Amigos, boa noite.
São muitos os assuntos que pipocaram nesta semana, sobre os quais gostaria de externar minha incipiente e inciente (como afirma meu amigo, Regis de Moraes) opinião. Vamos lá.
NELSON FREIRE – NOSSO PIANISTA MAIOR VOLTA À ORIGEM
O grande pianista mineiro, Nelson Freire, sessenta e dois anos depois de ter realizado, com apenas cinco anos, um recital no Teatro Municipal de São João D’El Rey, em que apresentou a Sonataem La Maior K.331 de Mozart, retornou, com grande emoção, àquela casa, ontem à noite, para o reencontro com a sua origem. O recital foi apresentado para 500 privilegiados convidados. Recentemente adquiri um CD especial de Freire – NELSON FREIRE - CHOPIN NOCTURNES 1-20, DE 2.010, e que foi contemplado com Disco de Ouro da ABPD, pelas 40.000 cópias vendidas no Brasil (verdadeiro recorde em se tratando de música instrumental clássica). A capa do CD ilustra nossa coluna de hoje. Uma preciosidade que deve ser conferida por quem gosta de Chopin, gosta de seus Noturnos, gosta de piano e gosta, sobretudo, da arte genuína desse talentosíssimo pianista brasileiro.
O grande pianista mineiro, Nelson Freire, sessenta e dois anos depois de ter realizado, com apenas cinco anos, um recital no Teatro Municipal de São João D’El Rey, em que apresentou a Sonata
ROMARINHO – O “CARA” QUE, SEGUNDO ROMÁRIO, “NÃO É O CARINHA”.
O nosso artilheiro da Copa de 94 nos Estados Unidos, hoje respeitável Deputado Federal, Romário, também falou (e quem não falou?) sobre Romarinho, o herói do suado empate do Timão, contra o Boca Juniors, no alcapão de La Bombonera , na última quarta-feira. Depois de garantir que o Romarinho não é seu sucessor na ordem da vocação hereditária, porque não é seu parente consanguíneo (a imprensa argentina chegou a afirmar que o “inho” seria filho do “ário”), não descartou a hipótese de ingresso futuro do garoto, como sucessor dos grandes atacantes, na galeria de craques brasileiros, com história relevante no futebol do Brasil e do mundo. O filho de Romário, o outro Romarinho, joga no juvenil do Vasco da Gama (confira foto do primeiro acima à esquerda, e do outro mais abaixo).
VERÍSSIMO, FUTEBOL E OBRA DE ARTE.
Até o escritor Luis Fernando Veríssimo deu seus pitacos sobre o assunto na coluna de hoje do Correio Popular. De sua espirituosa genialidade, colho duas afirmações ótimas: “Pouca gente “aprecia” futebol como se fosse uma obra de arte. “Apreciar” significa distanciamento, um prazer puramente estético sem outro tipo de envolvimento. Quem gosta mesmo de futebol geralmente gosta desde pequeno, e tem time. É um apaixonado, e um apaixonado “não aprecia”. Um apaixonado se envolve....” E termina: “ Um tal Romarinho, recém contratado pelo Corinthians, e que já fizera dois gols no Palmeiras no domingo anterior, entrou quase no fim do jogo, fez o gol do empate em sua primeira jogada e transformou-se num desses fenômenos instantâneos que nos redimem. Já é um herói, já deve estar tratando dos seus primeiros contratos publicitários e terá um grande futuro. Infelizmente no Corinthians, e não no nosso time. Danação!”
UM AMIGO NA ESPANHA.
Gustavo Bollinger Simões, o mais novo seguidor cadastrado deste blog, é um jovem advogado formado pela nossa Faculdade de Direito da PUC e, a despeito de não ter sido meu aluno, tivemos, durante o curso, muitos contatos. E, sobretudo, muitas conversas sobre temas variados, especialmente sobre futebol. O Gustavo fanático pontepretano, e eu bugrino, não perdíamos qualquer chance de alfinetarmo-nos. Mas eram conversas amenas, engraçadas, o que gerou entre nós uma recíproca simpatia e respeito, apesar dos "sarros" (essa expressão ainda existe na linguagem da juventude de hoje?). Pois o Gustavo me escreveu dizendo que está de malas prontas para a Espanha, mais precisamente Pamplona, onde fará o seu Doutorado na Universidade de Navarra. A você, Gustavo desejo sucesso no novo desafio. E que mande notícias de lá aos amigos, que manderemos de cá. Forte abraço.
