Domingo frio de inverno, mas sem chuva, que durante a semana esteve muito
presente, fazendo despencar a temperatura. Dia bom para gingar, cantar, agitar.
Pra lembrar de rock brasileiro. As mais
badaladas bandas. As que nós temos de melhor e não são poucas. Enumero algumas:
Paralamas dos Sucesso, Titãs, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Jota
Quest, Ira, Sepultura. Vou
falar de uma banda maneira e mineira. Mineiríssima. No vocal e na guitarra, de
sobrancelhas negras e cerradas, o bom Samuel Rosa. Henrique Portugal
no teclado, Lelo Zaneti no baixo e na bateria Haroldo Ferretti.
Pronto: este o quarteto da banda que é sucesso no Brasil e no exterior. O nome:
Skank, em homenagem a Bob Marley e ao álbum dele de sucesso “Easy
Skanking”. No dia 19 de junho de 2.010, o Skank gravou, ao vivo,no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte,
santuário dos músicos mineiros fanáticos por futebol,o CD/DVD e Blu Ray denominado “Multishow
ao Vivo- Skankno Mineirão” (capa acima na imagem que ilustra a
coluna hoje). Trata-se de um projeto de parceria da banda com a Sony Music
e o canal Multishow. O espetáculo contou com mais de 50.000 pessoas e
foi o último evento antes do fechamento do Mineirão para reforma visando a Copa
do Mundo de 2.014. Houve participação especial da cantora Negra Li que,
com Samuel Rosa, cantou “Ainda Gosto Dela”.Dois CDs compõem o álbum. São
17 músicas no primeiro CD e 14 no segundo. Umaviagem pela carreira da banda que começou a fazer sucesso em 1.991,
ainda em BH, tocou em barzinhos e churrascarias e depois do sucesso no Brasil
viajou pelo mundo (França, Estados Unidos, Chile, Argentina, Suiça, Portugal,
Espanha, Itália e Alemanha, são alguns dos países visitados). São mais de 6
milhões, entre CDs. E DVs. vendidos. O álbum tem o que de melhor o Skank
produziu nestes anos todos em discos, dvds. e clipes. São três músicas
inéditas: Presença, De Repente e
Fotos na Estante. Seis músicas
do álbum Calango de 1.994 (Esmola,
Jack Tequila, Pacato Cidadão, É Proibido Fumar, O Beijo e a Reza e Te Ver). Do disco Samba Paconé (1996), as
composições É Uma Partida de Futebol,
Garota Nacional e Tão
Seu.Do álbum Siderato
(1998), as músicas Resposta e Saideira. De Maquinarama (2000),
Balada do Amor Inabalável, Três Lados,
Canção Noturna e Ali.Do Skank ao Vivo na MTV (2001), Acima do Sol ea versão Tanto (I Want You). As ótimas e marcantes Vou Deixar e Três Rios, são do álbum de 2.003, Cosmotron. A versão Vamos Fugir (Give Me Your Love), Um mais Um e Amores Imperfeitos constavam do CD Radiola(2004). Mil Acasos e Uma
Canção é Pra Isso do álbum Carrossel, lançado em 2.006. De Estandarte,
o CD de 2.008, a banda cantou e gravou os hits, Ainda Gosto Dela, Sutilmente e Noites de Um Verão Qualquer. Para quem gosta da banda, quem
aprecia o seu som, é efetivamente uma grande aquisição, exatamente por reunir
os maiores sucessos da carreira do Skank. Além disso,se você, como eu, gosta de gravações ao vivo
de rock,pra sentir e compartilhar da
vibração do público e da entrega dos profissionais a um improviso que sempre
acrescenta às antigas composições e interpretações, tem aí mais uma razão para
adquirir o CD ou DVD, ainda que possua os álbuns anterioes. Vale a pena comprar
e dar de presente.
Até amanhã amigos
P.S. (1) A banda,
quando estreou em São Paulo, cantou para rigorosos 37 espectadores. Era noite
de final de Copa do Mundo. Se você já reuniu uma galera de uns 40 amigos que
permaneceram ali fiéis, noite adentro, ouvindo a sua banda, pode crer que você
pode fazer sucesso internacional;
P.S. (2) O Skank
vai participar do Rock in Rio Buenos Aires 2012. O evento vai
acontecer, de 27 de setembro a 06 de outubro,no famoso Parque daCidade, na capital portenha;
P.S. (3) Algumas bandas
de rock que fizeram sucesso e impuseram estilo nesses 60 anos de rock
brasileiro: LEGIÃO URBANA, PARALAMAS DE SUCESSO, TITÃS, LOS HERMANOS,
CAPITAL INICIAL, ENGENHEIROS DO HAWAII, RAIMUNDOS, IRA, PATO FU, JOTA QUEST,
DETONAUTAS, CHARLIE BROWN JUNIOR, BARÃO VERMELHO, CPM 22, OS MUTANTES.
P.S. (4) O
primeiro rock em versão brasileira foi gravado nos anos 50, imaginem por quem?
Pela cantora NORA NEY, célebre interpréte de samba-canção. Depois,
também gravaram: CAUBY PEIXOTO, JERRY ADRIANE, CELI CAMPELO, RONNIE VON,
ROBERTO CARLOS, RITA LEE, CÁSSIA ELLER, dentre outros.
O futebol é paixão. Uma paixão
lúdica e mágica. Vinte e dois marmanjos correndo atrás de uma bola para ficar
com ela, passear com ela pelo campo, driblando os obstáculos e
os adversários, com o objetivo de guardá-la ali na meta, no gol, seriamentevigiado pelo dono da casa, o goleiro e seus
seguranças fixos– os zagueiros, ou eventuais – qualquer dos outros que
estiverem por ali, naquela hora. Os dribles, os chapéus ou lençóis, o peixinho,
o gol olímpico, o pênalti, o gol de falta, o golcontra, o gol impedido, o
impedimentoinexistente que impede a validade do gol, tudo isso faz parte de um
mundo que se resume numa partida, depois num campeonato e, por fim, num título,
num descenso ou num acesso. Esse esporte é capaz de provocar suspiros, gritos,
choros. Despertar amor, fúria e ódio, dentro ou fora das quatro linhas. Por
isso futebol é coisa séria. Seríssima. E como tal deveria ser tratado por todos
aqueles que participam dessa engrenagem que movimenta empregos, publicidade,
paixões e milhões de reais, de dólares, de euros. Já passou da hora de afastar
todos os inimigos do futebol e resgatar o que ele tem de mais puro, competente
e verdadeiro. Vou falar mais, qualquer dia, desse assunto.
