Boa noite amigos,
Na onda da recontagem das histórias, segundo
versões não tradicionais (isso já aconteceu em Guia Politicamente Incorreto da América Latina e Guia Politicamente Incorreto da História do
Brasil), aqui está outro Guia
Políticamente Incorreto na nomenclatura, que nada tem a ver, contudo, com a série, escrito pelo jornalista e filósofo
pernambucano, Luiz Felipe Pondé, que
qualifica a obra
apenas como um ensaio de filosofia
do cotidiano, cujo alvo consiste em atacar e ironizar o que reputa uma grande mentira moral muito em voga, o Politicamente
Correto. O tom é propositadamente desafiador
na medida em que objetiva ver no seu próprio leitor, o
contraponto de seu pensamento, ao aludir que a “intenção específica do livro é ser
desagradável para um tipo específico de pessoa que ele espera seja você ou
alguém que você conheça". Provocação que
para alguns que o consideram oportunista, e o livro, fruto desse oportunismo, não passa de
estratégia de marketing. Buscando
invocar parcerias ilustres na sua artilharia contra o PC, invoca o pensamento de Nelson Rodrigues, para ele o primeiro no Brasil a criticar a
chamada praga PC, mesmo antes de ela
ter esse nome. Afirmações como “a sensibilidade democrática odeia esta
verdade: os homens não são iguais, e os poucos melhores sempre carregaram
a humanidade nas costas” (p. 29, sobre o princípio de igualdade), ou “A
maior inimiga da beleza da mulher é outra mulher, a feia”
(p. 92, sobre o feminismo), talvez justifiquem o enquadramento do ensaísta,
professor e filósofo como uma das revelações do pensamento conservador dos
últimos 10 anos (vide Wikipédia).
Se você aprecia a temática e se sente motivado
para encarar a discussão, especialmente se não conhece o pensamento do autor e
pretende fazê-lo, boa leitura. A Editôra
é a Leya Brasil. A categoria: Ciências
Sociais/Filosofia. O preço sugerido para compra é de R$35,00. A Livraria Saraiva oferece o livro em
promoção, na Internet, por R$31,90.
Até amanhã.
P.S. (1) Pondé sobre Pondé: “... Não
pense mal de mim, caro leitor. No fundo, sou um pobre melancólico que acha a “felicidade”
muito barulhenta e cheia de gente. Ironizo, porque sofro” (p. 19);
P.S. (2)
Nelson Rodrigues, em Óbvio Ululante:
As Primeiras Confissões, afirma: “Eis que eu queria dizer: o aviltamento começou
quando o intelectual se politizou. Já não bastava ser “poeta”, “romancista”, “ensaísta”,
“dramaturgo”, “pintor”. Uma vez que a política é a linguagem do nosso tempo, o
artista tem que sair de sua solidão criadora. Nunca se pediu um soneto a
Bismarck, ou um romance a Roosevelt, ou um drama a Churchill”;
P.S. (3) Eis o trecho de um comentarista anônimo publicado
a respeito do livro de Pondé: “É um politicamente correto liberal que
está sendo vendido, enquanto refuta o velho politicamente incorreto, liberais
adoram ser politicamente corretos, você não pode falar mal de globalismo,
aborto ou qualquer vaca sagrada dos caras sem que tenha que debater. Eu gosto do
Pondé, assim como do Narloch.. mas estão bem longe de serem inocentes”.
P.S. (4) LUIZ FELIPE PONDÉ é filósofo, escritor e ensaísta, nascido em Recife,
tem 54 anos e é colunista da Folha de São Paulo.
P.S. (5) A imagem da coluna de hoje é da capa do
livro e foi emprestada de www.jorcenita.blogspot.com;
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