Boa noite amigos,
especialmente os cinéfilos,
Com a direção do
badalado Martin Scorsese (A
Ilha do Medo), que utilizou câmeras fusion, a mesma técnica com que James Cameron (Titanic), filmou Avatar, um dos maiores sucessos de
bilheteria de todos os tempos, A
Invenção de Hugo Cabret (The
Invention Of Hugo Cabret), que depois passou a ser denominado apenas “Hugo Cabret” e, finalmente, de forma
simplificada, só “Hugo” é um filme para ser visto em 3 D. Sua estréia no Brasil
deu-se em fevereiro deste ano e continua em cartaz por muitas semanas nos
principais cinemas brasileiros. Se me pedissem em uma palavra que descrevesse o
filme eu diria: “bonito”. Sim,
bonito, mas é também tocante, elegante e um show de técnica, misturando
realidade e fantasia e uma homenagem, do diretor, ao cinema de arte, essa
sétima arte descoberta ocasionalmente pelos Irmãos Lumière. Bem, trata-se de um roteiro adaptado por John Logan, para o cinema, da consagrada obra literária de Brian Selznick, que conta a história de
Hugo Cabret (Asa Butterfield), um menino de 12 anos, que ficou órfão de mãe e
depois de pai e foi levado pelo tio ébrio, responsável pelo manutenção dos
relógios da estação de trem, para morar
com ele na própria estação, na Paris do
começo do século XX. O tio também vem a falecer e Hugo continua ali escondido,
atrás dos grandes relógios, com o objetivo de não ser encontrado para não ser
levado a um orfanato. Também deseja consertar um andróide, um antigo e desprezado
robô, que estava sendo reparado pelo pai, quando morreu. O robô, uma vez
voltando a funcionar, deveria revelar um segredo. O menino passa a
contar com a ajuda da jovem Isabelle
(Chloë Grece Moretz), que acredita
nele e deseja com ele viver uma grande aventura. É esse o enredo no qual se desenvolve o filme
de 127 minutos, classificado no gênero de aventura, da Paramount Pictures e que
abiscoitou o importante troféu Globo de
Ouro de melhor filme, e teve nada menos do que 11 indicações para o Oscar. Todd Mc Carthy do “The
Hollywood Report, considera que “Scorsese e o roteirista John Logan
compartiham a proposta de Selznick (Brian Selznick, autor do livro que dá
origem ao filme) de que filmes são sonhos e produtos supremos da tecnologia. É
uma máquina de fazer arte”. Com efeito, este é o resumo do filme. Uma história
tocante acompanhada dos ingredientes de aventura, sonho, homenagem e uma
máquina de fazer arte. Não deixe de ver.
Boa noite amigos,
P.S. (1) A técnica
chamada de câmeras “fusion”, consiste na
utilização de duas câmeras em conjunto para produzir imagens em 3D, de alta
resolução, e foram usadas pelo
consagrado diretor James Cameron em “Avatar”;
P.S. (2) O veterano
ator Christopher Lee, em papel
secundário no filme, desempenha o personagem Monsieur Labisse;
P.S. (3) O filme ficou com 5 estatuetas do Oscar:
Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Edição de Som, Mixagem de Som
e Efeitos Visuais. Predomínio, portanto,
dos prêmios técnicos. Perdeu para “O
Artista”, que ficou com a estatueta de melhor filme;
P.S. (4) Sobre a obra
disse James Cameron a Scorsese: “Seu filme é sobre o cinema mágico e é um filme mágico de se assistir” ;
P.S. (5) José Wilker, ator e comentarista do
Oscar pela Rede Globo de Televisão, considerou a Invenção de Hugo Cabret como
sendo o primeiro filme efetivamente em 3 D;
P.S. (6) A imagem que
ilustra a coluna de hoje foi emprestada do site filmescomlegenda.net.
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