A SEMANA NO BRASIL
O futebol de meio de semana
emocionou muitas torcidas e outros amantes do esporte, cujos times de coração
não estavam competindo. Na Copa do Brasil, os vencedores das semifinais foram o
Coritiba e o Palmeiras, que vão
disputar o título em duas partidas, a primeira no Estádio Couto Pereira, em
Curitiba, e a última, em São Paulo (Pacaembu, Morumbi ou Barueri?). O São Paulo acabou desclassificado,
embora tendo vencido o primeiro jogo no Morumbi, semana passada, pelo magro
placar de 1 a 0,em mais um golaço do
inconstante Lucas, mesmo jogando pelo empate. Enfrentar o Coxa em seu campo não
é tarefa fácil para time algum do Brasil ou do exterior. A força de uma torcida
apaixonada e vibrante ajuda a vencer os obstáculos. Foi assim. Em duas
cabeçadas, o Coritiba marcou dois
gols, segurou o tricolor paulista e venceu a partida de volta por 2 a 0. O São Paulo não jogou mal, mas é um time
que ainda não se encontrou. Luiz Fabiano
perdeu chances e demonstrou extremo nervosismo, repetindo o que vem acontecendo
nos últimos tempos, a ponto de chamar a atenção da diretoria e da comissão
técnica, que precisam intervir urgentemente para saber o que acontece com o
atleta, pois afinal já jogou no exterior, é extremamente experiente e nada
justifica as sucessivas irritações, faltas violentas e reclamações contra
árbitros e colegas, que já renderam um punhado de cartões amarelos e expulsões.
Sempre achei que Leão não era
técnico ideal para o clube do Morumbi e acredito que, com a série de insucessos
nos últimos campeonatos, o ex-goleiro não terá vida longa no clube. O Palmeiras eliminou o Grêmio, mas foi no
primeiro jogo, quando venceu, surpreendentemente, diga-se de passagem, no
Olímpico, pelo placar de 2 a 0, levando para São Paulo, uma considerável
vantagem, tendo em vista o regulamento da Copa do Brasil. Com chuva
ininterrupta que caiu sobre a Capital e Barueri ontem, conseguiu segurar o
empate em 1 a 1,liquidando a fatura.
Esse empate de ontem se deve a todo o time que se esforçou consideravelmente,
mas especialmente a dois atletas, ambos estrangeiros. Ao argentino Barcos, que fez uma grande partida, e ao
chileno Valdivia, que entrou no
segundo tempo, mudou o panorama, que mostrava um Grêmio atrevido e um Palmeiras
recuado e medroso, sem criatividade. Pois Valdivia
tabelou, puxou contra-ataques, criou a jogada e fez o gol que decretou o empate
na Arena Barueri. A torcida comemorou como se fosse uma final. São 12 anos de
jejum em títulos de campeonatos nacionais. Mas a partida mais importante
aconteceu na quarta-feira no Pacaembu, com o clássico Corinthians e Santos, valendo vaga na final da Taça Libertadores da América. Um jogo de causar arrepios, pela
importância e tradição dos dois competidores. O Timão vencera em Santos, pelo
placar de 1 a 0. E mais uma vez fez prevalecer a força de seu conjunto,
anulando os dois principais articuladores santistas. Alessandro neutralizou
Neymar que não ganhou praticamente nenhuma disputa com o corintiano. E Ganso
não jogou bem, errando passes e lançamentos. Mesmo assim Neymar, com
oportunismo, fez o gol santista, entusiasmando sua pequena torcida presente ao
Estádio Paulo Machado de Carvalho. Mas o iluminado Danilo, que é artilheiro do
Corinthians no ano, livre de marcação, aproveitou um cruzamento de Alex para a
área santista, para marcar no começo do segundo tempo, o gol do timão,
empatando a partida e decretando a eliminação do adversário. O que se viu foi
uma vibração intensa de corintianos e corintianas. Estas sorriam, enquanto os
marmanjos choravam feito crianças, cantando o hino do clube, que pela primeira
vez em sua existência centenária, consegue se classificar para a final da Taça
Libertadores da América, que existe desde 1.960. E sabem contra quem: Contra o
argentino Boca Junior, o maior ganhador dessa Copa, com dez finais e seis
títulos. Tinha que ser contra o Boca. E contra uma equipe argentina, para
colocar mais lenha nessa final que será, sem dúvida, histórica. E que vença o
melhor. Não, que vença o Timão. O Brasil agora é alvinegro. Não vai ser fácil,
não. Como diz o ex-jogador e comentarista Caio
Ribeiro, sobre o Timão: Esse time não tem estrelas, mas seus jogadores se
matam em campo. Verdade.
Até amanhã.
P.S. (1) Para ver o empate entre
Palmeiras e Grêmio, mais de 17.000 palmeirenses foram à Arena Barueri, onde
aconteceu o espetáculo, driblando todos os obstáculos, inclusive a torrencial
chuva que caiu sobre a Capital nesta 5ª. feira. E aplaudiram muito o time e o
chileno Valdívia que sofreu há dias, junto com a mulher, seqüestro relâmpago em
São Paulo. A mulher de Valdivia afirmou a uma emissora de televisão chilena que
não pretendia mais voltar ao Brasil e o atleta chegou a afirmar que não pretendia
mais jogar no Palmeiras. Depois, voltou atrás.
P.S. (2) Quase 40.000 torcedores
foram na quarta-feira ao Pacaembu, lotando as dependências do Estádio Paulo
Machado de Carvalho, para ver Corinthians e Santos;
P.S. (3) A imagem da coluna de
hoje foi extraída do site bloghs.lancenet.com.br
O Superior Tribunal de
Justiça, por sua Segunda Seção de Direito Privado, publicou no dia de hoje, as
suas mais novas Súmulas. As súmulas representam a síntese de entendimento uniforme
de um Tribunal Superior acerca de um
determinado assunto de direito. O teor da súmula é chamado de “verbete”. Muito
se discutiu no país, sobre se era desejável ou não a existência de súmulas
vinculantes, isto é, de súmulas que não poderiam ser ignoradas, nos
julgamentos, pelas instâncias inferiores, numa espécie de engessamento do
entendimento do juiz ou desembargador, ainda que ele pensasse contrariamente.
Prevaleceu em parte a proposta, isto é, apenas para o Supremo Tribunal Federal,
cuja competência preponderante é de decidir a respeito de temas
constitucionais, como consta da Emenda Constitucional n. 45, que tratou da
reforma do Judiciário. O Superior Tribunal de Justiça, ao qual incumbe agora a
tarefa de decidir e uniformizar a jurisprudência nacional sobre interpretação
de lei federal, embora podendo editar
súmulas, não se reconhece o caráter vinculante delas, embora se saiba que o
Juiz ou Tribunal inferior não devem decidir de forma diversa, para evitar
Recurso Especial,obrigando o
interessado a percorrer um caminho mais longo para ver o reconhecimento de seus
direitos. Pois bem, as novas súmulas são as de números 472 a 478, cujos
verbetes seguem abaixo, especialmente para os colegas advogados ou operadores
do direito, que devem se manter permanentemente atualizados, embora não faça mal algum a ninguém o
conhecimento deentendimentos ou
interpretações de normas que podem afetar a sua vida e de seus familiares, de uma forma ou de outra.
