecnologia disponível. Não é imperdível não, mas é um ótimo filme na sua categoria.
Até amanhã amigos.
P.S (1) Além de Kenneth Branagh, no papel principal do
Detetive Poirot, o elenco conta com velhos conhecidos do público brasileiro,
como Johnny Depp da série Piratas do Caribe (2.003, 2.006 e 2.007), no
papel de Edward Ratchett; Michelle
Pfeiffer (Scarface (1.983), Uma
Lição de Amor (2.001), incorporando a personagem Caroline Hubbard; Penelope Cruz (Volver (2.005), Para Roma Com Amor (2.012) como Pilar Estravados; a atriz inglesa, Lucy Boynton, no papel da Condessa Andrenyr) e o grande ator Willem Dafoe como Gerhard Hardmann. Dafoe, de 62 anos, esteve no Brasil em
2.015, filmando com Maria Fernanda
Cândido e Bárbara Paz, Meu Amigo
Hindu, último filme do saudoso cineasta argentino, naturalizado
brasileiro, Hector Babenco. Aqui deu entrevistas, elogiou as mulheres
brasileiras e particularmente a beleza e generosidade de suas colegas de trama
Maria Fernanda e Bárbara Paz e encantou seus fãs. Dono de vasta filmografia Dafoe, além de Meu Amigo Hindu (2.015), integrou o elenco, dentre outros, dos
filmes O Grande Hotel Budapeste (2.013);
A Culpa é das Estrelas (2.014) e já era conhecido como o temível Green
Gablin/Norman Osborn (o popular, Coringa) em Homem Aranha
(2.002) e Homem Aranha 2 (2.004);
P.S. (2) A escritora, Agatha
Christie nasceu em 15 de setembro de 1.890 e morreu em 12 de janeiro de
1.976, aos 85 anos. Seus romances foram traduzidos para mais de 100 idiomas e
venderam cerca de quatro bilhões de cópias, um recorde. Só seu conterrâneo
William Shakespeare e a Bíblia teriam vendido mais livros que ela, segundo o
Guinnes World Records.
P.S. (3) A locomotiva denominada, Orient Express fez sua
primeira viagem em 1.883, ligando Paris
a Constantinopla. Em 1.900 passou ao domínio privado e estendeu seu
percurso a outros países e localidades.
[1] A primeira versão cinematográfica de
ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE foi lançada em 1.974 com o ator ALBERT
FINNEY no papel do detetive belga, HERCULE POIROT.
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