domingo, 3 de julho de 2011

COPA AMÉRICA, RODADA DO BRASILEIRÃO DA SÉRIE B E A ROTINA DO BUGRE


Boa noite caros amigos blogueiros:
A nona rodada completa da série B aconteceu sexta feira e ontem,  sem grandes novidades. O predomínio foi dos times que jogaram em casa. A Lusa perdeu o jogo contra o ASA, em Arapiraca, por 2 a 0  e a liderança do campeonato. Em Curitiba,  o Paraná também venceu o lanterna Duque de Caxias por 3 a 1 e subiu uma posição, estando agora em 3º lugar, dentro do G4. O Barueri finalmente venceu e venceu bem, o bom time do Vitória por 1 a 0 e subiu para o 13º lugar. Boa e Salgueiro empataram em 0 a 0. O Bragantino também ganhou em Bragança, do Americana, pelo placar de 2 a 0. A surpresa da rodada ficou por conta da derrota do Vila Nova, que vinha de uma boa vitória contra o Guarani, em Campinas, e foi supreendido, em Goiás, pelo Icasa  (perdeu por 2 a 1). No ABC,  São Caetano e Sport fizeram um jogo de muitas emoções, gols e alternativas e acabaram empatando em 3 a 3. Finalmente, os times de Campinas continuam contrastando: a Ponte fez mais uma vítima. Jogando no Moisés Lucarelli venceu o Goiás pelo placar de 2 a 1, somou 6 vitórias no campeonato, 20 pontos ganhos e assumiu a liderança isolada da competição. O Bugre, bem o Bugre perdeu de novo. Desta feita do Náutico, em Recife e entrou na zona de rebaixamento.
A COPA AMÉRICA
Acima foto do atacante Alexandre Pato da Seleção Brasileira, que continua nas manchetes, menos pelo futebol que vem jogando no Milan,   mais pelas conquistas amorosas. O moço agora diz que está firme com a namorada, Bárbara,  filha do poderoso Primeiro Ministro italiano, Sílvio Berlusconi, que é também seu patrão.  E o irmão da jovem anda dizendo que o rapaz já é quase de casa. Quem sabe se esse romance não acaba em casamento e ameniza a crise entre Brasil e Itália por causa da não extradição de Cesare Battisti.  Bem, mas a foto é porque começou a Copa América. E com  grandes surpresas, pois duas das seleções favoritas à conquista do torneio não ganharam. A anfitriã só empatou com a fraca Seleção da Bolívia, em 1 a 1, na sexta-feira à noite, em La Plata, gols de Rojas, aos 2 minutos para a visitante e de Agüero, aos 30 do segundo tempo para a Argentina. Hoje à tarde, num jogo fraco tecnicamente, a Seleção da Venezuela, retrancada, conseguiu conter o Brasil, que em todo o jogo praticamente não levou perigo para a meta do experiente goleiro Vega. As promessas Neymar, Ganso e Lucas não luziram. Nem os demais jogadores, com raras exceções, como o caso de Pato, o atacante mais perigoso e do velho Lúcio, o bom Lúcio, zagueiro seguro e de futebol técnico, sério e elegante.  O meia Paulo Henrique errou muitos passes e não conseguiu dar sequência às jogadas. Final do jogo, um frustrante 0 a 0. Sábado que vem o Brasil pega um adversário teoricamente mais forte: o Paraguai.  E Mano Menezes terá muito trabalho para dar à sua equipe ritmo de jogo e entrosamento.
GUARANI E A ROTINA DE DERROTAS
O Guarani jogou ontem à tarde no Estádio dos Aflitos, em Recife, contra o Náutico, pela 9ª. Rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Pressionado pelos últimos resultados (derrotas para Portuguesa, Americana e Vila Nova e empate contra Bragantino), ganhando 1 ponto apenas em 12 disputados, o que provocou a demissão do técnico Wilson Tadei no meio da semana e a imediata contratação, no dia seguinte, de seu sucessor, Giba, o Bugre entrou tímido e logo aos 7 minutos, em nova falha da defesa, sofreu gol de bola parada. Lucas subiu com o atacante, perdeu a bola e Derley, livre, chutou no canto direito, abrindo o placar para os pernambucanos. Bola alta na área do Guarani é uma festa para o adversário. Ailson e Aislan, com grande estatura, não se entendem e parece que nunca jogaram juntos. Estão sem tempo de bola, o que indica falta de treinamento e entrosamento. Acontece que no campeonato passado essa era a zaga titular do time. Neto, machucado, ainda não voltou e nem convenceu