Súmula
n. 472: “A cobrança de comissão de permanência – cujo
valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios
previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios,moratórios e da multa contratual”.
Súmula
n. 473: “O mutuário do SFH não pode ser
compelido a contratar o seguro habitacional obrigatório com a instituição
financeira mutuante ou com a seguradora por ela indicada”
Súmula
n. 474: “A indenização do seguro DPVAT,
em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional
ao grau de invalidez”.
Súmula
n. 475: “Responde pelos danos decorrentes
de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título
de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado
seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas”.
Súmula
n. 476: “O endossatário de título de
crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto
indevido se extrapolar os poderes de mandatário”.
Súmula
n. 477:“A decadência do artigo 26 do CDC não é aplicável à prestação de contas
para obter esclarecimentos sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos
bancários”.
Súmula
n. 478: “Na execução de crédito relativo
a cotas condominiais, este tem preferência sobre o hipotecário.”
Até amanhã amigos.
P.S. (1) A súmula
vinculante foi criada em 30 de dezembro de 2.004, com a Emenda Constitucional
n. 45, que adicionou o artigo 103-A à Constituição Brasileira, cujo texto é o
seguinte: “O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação,
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões
sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na
imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e á administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei”.
P.S. (2)O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi criado pela Constituição Federal de
1.988 e é a Corte responsável por uniformizar a interpretação de lei federal em
todo o Brasil.
P.S. (3) A imagem da coluna de hoje retrata o edifício do
Superior Tribunal de Justiça em Brasília e foi emprestada do site institutonacionaldedireito.com.br.
A medida adotada pelo
Presidente Barack Obama, de permitir vistos de trabalho a jovens latinos que
imigraram de forma ilegal, quando crianças, é, sem dúvida, eleitoreira, tendo em vista a
proximidade das eleições americanas e a sua candidatura à recondução. O
mandatário americano quer atrair para si a simpatia e, por via de consequência,
os votos dos hispânicos, em grande número especialmente em certos estados como
o Novo México e a Flórida. Apesar desse
caráter, não resta dúvida que a providência é extremamente humana e regulariza
a dramática situação de cerca de 800 mil imigrantes, que não podem trabalhar de
forma regular naquele país. Obama assegura que esse política de abertura é
temporária, não corresponde a “uma
anistia” e que, portanto, “não é um passo para a cidadania nempara a
residência permanente”. Mas considerou “injusta” a deportação daqueles que, vivendo
nos Estados Unidos desde a infância, tenham que voltar para “um paísque não
conhecem, com uma língua que não falam”. Lá como aqui o objetivo de acesso ao
poder, ou sua manutenção, por parte de políticos, tem historicamente, corrigido
algumas injustiças sociais. Não importa que seja por essa estúpida razão.
Importa o resultado de políticas públicas que, com ou sem hipocrisia, com ou
sem comprometimento efetivo, acabem por acertar a vida dos cidadãos num prisma
de efetiva justiça e paz social. Sempre narro aos meus alunos da Faculdade de
Direito que o primeiro passo para o reconhecimento dos filhos ilegítimos no
Brasil, foi dado em plena ditadura do Estado Novo, por meio de um malfadado
Decreto-Lei de 1.942, que foi baixado para permitir que um político de grande prestígio,
desquitado de sua mulher, pudesse reconhecer um filho bastardo, na época
chamado de “adulterino”, porque concebido na vigência do casamento, mas com parceira
que não a mulher do pai. Esse decreto depois, em 1.949, se converteu na Lei n. 883/49,
abrindo a porta para que filhos havidos fora do casamento, pudessem ser
reconhecidos ou pleitear a investigação de paternidade ou maternidade, e seus conseqüentes
direitos de natureza alimentar, social e sucessória. Enfim reformou-se a lei para
beneficiar ou privilegiar certa pessoa, mas o caráter genérico da norma estendeu
os mesmos efeitos a todos aqueles, poderosos, pobres ou miseráveis que se
encontravam na mesma condição, observando, na sua pureza e inteireza, a aplicação do princípio da igualdade.
GABRIELA
Para viver o papel de Maria Machadão, a dona do Bataclan no remake da Novela Gabriela,
que tem início amanhã pela TV Globo, a cantora IVETE
SANGALO, novamente convocada para atriz,tem se esforçado bastante, sendo obrigada a rever sua vasta pauta de
shows. Por causa de Ivete, uma consagrada cantora, o roteiro adaptado da obra
de Jorge Amado, reservará cenas em
que ela, exercendo o que melhor tem a demonstrar de sua arte, cantará no Bataclan.
Uma versão diferente do livro e da telenovela de 1.975. Mas a Ivete merece a
adaptação. E nós, telespectadores, também, por certo.
JOSÉ
WILKER
José
Wilker é o único ator que participou da versão da novela em 1.975 e que
voltará a representar no remake de 2.012. No original, ainda jovem, Wilker encarnou o personagem Mundinho, um intelectual que chegou a
Ilhéus para fazer política deoposição a
uma situação formada pelos coronéis do cacau e que se apaixonou, e também
provocou a paixão, da bela e rebelde Malvina,
neta do coronel Tonico Bastos.
Agora, Wilker, evidentemente muito mais velho, será o ator que representará o
CoronelJesuíno, marido da doce Sinhazinha, que terá um caso com o dentista Dr. Osmundo Pimentel, e será assassinada pelo marido. A personagem
Sinhazinha, vivida pela atrizMaria Fernanda, será agora representada
pela atriz Maitê Proença.
FICÇÃO
E REALIDADE
Muito embora a obra de Jorge Amado seja rotulada de um romance
ficcionista, o que efetivamente é, não se discute que o escritor baseou a sua
ficção em situações e personagens da vida real. Fui a Ilhéus há cerca de três
anos e posso confirmar aos leitores, que lá existiu a tal Gabriela, o sírio Nacib, o Bataclan e o Bar Vesúvio. Visitei a casa
onde a jovem que inspirou o romance, do qual é a protagonista teria morado. Comi e bebi
no Vesúvio, um bar que pertenceu a um sírio, que teria inspirado o Nacib.
Também me mostraram um prédio onde supostamente teria funcionado uma casa de
prostituição,o Bataclan. É a ficção que
toma por base e fundamento personagens e fatos da vida real, transformados pela
competência e criativadade do escritor.
Até amanhã.
P.S. (1) A imagem que
ilustra a coluna foi emprestada do site ultimosegundo.ig.com.br
e mostra criança hispânica nascida nos Estados Unidos.
P.S. (2) Segundo
reportagem publicada em 17 de maio de 2.012, no jornal THE NEW YORK TIMES, o Censo de 2.010, pela primeira vez na história
dos Estados Unidos da América, apontou que o nascimento de brancos, em 12
meses, não foi a maioria naquele país. Foram 49,6% de brancos não hispânicos,
contra 50,4% das minorias (negros, hispânicos, asiáticos e mestiços). Isso
teria, segundo especialistas, decorrido do aumento da imigração nas três
últimas décadas. Fato é que os EEUU, emalguns anos, até que isso tenha repercussão, vai ser
um país de multiplicidade cultural e étnica, tendo que rever seus valores e
conceitos, inclusive políticas sociais e os planos econômicos.
