terça-feira, 3 de julho de 2012

CORINGÃO NA FINAL E AVÓS

Bom dia amigos,
FINAL DA LIBERTADORES
O que mais preocupa são-paulinos, santistas e palmeirenses que prometem torcer contra o Corinthians amanhã, no final da Taça Libertadores, não é apenas o fato do rival conquistar um título, de caráter internacional, que não tem no seu currículo, mas – e o que é pior – conquistá-lo “invicto”. Sim, porque não há alternativa: ou o Timão perde (a partida de amanhã e o título), ou ganha (no tempo regulamentar, na prorrogação ou nos pênaltis, conforme o caso) e será campeão invicto, uma façanha que, salvo lapso de memória, nenhum time brasileiro conseguiu até hoje. A TV Globo, satisfeita com a audiência recorde em matéria de transmissão esportiva que teve com as partidas entre Santos e Corinthians e entre Corinthians e Boca, na última quarta-feira, tem promovido o espetáculo como nunca o fez. O assunto é introduzido em praticamente todos os programas, além do espaço durante a propaganda e ainda hoje será  tema do Globo Repórter. Os rivais que torcem contra (ressalvo, aqui que nem todos os são-paulinos, santistas e palmeirenses vão torcer contra), estão bravos com o Galvão Bueno pela repetição do slogan “Corinthians é Brasil na Libertadores”. Mas sem querer quebrar o galho do locutor esportivo mais famoso da televisão brasileira, ele já  fez o mesmo com o Internacional, com o São Paulo, com o Flamengo, o Grêmio e todos os times brasileiros que fizeram final da Copa Libertadores. De minha parte já escrevi aqui e volto a escrever: Pelo bem do esporte brasileiro vou torcer para o Corinthians conquistar o título, sem dúvida. Afinal, pior seria torcer para um time estrangeiro. E ainda por cima, argentino, porra?
EXTRAÍDO DO “LIVRO DOS AVÓS – NA CASA DOS AVÓS É SEMPRE DOMINGO?”.
Depois de se referir à fácil e rica comunicação entre as pessoas e entre elas, as coisas e o mundo, existente hoje, em  face da parafernália tecnológica posta à nossa disposição,  e a paradoxal constatação de que a  solidão é um sentimento cada vez mais crescente entre as pessoas, os autores LIDIA R. ARATANGY e LEONARDO POSTERNAK, observam:

O que acontece? Por que a transmissão de palavras e imagens não é equivalente ao contato pessoal? A questão é que a comunicação afetiva se faz com muito mais do que palavras e imagens: boa parte da transmissão de emoções se dá por sutis mudanças do tom de voz, da direção do olhar, do movimento das mãos, cuja percepção é em grande parte inconsciente. Nada substitui o contato entre as pessoas, com toda a riqueza de cheiros e sabores, saliências e reentrâncias, com as cócegas provocadas pela barba e os rubores e suores que um abraço desvela. É a esses sinais que respondemos, mesmos sem nos dar conta. São esses os disparadores dos sentimentos de cuidado e compaixão.” (Do Capítulo Os “Avós e a Arte de Cuidar”, obra citada, Primavera Editorial).
Feliz observação.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) A imagem da coluna hoje foi emprestada ao site musicaparaolhos.wordpress.com e mostra o cantor e compositor Gilberto Gil na companhia do neto, Francisco, filho de Preta Gil, quando juntos seguiam para o cinema para ver o filme “Avatar”;
P.S. (2)  Um dos conselhos do Livro dos Avós, para aqueles que vão ser avós pela primeira vez como eu e ainda vivem a expectativa de como comportar-se com a nova situação e a pessoinha que chega na sua vida: “Não faça com os netos alianças secretas, que excluam os pais, pois isso gera conflitos de lealdades com os quais uma criança pequena não sabe lidar”;

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