terça-feira, 18 de junho de 2013

COPA DAS CONFEDERAÇÕES E PROTESTOS PELO BRASIL


Boa noite amigos,
No sábado, no Estádio Mané Garrincha  totalmente remodelado, Brasil e Japão  abriram a Copa das Confederações, um torneio utilizado pela FIFA para promover e ao mesmo tempo,  testar, um ano antes, a organização do país sede e a sua própria, para a festa principal, a Copa do Mundo de Futebol.  A Seleção de Felipão  venceu com facilidade o seu adversário de estreia, como era esperado, pelo placar de 3 a 0, e mostrou evolução, especialmente no jogo coletivo, melhorando os passes e a marcação. Tudo ficou facilitado, é certo, com o belo gol de Neymar,  logo aos 3 minutos da partida, numa bola cruzada  que passou por Fred e foi encontrar o craque brasileiro, agora do Barcelona,  sem marcação. Aliás, o atacante,  talvez tranquilizado pelo bonito gol, fez a sua melhor partida pela Seleção.  A boa movimentação dos laterais, notadamente  de Marcelo, que voltou a jogar bem, a exemplo da excelente partida que realizou no amistoso contra a França, e do meio campo, com destaque para Paulinho e Oscar, asseguraram um bom volume de jogo, o domínio amplo da partida e os gols marcados. No terceiro, o precioso passe de Oscar  e a velocidade do recém convocado, , mostraram uma jogada bem trabalhada, o que faltava visivelmente no escrete canarinho. Itália e México,  no domingo à tarde, foi outra partida bem disputada, com domínio dos italianos, que venceram com dois gols, um de categoria do velho Pirlo,  e o outro do oportunismo do polêmico Balotelli. Mas o melhor jogo, sem dúvida,  foi reservado para a noite do domingo, envolvendo a campeã do mundo, a Espanha e o último campeão da Copa América, os nossos irmãos uruguaios, em nítida má fase e com risco de não vir para a Copa do Mundo no ano que vem. A despeito disso, a Seleção Espanhola, um misto de Real Madri e Barcelona, com um único atleta de outro time,  o Valência, encantou com um time de craques, um esquema envolvente e bem executado e os gols de Pedro e Soldado. Um show à parte de dois velhos conhecidos nossos: Iniesta  e Fábregas,  que deram o tom e a magia da equipe espanhola.

Até amanhã amigos,

P.S. (1) As 8 seleções que disputam a atual Copa das Confederações são Espanha e Itália (pela Europa),  México (pela América do Norte e América Central),  Uruguai, o último campeão da Copa América, pela América do Sul, Japão pela   Asia, Nigéria (Africa), Taiti (Pela Austrália e Oceania) e, finalmente, o Brasil, país sede;


P.S. (2) A histórica rivalidade entre o Real Madri e o Barcelona desaparece quando craques, de uma e de outra equipe, são convocados e jogam  pela  Seleção Espanhola. É o que afirmou um dos convocados em pronunciamento à Rede Globo de Televisão, no programa dominical Esporte Espetacular. Mas, há quem garanta que é tudo falsidade. Pura hipocrisia, mesmo!

P.S. (3)  A Copa das Confederações  não foi, infelizmente, o  único ou principal assunto da imprensa mundial. As estrondosas vaias do público presente no Estádio Mané Garrincha,  em Brasília,  para a Presidente Dilma Roussef  e o Presidente da Fifa,   Joseph Blatter, na cerimônia de abertura do evento, chamaram a atenção da mídia internacional e apenas deram início ao que viria depois. Protestos pelas principais capitais, em todo o país, supostamente contra o aumento e a qualidade do transporte e que prosseguem por esses dias, com mais intensidade, estão provocando mais atenção do que o próprio torneio.

P.S. (3) As lideranças desses movimentos, se é que aparecem ou assumem essa condição, insistem que eles são apartidários. Claro que se vê no meio da multidão reunida, bandeiras de determinados partidos radicais de esquerda, como o PSTU, mas em significativa minoria. A julgar pelo que acontece em São Paulo, quando o movimento peita a Prefeitura do PT e o Governo Estadual do PSDB, dá para desconfiar que o descontentamento não tem cor ou ideologia. Mas alguns partidos não alinhados com o governo federal, estão usando o espaço político na TV, que lhes é reservado por lei, para tirar dividendos dessa insatisfação. Falam, em tom de tragédia, em  retorno da inflação, atribuindo o retrocesso econômico aos governos Lula/Dilma.  E para comprovar a tese,  elegem  alguns produtos da cesta básica, aqueles que  tiveram aumento mais acentuado, é claro.

P.S. (4) Não dá para acreditar que a motivação única desses movimentos, em cascata pelo Brasil afora, seja apenas em função do preço do transporte. Tem-se falado também – e isso é perfeitamente plausível – em  falta de segurança pública, no caos na saúde e na educação, em protesto contra a própria Copa do Mundo, contra os gastos públicos milionários com a reforma dos estádios e a corrupção incontrolada que,  suspeita-se, esteja ligada às licitações abertas para essas obras. E a volta da inflação, claro.  Haja motivação!;

P.S. (5) Por mais legítimos que sejam os movimentos, como forma de protesto, em regimes democráticos, não dá para aceitar a violência, seja de participantes, seja de policiais, muito menos a depredação de prédios públicos (inclusive preservados pelo patrimônio histórico)  e particulares, as invasões e os saques. Contra esses bandidos, que supostamente estariam a exercer direito assegurado constitucionalmente é prisão e processo crime. Não  se pode pretender impunidade própria,  protestando-se contra a impunidade alheia;
P.S. (6) Incendiar uma van de propriedade da TV Record, foi outro ato de vandalismo inaceitável. A imprensa, que cumpre o seu papel de informação, acompanhando e documentando tudo o que acontece de relevante no país,  não pode ser penalizada dessa forma grotesca e criminosa.

P.S. (7) As imagens da coluna de hoje foram emprestadas, respectivamente: a) do Estádio Mané Garrincha e a Presidenta Dilma abrindo a Copa das Confederações, do blog.planalto.gov.br; b) dos protestos pelo Brasil, do site www.facebook.com.





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