Neste ano de 2.012, completa-se o centenário de nascimento de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos: O baiano Jorge Amado que foi cantado em prosa e verso e considerado o mais importante escritor tupiniquim na categoria romance ficcional. Amado nasceu em Itabuna em 10 de agosto de 1.912 e morreu em Salvador no dia 06 de agosto de 2.001. É, sem dúvida, o autor que mais teve obras adaptadas para o cinema, o teatro e a televisão e foi até enredo de escola de samba no Rio de Janeiro. Escreveu romances,crônicas e poesias, que foram traduzidos para 49 idiomas e vendidos em 55 países, com exemplares até em braile. Viveu exclusivamente de direitos autorais e, em matéria de literatura brasileira, só foi superado, em vendas, em todo o mundo, por Paulo Coelho. Foi eleito para a Academia Brasileira deLetras em 1.961, ocupando a cadeira n. 23, cujo patrono era o escritor José de Alencar. Nem por isso poupou a Academia, cujo formalismo e costumes satirizou no romance “Farda Fardão, Camisola de Dormir”. Tornou-se comunista e entrou para a política tendo sido eleito deputado federal pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro). Viveu fora do país, desde 1.941, na Argentina, no Uruguai, em Paris e em Praga, até 1.952 quando retornou ao Brasil e não mais deixou a sua querida Bahia. Nos seus romances abordava temas brasileiros, como o folclore, as injustiças sociais, a política, as crenças e tradições e especialmente a sensualidade de nossas mulheres. Recebeu prêmios importantes em vários países do mundo, como Portugal, Espanha, França, Rússia, destacando-se o Prêmio Camões de Literatura.
GABRIELA CRAVO E CANELA
Em 1.975, o seu romance GABRIELA CRAVO E CANELA (1.958), foi adaptado para a televisão. A TV Globo transformou-o em novela cujo título foi simplificado para GABRIELA apenas. Assim como o livro, foi um grande sucesso na época. O roteiro adaptado ficou por conta de Walter George Durst. A ótima trilha sonora, começava com Gal Costa, cantando a música Modinha Para Gabriela, de outro baiano, Dorival Caymi, feita especialmente para o folhetim:/Quando eu vim pra esse mundo/ Eu não atinava em nada/Hoje eu sou Gabriela/Gabriela êe, meu Camarada/. E lá vinha o estribilho: /Eu nasci assim/Eu cresci assim/Eu sou mesmo assim/Vou ser sempreassim. E o agudo final: Gabrieeela. Pois bem, surgiam na ocasião jovens atores que se tornariam grandes profissionais, dentre os quais, Sonia Braga, a protagonista Gabriela, sensualíssima, com a seu corpo moreno explorado em cenas picantes e que prendiam o espectador. As jovens Elisabeth Savala e Nívea Maria, vivendo duas amigas inconformadas com os costumes e as tradições de Ilhéus, na época dos coronéis do cacau. Os também jovens Fúlvio Stefanini (magrinho, magrinho),José Wilker e Marco Nanini, aliados aos já consagrados atores mais experientes como Paulo Gracindo, Armando Bogus, Angela Leal, Luísa Mafalda e a inesquecível Dina Sfat.
O ANUNCIADO REMAKE
Segunda feira próxima começa o remake daquela que foi uma das telenovelas mais importantes, bem feitas e de sucesso da televisão brasileira, derivada também de um dos melhores e dos mais populares livros de Jorge Amado. A expectativa, portanto, é grande, notadamente porque conhecemos a capacidade da TV Globo de realizar grandes produções, agora com tecnologia ainda mais moderna e ousada. É também ocasião para esta geração de jovens ter contato mais direto com a obra de Jorge Amado, no ano de seu centenário, circunstância que como educador e cultor das artes, considero especialíssima. Para quem não leu, sugiro que também aproveite para ler a obra GABRIELA CRAVO E CANELA, um dos livros mais incluídos no rol daqueles cuja leitura é exigida para a prova de Literatura Brasileira, nos múltiplos vestibulares das Universidades do país.
O ROTEIRO
Gabriela, Cravo e Canela é um romance que se passa em Ilhéus, na Bahia, uma terra na ocasião dominada por grandes fazendeiros e coronéis que controlavam toda a política e o poder. Casamentos arranjados, filhos dominados, impunidade e injustiça social eram temas freqüentes, assim como o poder e o sexo. Gabrielauma jovem belíssima e ingênua, pobre e simples, surge na cidade atraindo a atenção de todos os machos do lugar. Arruma um emprego no bar Vesúvio, de propriedade do sírio Nacib, que por ela se apaixona e tenta dominá-la na sua espontânea maneira de ser como mulher e fêmea. A vida desse par romântico e de outros personagens que perifericamente desenvolvem seus tramas, constitui a essência da obra que, calcada embora em raízes nacionais, trata de questões universais como a relação do ser humano com a política, o poder, o ciúme, o sexo, a vingança etc.
OS ATORES DO ORIGINAL E DO REMAKE
Aqui seguem os principais personagens da trama com os artistas que os encarnaram na versão de 1.975 e os que participarão agora do remake:
GABRIELA (Sônia Braga)-JULIANA PAES
NACIB (Armando Bogus) -HUMBERTO MARTINS
CEL.RAMIRO BASTOS (Paulo Gracindo)- ANTONIO FAGUNDES
Hoje, dia 13 de junho
de 2.012, dia de Santo Antonio, o nosso santo casamenteiro, tem jogo importante
aqui no Brasil, por uma das semifinais da Taça Libertadores da América.
Corinthians e Santos fazem, na Vila Belmiro, a primeira da duas partidas das
quais sairá um dos finalistas da competição. No Rio de Janeiro, com forte e
destacado esquema de segurança, começa o Rio mais 20, evento que pretende
reunir governantes, empresários, políticos e militantes, para uma nova etapa de
discussão da Biodiversidade. E tem papo de botequim e assunto de Faculdade.
RIO
MAIS 20
A idéia de “crescimento
sustentável”, uma expressão que virou chavão de discursos políticos e
de ambientalistas nasceu na ECO 92, com o significado de “crescimento
econômico, compreservação do social e
do ecosistema”. Começa hoje no mesmo palco, ou seja, na Cidade Maravilhosa, um
novo encontro. Vinte anos depois. Daí o nome Rio mais 20. São quase duzentos
países representados. Muitos palcos dentro da cidade, onde o assunto será debatido separadamente:
Dos Chefes de Nações, de empresários, de políticos, de jovens universitários, de ONGs. Todos
discutindo a preservação do meio ambiente. Que bom! A expectativa é grande.
A
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E RIO MAIS 20.