também até aqui. Depois do gol o alviverde se encolheu e sofreu pressão do modesto time do Náutico que teve várias chances de ampliar até os 30 minutos. Aí o Bugre resolveu sair um pouco mais e adiantar o seu meio de campo. Teve, então, várias chances aos 32, 35 e 37, duas em cabeçadas de Fernandão e uma com Dadá. No término do primeiro tempo, a impressão que se tinha é que o Guarani viria melhor para a etapa complementar. Doce ilusão. Giba tirou o meia Felipe, que vinha mal  e promoveu a entrada de Jefferson Luís. O meio de campo continuou mal, perdendo as jogadas para os jogadores do Náutico. Aos 4 minutos o árbitro não marcou um pênalti de  Lucas no jogador Rogério, provavelmente para  compensar penalidade máxima sofrida por Fernandão, no primeiro tempo, que ele também ignorou. Aos 7, Eduardo Ramos livre no meio da área bateu para boa defesa de Emerson. Aos 10:26 não deu para evitar. Denilson fez grande jogada, dominou e passou para Kieza (ex-Ponte Preta), que dominou no peito, ganhou de Aislan e livre bateu com o pé direito, sem chances para o goleiro. Daí por diante o Náutico aumentou a sua marcacão e ganhou todas as jogadas. E ainda saía em rápidos contra-ataques com os laterais, dos dois lados, aproveitando da fragilidade de Chiquinho e Ari que nada faziam no ataque e não conseguiam deter os laterais pernambucanos, que criaram várias jogadas para o terceiro gol. Fernandão saiu para entrada de Denilson e Dadá  foi substituído por  Lusmar. Nada melhorou. Aos 44 minutos a única chance efetiva de gol do Guarani: Denilson levantou para a área, Jefferson Luis entrou livre, mas caiu, não conseguindo dominar a bola, que sobrou tranquila para o goleiro Gideão. Fim de jogo e o Bugre entra na zona do rebaixamento. Triste rotina. Claro que faltam 28 rodadas para o final do campeonato e ainda é cedo para prognósticos sombrios. Mas o Guarani que jogou ontem em Recife é um arremedo de time,  falho em todos os setores e  fundamentos. Apesar de  lento, o número de passes errados é impressionante e inaceitável. A defesa é falha na bola área e na marcação. Os laterais que jogaram ontem – e pelo menos ontem -  – mostram que não são titulares e nem têm condições de jogar no Guarani. Pior é que João Paulo e Carlinhos, que estão fora, não demonstraram até aqui que possam ser muito melhores. No meio de campo Felipe não vem bem, Lucas é esforçado, mas erra demais passes e, no ataque, o grandalhão Fernandão e o baixinho Fabinho não conseguem vencer sozinhos as defesas dos times adversários, normalmente compostas de atletas altos, fortes e voluntariosos. Falta garra também. O time está abatido. Falta liderança.  Ninguém fala com ninguém. Jogadores não se apresentam para a jogada e tentam se livrar da bola. Isso indica que o time está sem moral também. Enfim, parodiando o saudoso Armando Nogueira, o Guarani de hoje, ao menos na partida de ontem, é um time acuado, que nem por isso consegue marcar o adversário, sem força,  sem criação, sem ataque, sem jogadas, padrão ou esquema de jogo. Em resumo: um time sem talento, nem alma. É verdade que se cogita de atraso de salários. No Náutico, ao que consta, os salários estão mais atrasados ainda. Mas o que se viu foi um Náutico com fome de bola e um Guarani esperando o apito final, conformado com o resultado adverso, incapaz de mudar o rumo e o seu destino no jogo. Tomara que consiga mudar a sua sina no campeonato. O mais desanimador é ouvir o goleiro Emerson dando entrevista para a TV Bandeirantes, no final do jogo, inteiramente conformado e alegando que o Bugre fez um bom primeiro tempo. Fala sério? Só pode ser ironia. Que saudade da indignação de Rogério Ceni, ou do Marcão do Palmeiras, quando as equipes deles vão mal. Será que os jogadores do Bugre, além de todas as carências, perderam também a auto-crítica? Que Deus te ajude Giba, nessa empreitada corajosa que você assume nesse nosso  glorioso time do coração.
Até amanhã.

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