Boa noite amigos,
Terminou o primeiro
turno no Campeonato Brasileiro, tanto da Série A, quanto na Série B:
SÃO
PAULO (5º) 2 X
CORINTHIANS (12º) 1
° Ninguém imaginava que
o São Paulo seria capaz de ganhar o jogo no Pacaembu, depois de levar, durante
os 20 minutos iniciais, um sufoco corintiano, pois a equipe de Tite, exercendo
uma forte marcação, como é de seu feitio, e, encurtando o espaço dos principais
jogadores do tricolor, conseguiu marcar um gol com o atacante Emerson e perdeu
outro, em grande defesa do goleiro Rogério. Mas aos poucos o técnico Ney Franco viu seu time se acertar em campo e, contando com a
velocidade de Lucas e a boa estrela do atacante Luis Fabiano, empatar ainda no
final do primeiro tempo, e virar o marcador no segundo, em que o jogo
esteve equilibrado. O “Fabuloso” marcou os dois gols do tricolor, o primeiro em
valiosa assistência de Lucas.
JOGOS
DE TORCIDA ÚNICA: UMA SOLUÇÃO PARA ACABAR COM A
VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS?
O
GALO LÍDER (1º) e A RAPOSA (8º).
° Cruzeiro e Atlético
jogaram no Estádio Independência em Belo Horizonte e só a torcida da Raposa
pode estar presente, no chamado jogo de torcida única, uma grande bobagem,
acredito, como solução que pretende acabar com a violência nos estádios e fora
deles. O jogo ficou paralisado durante mais de 7 minutos no começo do segundo
tempo, por causa da violência entre os jogadores e expulsões, e ainda porque torcedores presentes jogaram diversos objetos no campo, que
precisaram ser recolhidos. Dentre os curiosos objetos arremetidos estavam um
relógio de pulso e um celular. Conforme o que for relatado na súmula, o Cruzeiro pode
acabar perdendo mandos de jogos em Belo Horizonte. Por isso uma faixa "azul" foi
improvisada, pedindo aos torcedores que não atirassem coisas para dentro do campo.
Precisava?
° Lugar de bandido é na
cadeia. E polícia é para garantir a segurança nos estádios e em seus
arredores. Não tem sentido privar uma
das torcidas da presença em clássicos regionais, que são programados para serem
grandes festas e projetam rendas que normalmente são as maiores que os clubes
auferem, como se essa providência, supostamente acautelatória, pudesse garantir,
por si só, a eliminação das mortes, confrontos e violências em geral.
° Os clássicos com
torcida única são frustrantes para os torcedores das equipes em confronto. Em
Minas, ainda que o estádio não comportasse um grande público, pouco mais de
17.000 torcedores, todos do Cruzeiro, equipe mandante, é que pagaram ingresso, num clássico que normalmente levava e levaria ao Mineirão mais de 60.000 pagantes.
E o Galo, simplesmente, é o líder do campeonato e campeão simbólico do primeiro
turno. Sua imensa torcida foi impedida de ver simplesmente o mais importante jogo do
turno. Se já há esquema para identificar o torcedor agressor, que se use toda a
tecnologia, à exaustão, para prendê-lo e aplicar pena que o impeça de ir ao
estádio, até que demonstre grau aceitável de civilização e de sociabilidade.
Os outros torcedores decentes e educados, amantes de seu time e do esporte, não podem ser privados de acompanhar, saudar e aplaudir (ou vaiar, se quiser) sua equipe,
com ampla garantia e segurança no estádio e na entrada e saída dele.
° Quando a partida ainda
estava empatada e o Atlético Mineiro com um jogador a menos, Ronaldinho Gaúcho
roubou uma bola no meio de campo e foi levando, levando, driblando os
adversários que tinha pela frente, até entrar na área, contar com a sorte na
travada de bola que teve com o zagueiro (a bola ficou nos seus pés) e concluiu
no cantinho direito da trave, sem chance alguma para o goleiro. Um golaço,
golaço, lembrando os saudosos tempos do Ronaldinho Gaúcho de outrora. Queiram
ou não o criticado atacante, sempre envolvido em notícia com noitadas, mulheres,
bebidas e falta nos treinos, chegou sem muito estardalhaço em Belo Horizonte, contratado pelo Galo,
que apostou na sua recuperação, e tem feito excelentes partidas, graças
especialmente à sua velha habilidade nos lances de bola parada e nas assistências aos
companheiros. Tem gente que está dizendo que a noite em BH é boa, mas não tanto
quanto a do Rio. Será?
° A PONTE PRETA E O GUARANI.