Voltei há menos de um
mês de Nova York e lá vi uma grande divulgação do evento. O Rio mais 20 estava
anunciado com grande destaque na porta principal do Prédio da Organização das
Nações Unidas, promotora do evento. O
Brasil também está na moda por lá. A
badalada Macy’s de Nova York promoveu a Semana Brasileira, com retrato de
baianas e bananas por todos os cantos. E
propaganda também nas sacolinhas
plásticas de mercadorias adquiridas, que por lá ainda correm solta, enquanto
aqui já deixaram de ser fornecidas nos supermercados, em nome da maior
consciência ambiental. Que esse encontro
badalado pela mídia internacional possa produzir frutos maiores e melhores do
que aqueles colhidos nos últimos 20 anos, desde o encontro de 92.
PARDAL E PARDALZINHO
Estávamos conversando animadamente
sobre futebol, no café do Mall da Nova
Campinas, com o Rogério, bugrino de quatro costados, dono do estabelecimento e
outros amigos. Falou-se de Eurocopa, Santos,
Corinthians, Ponte, Guarani,Messi, Neymar,
da Seleção sub-20, até que eu fiz uma observação sobre o jogo de ontem em
Salvador, em que o Vitória ganhou do Guarani por 1 a 0, reclamando da falta de
categoria dos reservas que estão jogando nas vagas de titulares
entregues ao departamento médico, cuja relação é grande: Neto, Oziel, Wellington Monteiro,
Fumagalli, Bruno Mendes, Clebinho.... Lá pelas tantas, mandei essa: - Vejam vocês
esse tal de Max Pardalzinho. Veio como jogador para ser titular mas é
fraquinho. O próprio nome é até uma contradição. É como uma transa abortada. Começa com Max, sugerindo o Máximo, e depois,
vai para o diminutivo: Pardalzinho. Decepcionante, como o futebol que tem
jogado. Um dos interlocutores fez
observação: - Olhe eu garanto que não tenho nenhum filho por aí.Demorou para cair a ficha. Era o Pardal,
lembram dele, o que foi treinador da Ponte Preta, estudou comigo no Ginásio do
Taquaral, amigo de décadas. Só daí me dei conta de que o Pardalzinho podia ser
filho do Pardal, o que seria natural. Mas o fato é que ele não quer ou não reconhece esse filho
de jeito nenhum. Compreensível.
FACULDADE DE DIREITO DA PUCC
Por falar em pai e filho, a coluna
hoje traz a imagem de três grandes professores da Faculdade de Direito da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas: Profs. Luiz Arlindo Feriani, Luiz
ArlindoFeriani Filho e Fabrício Pelóia. Na primeira foto, o Dr. Feriani Filho
passa para as mãos do Dr. Fabrício, depois de exaustivas cobranças, uma nota de R$100,00, para colaborar com o Natal
dos clientes da Assistência Judiciária Dr. Carlos Foot Guimarães, serviço que
atende à população carente e oferece estágio aos alunos e do qual o Dr. Fabrício é também Coordenador. A foto se justificava, tendo em
vista que, na esteira do pai, o Feriani Filho“não gosta muito de gastar dinheiro”, o que corresponde a um eufemismo do antigo adjetivo “avarento”.
Tirou a nota do bolso, fez menção de entregá-la, mas se recusava a soltá-la, mostrando
um arrependimento não considerado muito eficaz pelos colegas. O momento tinha que ser registrado para a
eternidade. Na segunda foto, o pai Dr.
Feriani, logo após "o fato histórico" aparece ameaçando castigar o filho já adulto, pelo péssimo exemplo público que acabava de dar, ainda que contrariado.
Brincadeira salutar, por certo que rendeu muito riso e gozação na ocasião na nossa sempre animada sala
de professores.
Até amanhã.
P.S. (1) - O Dr. Luiz Arlindo Feriani (pai) é um dos mais notáveis Juízes de Direito que exerceu a judicatura em Campinas, e como tal publicamente reconhecido. Foi Juiz da 6a. Vara Cível da Comarca e também Diretor, em duas gestões diferentes, da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Aposentado na Magistratura, é atualmente um renomado advogado e consultor e leciona a disciplina Direito Processual Civil, tendo concluído o doutorado na área,devendo em breve defender sua tese na PUC de São Paulo, sob orientação do Dr. João Batista Lopes;
P.S. (2) O Dr. Luiz Arlindo Feriani Filho é competente advogado, professor de Direito Processual Civil na Faculdade de Direito da PUC e Diretor Adjunto do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da PUC- Campinas;
P.S.(3) O Dr. Fabrício Pelóia é também reconhecido advogado, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da PUC, Coordenador da Assistência Judiciária Dr. Carlos Foot Guimarães e do Juizado Especial Cível que funciona no Fórum Central de Campinas, fruto de convênio entre o Tribunal de Justiça e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
P.S. (4) As fotos de hoje são minhas mesmo, acreditem. Tiradas de um celular.
O final de semana foi
marcante em termos de esporte aqui e no exterior. A jovem seleção brasileira,
convocada por ManoMenezes para os amistosos internacionais que acontecem nos
Estados Unidos, já com vistas às Olímpiadas de Londres, em julho, não se saiu
mal diante da poderosa seleção oficial da Argentina, embora derrotada pelo
placar de 4 a 3. Não se pode esquecer que a Argentina é líder das Eliminatórias
da Copa de 2.014, jogou com todos os seus titulares e vive grande fase, assim
como Messi, o melhor jogador do mundo que, finalmente, tem sido convincente e
decisivo jogando também pela Seleção de seu país (de origem, por certo, porque
a vida e a carreira foram todas construídas na Espanha), o que não vinha
acontecendo antes. Se Messi foi decisivo fazendo três dos quatro gols
argentinos, Neymar mais uma vez não jogou bem e, o baixo rendimento jogando
pela seleção, começa a preocupar e merece ser observado, porque potencial o
garoto tem e isso é indiscutível. De boa surpresa, o rendimento do menino Oscar (imagem que ilustra a coluna hoje emprestada do blog ramsessecxxxi.blogspot.com),
no meio de campo, construindo as jogadas e marcando, inclusive, um gol. Já se
fala nele como substituto de Ganso ou até jogando junto com o atleta santista,
pois ninguém seria contrário a dois meias talentosos no meio de campo de uma
seleção que já teve Gerson, Tostão e
Rivelino, ou, Junior, Sócrates e Falcão. Na Fórmula Um, vive-se um momento
ímpar este ano com sete vencedores diferentes, em suas sete edições. Ontem, foi
a vez do inglês Lewis Hamilton (ING/McLaren), faturar o grande prêmio de Montreal, no
Canadá, deixando assim o campeonato mais competitivo, surpreendente e