VIVA ELIS ATÉ AS TRES DA MANHÃ.
O aniversário do apresentador Serginho Groisman, aquele do programa “Altas Horas”, que garante vida inteligente na madrugada, foi comemorado por sua equipe de produção e amigos com uma completa homenagem à cantora Elis Regina. A maioria das músicas foram interpretadas por sua filha, a cantora Maria Rita, que está levando, para todo o Brasil, o espetáculo Viva Elis, uma retrospectiva da carreira da grande dama da música popular brasileira, uma das maiores cantoras do mundo de todos os tempos. O programa, com duas horas de duração, apresentou muitos vídeos com entrevistas e exibições da Pimentinha, que ficaram marcadas para o pessoal da minha geração. Maria Rita cantou: a) com Fagner, Mucuripe; b) com Lenine, Águas de Março, e, c) sozinha, inúmeros sucessos da mãe famosa: Como Nossos Pais, Fascinação, Ladeira da Preguiça, Alô, Alô Marciano, o Bêbado e a Equilibrista etc. A dupla Chitãozinho e Xororó, confessando a grande admiração por Elis, cantou com Zélia Duncan, Casa no Campo, do falecido compositor Zé Rodrix, sucesso na voz da estrela. Os mais famosos sertanejos da era moderna, deram também um show, quando intepretaram, com o compositor Renato Teixeira, Romaria, entoando lindamente o “..sou caipira, Pirapora nossa, senhora de aparecida” e quase no final do programa, relembrando Travessia, de Milton Nascimento, música premiada no antigo e extinto, Festival Internacional da Canção, do Rio de Janeiro. Arlindo Cruz e seus músicos deram um espetáculo à parte, trazendo, em ritmo de sambão, o antológico Upa Neguinho de Edu Lobo e o samba do paulista Adoniram Barbosa, Tiro Ao Álvaro. A apresentação do programa ficou a cargo de Maria Rita e das atrizes Camila Pitanga (que mulher essa Pitanga, misto de charme, erotismo, elegância, beleza, sensibilidade, delicadeza, simpatia e outros adjetivos intermináveis) e Fernanda Paes Leme. O comediante Leandro Hassum foi encarregado de animar o espetáculo, com suas piadas e tiradas e reclamou de sua empreitada, reputando-a difícil, especialmente quando todos, músicos, cantores, apresentadoras, atrizes e público em geral,eram tomados de profunda emoção e silencioso respeito, com a apresentação de músicas e imagens de Elis e seus filhos. Momento sério, não propício para achar graça em piadas. Valeu a pena ficar até as 3 da manhã e rever as apresentações inesquecíveis de Elis e as homenagens a ela justamente prestadas.
Até amanhã.
P.S. (1) Dentre os inúmeros feitos de Nelson Freire, está o de ter realizado, em 1.999, por ocasião do aniversário de 150 anos do compositor, em Varsóvia, triunfal interpretação do Concerto para Piano e Orquestra n. 2, de Chopin. Especializou-se, ainda, em obras de Mozart e Beethoven.
P.S (2) Maria Rita estava muito emocionada durante a apresentação da homenagem a sua mãe Elis Regina, no programa de aniversário de Serginho Groisman. Esteve à vontade tanto quando cantou (imitando propositadamente a mãe em sucessos como Alô, Alô, Marciano), como quando comentou acerca de sua infância com Elis, demonstrando que superou completamente qualquer problema de ordem emocional, que pudesse ter, ou de identidade, reconhecendo que Elis foi um fenômeno que não se pode igualar;
P.S. (4) As imagens de hoje foram emprestadas: 1. de Nelson Freire do site pt.wikipedia.org; 2. dos Romarinhos do blog vasscal.style.blogspot.com e do site noticiasrss.com.br;
P.S. (5) Caro Veríssimo. Não sejamos radicais. Quando vejo futebol em geral sou, sinceramente, um apreciador e o vejo como arte. Quando, porém se trata do meu time, aí eu sou torcedor, com tudo a que tenho direito. Incoerente, parcial e envolvente. Tá bem assim?
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