domingo, 6 de maio de 2012

SER AVÔ

SER AVÔ
Bom dia  amigos,
Ao completar 60 anos em janeiro deste ano recebi a notícia de que seria avô. Não é fácil explicar a sensação experimentada neste momento, algo que sugere alguma euforia e, ao mesmo tempo, carinho e preocupação pela filha grávida, pelo genro, futuro papai, e pelo novo ser concebido e que vai aumentar a família. Os amigos e parentes contribuem para manter essa adrenalina que a novidade traz. Dentre outros presentes,  ganhei um livro da editora Primavera, cujos autores são Lídia R. Aratangy, professora universitária e terapeuta de casais e famílias e Leonardo Posternak, médico pediatra do renomado hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo. O título é sugestivo: “LIVRO DOS AVÓS (NA CASA DOS AVÓS É SEMPRE DOMINGO?).” A proposta dos autores é explicada por eles próprios logo no início: “...Onde a gente aprende a ser avô?” perguntava o amigo aflito, depois de receber a notícia da primeira gravidez da filha – “Há tantos manuais para ensinar a lidar com os filhos, mas não encontrei nenhum que ensinasse um avô de primeira viagem a enfrentar os netos!” É verdade. Os autores explicam por que: “Os novos avós são de uma geração que sacudiu profundamente as premissas do modelo burguês, vigentes há mais de um século, segundo as quais a única forma aceitável de família era a união entre um homem e uma mulher pelo casamento indissolúvel, em cujo seio nasciam os filhos”. O livro se propõe a muito mais: aborda a disputa por território, quando mãe (avó) e filha (mãe) não sabem exatamente os limites de cada uma delas em relação à criança; as inseguranças dos pais jovens diante da nova realidade que os obriga a pensar e agir de forma responsável; qual é  a hora dos avós saírem de cena;  os seus próprios direitos nessa relação etc.  Enfim, embora no índice para catálogo sistemático a editora o qualifique como “Auto-Ajuda”, a obra oferece contribuições de caráter científico e uma importante panorâmica das dificuldades e sensações mais comuns enfrentadas pelos avós modernos, no trato com os próprios filhos e os netos, com os quais passarão a conviver e em cuja formação haverão de contribuir, nos exatos limites do razoável e do que se pode e deve esperar deles. Interessante para os avós de primeira viagem. E também os que já têm neto e precisam reciclar a relação.

Até amanhã amigos.
P.S. A primeira imagem que ilustra a coluna de hoje mostra a capa do livro dos avós e foi emprestada do site primaveraeditorial.com. A segunda imagem, de avôs e neto é do site avosenetos.com.

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