interessante. A Seleção Masculina de
Vôleifinalmente engrenou e ganhou as
três últimas partidas, a mais importante delas, ontem, contra a Polônia (3 a
1), de quem havia perdido duas vezes
anteriormente (ambas pelo placar de 3 a 2). Agora, na próxima fase de classificação, que
será disputada na Finlândia, precisa
melhorar ou ao menos repetir a dose do último jogo. Mas a classificação para as
Olímpiadas é certa. Na Eurocopa deSeleções, depois de muitos tumultos
envolvendo torcedores e policiais e, jogando em Gabnsk, a Croácia venceu a Irlanda,
pelo placar de 3 a 1, enquanto Itália e Espanha, em partida de muitas
alternativas e gols perdidos, empataram em 1 a 1. A Rússia goleou a Republica
Tchecapor 4 a 1, a Alemanha venceu
Portugal por 1 a 0 e pelo mesmo placar, no resultado mais surpreendente da
rodada, a Dinamarca, que havia perdido o amistoso para o Brasil por 4 a 1,
venceu a Holanda. Pelo CampeonatoBrasileiro da Série A, os paulistas continuam decepcionando: o time reserva do
Corinthians perdeu mais uma, desta vez para o Grêmio, no Olímpico, pelo placar
de 2 a 0 e agora é lanterna da competição. O Santos, também com reservas, foi
derrotado pelo São Paulo, sem Luis Fabiano, suspenso, mas com Lucas, no Morumbi, por 1 a 0, gol do zagueiro Paulo
Miranda. Santos e Corinthians estão preocupados com a semifinal da Libertadores
e se enfrentarão, agora com os times titulares, na grande decisão de uma das
vagas para a final, na próxima quarta-feira. A Portuguesa finalmente ganhou. O
adversário, Atlético Goianiense, que não vive boa fase, foi derrotado, no Canindé,
por 2 a 0. De bom, o primeiro gol de Ricardo de Jesus, que finalmente
desencantou e espera-se que ele renda 50% ao menos do que rendeu quando jogava
pela Ponte Preta, em Campinas, e ficou próximo daartilharia do campeonato brasileiro da série B do ano passado,
marcando 19 gols contra 21 de Kiesa. A Macaca, sem vencer ainda, empatou outra,
pelo placar de 0 a 0. Desta vez com o Joinville, jogando na casa do adversário,
o que poderia ser um bom resultado, se não tivesse perdido em casa para o
Atlético Mineiro e tomado o empate, no final do jogo, do Flamengo, no meio da
semana, também no Majestoso. Além disso,
o time de Santa Catarina jogou com 10, grande parte do jogo, superioridade que
a Ponte não aproveitou. Na série B, destaque para o Bugre que, perdendo de 2 a
0 para o Barueri, na Arena do mesmo nome, no primeiro tempo do jogo do sábado, acabou
empatando em 2 a 2. São muitos os desfalques que o Guarani vem sofrendo desde
as partidas finais do Campeonato Paulista.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) O Vasco da
Gama vem disparando nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Ontem,
venceu o Bahia por 2 a 1, em outra grande atuação de Diego Souza.
Tem agora 12 pontos em 4 jogos,
aproveitamento de 100%;
P.S. (2) Em partida que
aconteceu hoje de manhã, adiada por causa das chuvas de ontem, o espanhol
Rafael Nadal venceu o sérvio Novak Djokovic em partida espetacular que durou
três horas e 49 minutos na final masculina de tênis de RolandGarros. O placar
foi de 6-4, 6-3, 2-6 e 7-5. Foi o sétimo título de Nadal em Roland Garros,
batendo assim um recorde como o atleta que venceu mais vezes um mesmo prêmio do
Grand Slam, juntamente com o americano PeterSampras, que venceu também sete vezes em Wimbledon;
P.S. (3) Com a vitória
sobre Djokovic,Nadal conservou o segundo lugar no ranking, cujo topo, apesar
da derrota, continua com o derrotado Novak.
Tendo conquistado o
Aberto da Austrália, Wimbledon e o Aberto dos Estados Unidos, faltava para ela
apenas um dos famosos títulos do Gran Slam: o de Roland Garros. Desde 2.008
fora do topo do ranking mundial a russa Maria Sharapova estava na final do
torneio contra a italiana Sara Errani, a grande zebra da competição de 2.012.
Mas desta vez a favorita venceu por 2 sets a zero, com 6-3 e 6-2. Vi quase todo
o jogo pela ESPN Brasil. Em alguns momentos, ambas proporcionaram uma disputa
de alto nível. Mas Sharapova, imprimindo um saque forte no início, quebrando o
serviço de Sara no 2º set., e mostrando mais eficiência nos “winners” conseguiu
impor a sua superioridade perante a italiana, faturando o título. Maria
Sharapova se transforma assim numa lenda do tênis mundial. E cá entre nós: uma
loira belíssima, esbelta e jogando um tênis elegante para ninguém botar
defeito. Como afirmou essa semana o Ronaldo Nazário, outra lenda, mas do
futebol, "se elanão tiver chulé, é
perfeita".
J.
EDGAR – CINEBIOGRAFIA CONSISTENTE
Quem não viu no cinema,
precisa assistir. É mais um grande trabalho do já amadurecido ator Leonardo Di
Caprio (Titanic;Prenda-me se for Capaz;Ilha doMedo), soberano no papel do protagonista, o famoso
agente J. Edgar Hoover (1.895-1.972), considerado uma das figuras mais poderosas,
controvertidas e enigmáticas do século XX, e que, durante 48 anos e 8
Presidentes americanos, chefiou o FBI, usando ou ameaçando usar informações secretas privilegiadas que obtinha
nas escutas e investigações promovidas pelo órgão, sobre a vida privada de
presidentes, políticos e poderosos, para obter sucesso e recursos. Com isso
conseguiu a federalização do FBI e a concessão de verbas consideráveis, pelo
Congresso, para o órgão. O drama americano de 137 minutos teve estréia no Brasil
no começo deste ano, não está mais em cartaz nos cinemas,mas já pode ser visto em DVD. A Direção é de
Clint Eastwood, o roteiro de Dustin Lance Black. No elenco, além de Di Caprio
como J. Edgar, Armie Hammer como ClydeTolson, companheiro e amante do protagonista,
e Naomi Watts, a leal secretária de Edgar. Excelente o trabalho de maquiagem e transformação dos atores jovens, em velhor senhores. Um filme bom, com uma interpretação magnífica dos atores, o que o valoriza extremamente. Confira.
A
MORTE DE IVAN LESSA
Morreu emLondres, onde morava atualmente e escrevia
crônicas para o BBC Brasil, o jornalista
e escritor, Ivan Lessa, aos 77 anos. Ivan era filho do escritor OrigenesLessa
e teve grande destaque no Brasil, por ter sido um dos fundadores do famoso
jornal “O Pasquim” editado na época da revolução e que enfrentava os militares,
quando a imprensa era toda censurada. Sobre a própria morte, o escritor escreveu
frases bem humoradas, tais como: (1) Levo
comigo a reputação de meu terapeuta; 2) Pronto, agora não voto mais mesmo!
