Boa
noite amigos,
Jornais, sites, mídia em geral detalharam,
reproduziram e comentaram, desde as primeiras horas da madrugada de hoje, a
partida eletrizante entre o Atlético Mineiro e o Newell’s Old Boys, por uma das semifinais da Taça Libertadores da América, versão 2.013. Falar algo da partida
assim, a esta altura, seria “chover no molhado”. A verdade é que o Galo, com uma campanha sensacional desde a
fase de classificação, chegou à final, de forma emocionante,
depois de ter se complicado, na semana passada, quando sofreu, para o mesmo
adversário, em Buenos Aires, um
inesperado e preocupante revés por
2 a 0. Mas, vencendo, ontem, a partida de volta pelos mesmos 2
a 0 e a disputa de pênaltis
por 3 a 2, a equipe, para alegria de sua enorme
torcida, de seus dirigentes e atletas, e dos brasileiros em geral, à exceção
dos cruzeirenses, é claro, porque rivalidade é rivalidade e no futebol ela é
fundamental, vai disputar, pela primeira vez em sua história, o título da
principal competição das Américas. O que eu gostaria de registrar para os amigos são os detalhes que
mostram que o futebol envolve muito mais do que 22 jogadores em campo atrás da
bola e do gol. Trata-se de um esporte coletivo, o único, diria um grande amigo
meu, em que o mais fraco pode vencer o mais forte e coisas improváveis podem
determinar resultados, fazer campeões, heróis, vilões, consagrados, desgraçados
e rebaixados. E a sorte, ou os Deuses dos Estádios, o acaso, ou coisa que o
valha, dependendo da crença, não pode ser ignorado, na construção de uma
campanha vitoriosa de um campeão. Vamos lá:
°
O Atlético, jogando, no Estádio Independência, a partida de volta que determinaria
a sua classificação para a semifinal ou a eliminação da competição, empatando
em 1 a 1, contra o Tijuana, comete um pênalti aos 42 minutos do segundo tempo.
Era o lance crucial que provavelmente decretaria a derrota da equipe e a sua
desclassificação. O atacante parte para a cobrança e o goleiro Victor, caindo para um dos cantos, vê a bola se
dirigindo para o meio do gol. Com o pé esquerdo consegue realizar uma defesa
espetacular. E o jogo termina logo após, com o empate e a classificação do
Galo;
° Ontem, o Atlético fez um gol logo aos 3 minutos de
jogo. E já a poucos minutos do encerramento da partida, aos 50 minutos, quando o adversário jogava melhor e de forma
mais competente, faz o segundo gol, num
chute do atacante Guilherme, que acabara
de entrar, em bola rebatida da defesa.
Pronto: 2 a 2, consideradas as duas partidas. E vamos aos pênaltis;
°
Cobrança de pênaltis. Alecssandro bate o primeiro e faz o gol. Scocco empata com uma bela cobrança.
Guilherme em seguida faz o segundo para os donos da casa e Verguini novamente empata. Na 3ª. cobrança,
Richarlisson isola a bola e, assim, bastava ao adversário acertar a cobrança para ganhar
vantagem considerável. O que acontece, porém: Casco manda a cobrança na trave. Tudo igual
novamente. Aí nova tragédia: o centroavante Jô, que teve grande participação na
Copa das Confederações, escorrega e manda a bola para fora na 4ª. cobrança.
Tudo parecia caminhar para o fim do sonho atleticano. A torcida, no entanto, continuava a repetir o slogam “Eu acredito”. Cruzado erra também a 4ª. cobrança, empatando
novamente a disputa. Ultimo pênalti da série de 5. Ronaldinho Gaúcho caminha
para a bola. Silêncio e apreensão gerais. Com categoria o atacante faz o
terceiro gol. Estava agora nas mãos, ou melhor, nos pés de um dos melhores
jogadores adversários, Maxi Rodriguez, um exímio cobrador de faltas, o empate ou a
desclassificação. No centro do gol o “iluminado” Victor agita os braços,
provocando o batedor. E quando a bola vem bem batida no canto esquerdo, o goleiro voa para ela e
faz a defesa. Estava terminado o espetáculo;
°
Victor se mexeu antes da quinta cobrança de pênalti e o gesto do juiz,
conferido com calma depois do jogo, mostra claramente que ele apontava para
anulação da cobrança e a determinação de outra. Mas, diante da euforia, da
correria e da gritaria que tomou conta do campo e do estádio desistiu dessa
empreitada, encerrando a disputa.
°
Antes da cobrança de pênaltis um terço é jogado para o goleiro Victor. Ele
apanha e beija o terço e agradece a
quem o jogou, ou aos céus, quem sabe. E fica com ele. Uma ajuda extra que, segundo muitos,
foi fundamental para a defesa mais importante do campeonato.
°
Dois outros detalhes: 1. Não faz tempo a torcida do Atlético hostilizava o atacante
Guilherme e não queria que ele permanecesse na equipe. O técnico Cuca, no
entanto, peitou a torcida e o manteve. Ontem, ele foi responsável pelo segundo
gol que levou a definição para os
pênaltis. E bateu um dos pênaltis convertidos. Coisas do futebol; 2– De repente,
mais da metade do segundo tempo, o Atlético jogando mal e parte da
iluminação do estádio se apaga. A partida fica paralisada por mais de 10
minutos, aguardando o retorno da iluminação. Nesse meio tempo, o técnico Cuca
aproveita para arrumar a sua equipe, dialogando bastando com Ronaldinho Gaúcho,
o seu capitão. No retorno, surge o segundo gol.
Houve mesmo um problema com a iluminação? Coisas do futebol;
° A imagem da coluna de hoje é do goleiro Victor e foi emprestada do site www.globoesporte.com.
° A imagem da coluna de hoje é do goleiro Victor e foi emprestada do site www.globoesporte.com.
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