Ponte e Guarani
terminaram o primeiro turno com uma campanha curiosamente semelhante. Ambos no
13º lugar, a Macaca, claro, na Série A, e o
Bugre, na Série B. Foram 6 vitórias, 5 empates e 8 derrotas da Ponte e 6
vitórias, 6 empates e 7 derrotas do Guarani. A Ponte fez 21 gols e sofreu 26,
com um saldo negativo de 5. O Bugre fez 22 gols e sofreu 20, com um saldo
positivo de 2. Porém, considerando a diferença entre os adversários e a
distância entre a série A e B, é claro que a campanha da Ponte Preta foi muito
melhor do que a do Guarani. Pode-se mesmo afirmar que a campanha do Bugre foi
pífia e decepcionante, apontado que estava como um dos favoritos ao acesso,
depois de obter, com méritos
indiscutíveis, o vice-campeonato Paulista. Dentro das expectativas que cercaram
os dirigentes, os torcedores, os jogadores e, sobretudo, os técnicos Gilson
Kleina e Oswaldo Alvarez antes do campeonato começar, nenhum dos times chegou a
cumprir a meta. Na Ponte, a idéia era ficar na primeira parte da tabela (no
mínimo entre os 10 primeiros), para não sofrer pressão no segundo turno, quando
as equipes de primeira linha estão mais focadas nos resultados, umas esperando
o título, outras lutando por uma vaga na Libertadores e as menos fortes
buscando fugir do rebaixamento e beliscar uma vaguinha na Sulamericana. No
Guarani o mínimo aceitável seriam 30 pontos, para tentar garantir, com uma
campanha idêntica ou melhor no segundo turno, uma das quatro vagas
de acesso. A Ponte, ficando em 13º, com 23 pontos, terá que se dedicar mais e
muito para conseguir uma vaga na Copa Sulamericana (importantíssima para a
equipe poder disputar um campeonato internacional), e
para não correr risco de rebaixamento. Hoje deixa para trás a Portuguesa ( 22
pontos); o Coritiba, com 19, o Bahia com 17, o Palmeiras e o Atlético
Goianiense (ambos com 16), o Sport com 15 e o Figueirense com 14 pontos. A
distância para a zona do rebaixamento é de 07 pontos, confortável neste
momento, mas jamais segura, pois tem atrás de si pelo menos o Palmeiras e o
Coritiba, que são equipes tradicionais e não devem cair. A tarefa do Guarani,
cujo objetivo era o acesso, é mais difícil. Permitiu que os adversários mais
bem classificados fizessem muitos pontos e agora, com 24 pontos, está a 10
pontos do 4º colocado, justamente o São Caetano, equipe que o Bugre venceu bem
ontem, na primeira vitória fora de casa e na volta de Fumagalli. Impossível,
porém, não é, absolutamente. E nem há que se pensar em risco de rebaixamento, a
não ser que a equipe, que agora parece
mais próxima daquela que terminou o campeonato paulista, consiga a
façanha de piorar e perder para equipes que estão atrás na tabela, como o Bragantino, o Ipatinga, e outras que mesmo tendo terminado o turno à sua frente, são
tecnicamente muito inferiores.
Até amanhã, amigos.
P.S. (1) O Grêmio
venceu o clássico gaúcho contra o Internacional de Fórlan, pelo placar de 1 a
0. Com isso assumiu a 3ª posição na tábua de classificação, com 37 pontos, 5 a
menos que o Fluminense e 6 a menos que o Atlético Mineiro. Acontece que o Galo
tem um jogo ainda a cumprir contra o Flamengo e pode terminar o turno com 46
pontos, ficando a 4 pontos do vice Flu e a 9 do Grêmio;
P.S. (2) Incrível o gol
perdido pelo badalado craque uruguaio
Fórlan. Confira pela Internet. Diego Fórlan
foi a contratação mais a importante do Internacional, este ano, eleito, na última Copa do Mundo, o melhor jogador e o artilheiro da competição.
Nada pouco. São 500 minutos sem fazer gol, o que preocupa, e muito,
a fanática torcida colorada.
P.S. (3) Custou mas o Peixe venceu o Porco, que se
mostrava indigesto nos últimos confrontos. A
vitória do Santos, de virada, sobre o Palmeiras por 2 a 1, ontem no
Pacaembu teve a marca indiscutível de
Neymar, que fez os dois gols, um deles na cobrança perfeita de falta. E a
certeza de que Ganso não quer mais jogar no Santos;
P.S. (4) A imagem do Ronaldinho no Galo, que ilustra a coluna de hoje, foi emprestada do site lancenet.com.br