Chegou!”; 3) Aí esta: uma cura definitiva para a calvície; 4) Maioria silenciosa? Essa agora é comigo; 5)
Pronto! Inaugurei estilo novo: Arte Morta; 6) Custou, mas estou acima de
qualquer lei que vocês bolarem aí.
MAGOS
E MAGIAS
Há três domingos,
participando das comemorações dos 75 anos do Giovannetti, em Campinas,
recebemos em nossa mesa, um simpático profissional. O Mágico campineiro Mauro Morenno, campeão brasileiro de
mágicas. Ele é especialista na categoria “Close
Up”, modalidade que consiste em executar magias e ilusionismos na mesa e bem
próximo dos espectadores. Pois Mauro é mesmo um mágico competente. Provocou
fogo, escondeu e adivinhou cartas de baralho, fez com que bolinhas se duplicassem e
aparecessem dentro de nossas mãos,
surpresos espectadores. O homem é bom mesmo. Os amigos que desejarem
animar o seu evento com esse extraordinário campeão, poderão contratá-lo pelo
fone (19) 8119.0166. Ele atende a confraternizações, feiras empresariais,
convenções e eventos particulares e corporativos. Para saber mais acesse o site
www.mauromorenno.com, ou envie
mensagens pelo e.mail contato@mauromorenno.com.
Imaginem o sucesso que ele fará num aniversário de criança ou adolescente. E
mesmo entre nós,adultos, crianças
crescidas e admiradas com essa arte de destreza e mistério, sempre desafiadora.
Até amanhã amigos,
P.S. (1) No tênis, Winner significa "Ponto vencedor. Bola
lançada em local indefensável para o adversário. O winner pode ser dado num
saque, voleio, deixadinha, passada ou golpe de fundo de quadra. "
P.S. (2) A imagem da coluna de hoje foi emprestada do site
correiodeuberlandia.com.br e mostra o real J. Edgar Hoover, quando jovem e ao seu lado, o
ator Leonardo Di Caprio, que o interpreta no filme “J. Edgar”.
No último domingo,
fuià apresentação do maestro André Rieu
e sua orquestra, no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo. Salgados R$320,00 para
ocupar a penúltima fileira de cadeiras colocadas sobre o piso principal do
ginásio, em posição frontal com o palco improvisado para o espetáculo. Logo na
entrada, o que chama a atenção é o número de pessoas participando da organização.
Tudo bem planejado.Há seguranças e
orientadores por toda a parte externa do Ginásio. Depois, a cuidadosa
conferência dos ingressos (você passa no mínimo por trêsconferentes, até que a parte picotada é
retirada e vocêfinalmente éencaminhado para a sua cadeira). Ao lado do
palco há dois telões que exibem o maestro e uma parte da orquestra e, eventualmente,focaliza senhores ou senhoras cantando,
aplaudindo efusivamente ou distraídos, fazendo alguma coisa que leva o público
ao riso. Aliás, provocar riso e alegria parece ser o alvo principal do
espetáculo de 2 horas, dividido em dois atos de 1 hora, separados por um
intervalo de 15minutos. Apesar de
vários banheiros, o tempo não é suficiente para atender a todos, especialmente
as mulheres que têm que enfrentar longas filas que se formam necessariamente
ali, nos três ou quatro amplosbanheiros
a ela destinados. A ocupação do ginásio é praticamente total, ressalvadas as
pontas das duas cabeceiras do lado do palco, com espaços inutilizados porque
ali não seria possível ao espectador enxergar nem o palco, nem os dois telões.
Assim mesmo são quase 6.000 lugares nas arquibancadas e mais 2.000
aproximadamente sobre o piso principal, onde ficamos. As cadeirascertamente para que coubesse o maior número
possível delas, eram minúsculas. Na maioria, conforme o tamanho do espectador,
o assento só acomodava “meia bunda”, razão pela qual, seguramente, as pessoas
que não estavam nas pontas, como eu, precisavam se encaixar nesses espaços.
Fiquei com saudade dos bancos da classe econômica de algumas Companhias aéreas.
Em compensação, enquanto você espera, pode adquirir uma gama de mercadorias
(águas e refrigerantes de todos os tipos, cerveja, pipoca, crepes de queijo). Tudo por R$8,00(parece que os vendedores combinaram o preço
– um verdadeiro cartel). Mas dado o primeiro sinal os vendedores são retirados
do espaço e o ambiente é preparado para o início do espetáculo. De repente, surge, pelo portão dos fundos, o maestro
André, provocando surpreendentes gritinhos e “frisson” e são muitos os
espectadores que deixam seus lugares e se acotovelam próximos ao local (foi justo encima da
gente, acreditem) com suas máquinas fotográficas espetaculares ou celulares
para sacar as fotos da personalidade máxima do espetáculo, de todos os ângulos
e perspectivas possíveis e imagináveis. Recebí cotovelada, empurrões, e
suportes de máquinas na cabeça. Tudo bem. Não há mal que sempre dure. Depois de
receberovações, ouvir juras de amor e
se deixar fotografar com aquele sorriso perene, o nosso herói
segue pelo meio do público até o palco e começa o espetáculo. Rieu tenta falar
em português, mistura um pouco com o espanhol, mas imediatamente ganha a
simpatia da platéia. Lá ao fundo, há uma faixa simpática de recepção “André.
Nós te (coraçãozinho, que é para ler “amamos”). E um Welcome, final. No meio da
multidão também aparece uma bandeira do Brasil, uma do Corinthians e outra do
Palmeiras, que é para não ficar atrás. Suponho que o tal corintiano e o outro, palmeirense,
estivessem aproveitando para comemorar a desclassificação dos dois times nas
quartas-de-finais do campeonato paulista. Brincadeira. Mas convenhamos torcedores dos dois
clubes de maior torcida de São Paulo, pega bem para receber o maestromais popular da história recente da música
pop universal. Uma questão de adequação e simetria. O Maestro elogia o Brasil, o público de São Paulo, a quem ele
reiteradamente chama do maior e mais simpático para o qual já se apresentou, para delírio de
parte da multidão inebriada com os repetitivos elogios que faz parte certamente
do roteiro do espetáculo (ele deve falar a mesma coisa na Argentina, no México,
nos Estados Unidos, na França, no Japão). Coisa estranha essa de nós brasileiros
sentirmos uma profunda simpatia por artistas que nos elogiam e às nossas
coisas, sem reserva, experimentando um momento de acréscimo de "auto-estima" e uma ausência de auto-crítica. O espetáculo vai se desenvolvendo comum roteiro óbvio: músicas clássicas mais
conhecidas, de compositores igualmente conhecidos, mescladas com grandes
trilhas sonoras de filmes também majestosos. Aproveitando-se da suposta
distração do maestro, músicos deixam por instantes seus instrumentos, para
tomar bebida alcoólica, provocando mais risos na platéia. Esses profissionais
são mesmo polivalentes. Ao mesmo tempo que dão conta de suas baterias, pratos,
saxofones, violinos, violoncelos etc. fazem humor e malabarismo (há um músico
que se exibe equilibrando o seu sax no queixo). O objetivo é mesmo de entretenimento.
O roteiro traz novidades. Surgem os três tenores da orquesta de Rieu: o
australiano, Gary Bennett, o húngaro, Bela Mavrak e o alemão Thomas Grevel se
revezam na interpretação de árias de
óperas conhecidas de Verdi, Vivaldi ePuccini. “Nessum Dorma”, “Ballade pour Adelina”, “O Mio Babbino” de
Gianni Shicche de Puccini, Madame Batterfly, etc.O
espetáculo também abre espaço para as sopranos brasileiras, a paraense Carmem Monarcha, a gaúcha Carla
Maffioletti e a sul-africana, Kimi Skota, a mais nova aquisição da Orquestra,
responsável pelabela interpretação de
Ave Maria de Gounod (vídeo abaixo), um dos rarosmomentos do espetáculo que me comoveu. As sopranos, munidas de um
violão, oferecem um número especial para nós brasileiros. A execução de “Manhã
de Carnaval” (viajei para os anos 60, sentindo no ouvido a
interpretação magistral dessa canção, pelo saudoso Agostinho dos Santos, uma
das vozes mais lindas de que minha memória ainda dá notícia). Não há
praticamente música desconhecida do grande público. As populares de trilhas
sonoras vão se sucedendo: Lara’s Theme (Tema de Lara), The Godfather Stranger
in Paradise, a popular trilha do grande filme O Poderoso Chefão, My Heart Will
Go On”, tema de Titanic, que a Celine Dion enjoou de cantar. Já quase no final,
a indefectível mais famosa valsa de todos os tempos: Danúbio Azul, tocada pela
orquestra, trazendo ao fundo uma imagem do conhecido Rio que banha Viena. Nesse
momento, não descobri se é combinado ou espontâneo, um casal se levanta na platéia
e começa a dançar ali no corredor entre as fileiras de cadeiras. Logo, outros
casais velhos e jovens se encorajam e também seguem o exemplo. Rieu se diverte.
Às vezes pára de tocar para ver a reação dos casais e da platéia. Logo retoma.
E se diverte. Não são poucas as vezes em que ele participa interagindo,
tentando falar com determinado espectador ou saltitando (isso mesmo), no palco.
Há momento do espetáculo em que o cenário atrás do palco mostra neve caindo e, em certo ponto da platéia, blocos de neves artificiais (pedacinhos de
plástico branco) descem do teto. E caem em grande volume inundando o
chão e principalmente as cabeleiras das moças e senhoras e as carecas de alguns
senhores. Não satisfeitos os confetes de plástico penetram nos ousados decotes.
Mas aí tudojá virou festa. Uma grande festa intencional.
Para que tudo seja grande, eterno, bonito e majestoso. O Maestro anuncia o
término do espetáculo. Mas é de
mentirinha. Todos sabem que é só charme. Rieu então, a pedido da platéia, vai
tocando mais uma, outra e outra. Aí seguem os clássicos nacionais: Tico-Tico no
Fubá, Aquarela doBrasil e para encerrar lasca-se um “Ai Ai se eu Te Pego”, o
baião do Teló que virou mania internacional por culpa de muitos, mas especialmente
do Cristiano Ronaldo. Não há surpresa na platéia. Ao contrário. Enquanto o
coral da orquestra, feito de moças naquela altura vestidas de verde amarelo,
com chocalhos nas mãos, orientam os espectadores mais desafinados, o público inteiro canta (e
gesticula) com o tal do Ai se eu Te Pego. Respeitáveis senhores e senhoras, de
cabelos brancos, algumas ainda com aquele laquê dos anos dourados, não se
pecham em fazer aquele gesto que sugere um suposto ato sexual com penetração. Valeu a
pena? Não sei. Não sou grande entendedor de música. Aprecio-a
como uma das formas de artes mais significativas e indispensáveis na vida dos
seres humanos. A arte para mim é o que me toca. É, como dizia alguém que eu não
me lembro, a propósito dos estilos pictóricos: a arte é para ser sentida, não
para serentendida. Se é isso, para mim não valeu muitoa pena. Foram raros os momentos que me cativaram efetivamente. Na maior
parte fiquei indiferente. No palco do Ibirapuera falta aquele clima do DVD,
praças e rios, palácios, príncipes, princesas, cheiro de nobreza. Neve de verdade. Coisas que misturadas
ao espetáculo proporcionado por Rie, seu cantores, seu coral e sua orquestra,
alimentam o imaginário especialmente dos que têmmais de 50 anos, o maior público, acredito, do fenômeno
André Rieu.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) André Rieu é
um fenômeno de vendas. Já vendeu mais de 30.000.000 (trinta milhões) entre CDS
e DVDs. E se apresentou em mais de 30 países;
P.S. (2) O seu sucesso levanta muitos
questionamentos dentre os eruditos. Os puristas o acusam de distorcer a imagem
da música clássica.Músicos jovens,
ainda que influenciados pela música pop, afirmam que o caminhode Rieu não deve ser seguido como exemplo por
outros, pois, embora considerado como música clássica tradicional, não o é;
P.S.
(3)O compositor e crítico musical
Leonardo Martinelli escreveu em um artigo para a revista Concerto, em que afirma em um trecho: “Ele vende uma imagem falsificada da música clássica. A música clássica
não é apenas aquilo. Ele distrai o seu ouvido com toda aquela parafernália
visual. Tanto que isso é estatístico: ele vende mais DVDs do que CDs., afirma,
e propõe um desafio: “Vamos ouvir a música de Rieu de olhos fechados, tirar as
luzes, o glitter e os efeitos e ver se a ideia se sustenta”.
P.S. (4)A mistura do erudito com o
popular conhecido como Crossoverjá
acontece há muito tempo. Os três tenores faziam isso. E já teve adeptos dos
dois lados, tanto do clássico, quanto do pop (Sting e Roger Waters
estão entre eles). No Brasil, cresce o número de orquestras que incluem
a música popular em seu repertório. A Orquestra
Ouro Preto vem ganhando espaço justamente por apostar na interpretação
orquestradas de obras dos Beatles e
até do cantor Alceu Valença. Para o
jovem maestro Rodrigo Toffolo, de 34
anos, essa mistura é excelente para formar novos públicos, especialmente entre
os mais jovens. “Quando apresentamos o
concerto dos Beatles pela primeira vez, em 2009, nós tínhamos 300 pessoas na
nossa página no Facebook e quatro meses depois, tínhamos 5.500”, contou Toffolo ao site de VEJA.
P.S. (5) Um dos mais
importantes regentes brasileiros da atualidade, o maestro Roberto Tibiriçá relativiza a polêmica. “Não sou fã do Rieu, mas acho válido esse tipo de espetáculo. Se é
popularização ou não,não importa. O
que importa é que as pessoas se sentem felizes e curtem ouvi-lo”;
P.S. (6) a Imagem que ilustra a coluna hoje foi
emprestada do blog novablumenau.blogspot.com