Boa noite amigos,
Santos e Flamengo e São Paulo e Coritiba fizeram ontem, na rodada de meio de semana do Campeonato Brasileiro, dois empolgantes jogos, os melhores suponho, até agora, do Torneio. Nos duas partidas foram 16 gols. Isso mesmo, 16 gols, média de 8 por jogo. Precisa dizer mais? Precisa. É importante esclarecer que não foram jogos entre forças díspares. Não. As quatro equipes proporcionaram dois grandes espetáculos, de lado a lado e é isso exatamente que motivou os torcedores, os críticos e os saudosos do futebol-arte. O Santos começou ganhando do Flamengo na Vila Belmiro por 1, 2, 3 a 0,gols de Borges aos 4 e 15 minutos e Neymar aos 25 minutos do 1º tempo. Aí o Flamengo acordou e fez 1, 2, 3, com Ronaldinho Gaúcho, aos 28, Thiago Neves aos 31 e David, aos 43 minutos, todos do primeiro tempo. As equipes foram para o intervalo empatadas em 3 gols, mas o Santos ainda perdeu um pênalti, aos 40 minutos, mal batido pelo ainda abatido Elano, que tentou dar uma "cavadinha" à La Loco Abreu, para felicidade e defesa fácil do goleiro Felipe. No segundo tempo, o Santos fez o 4º gol com Neymar, num contra-ataque rápido, tocando a bola na saída do goleiro. Depois sofreu novo empate, numa falta cobrada de forma esperta e competente por Ronaldinho Gaúcho que mandou a bola rasteira, aproveitando que os jogadores da barreira saltaram, imaginando que a bola iria pelo alto: 4 a 4, aos 25’ da etapa complementar. E finalmente, o Flamengo ainda fez o quinto gol, num contra-ataque, novamente com Ronaldinho Gaúcho, avançando livre pela esquerda e batendo cruzado para virar o placar. Não pensem, porém, que o Santos jogou mal. Completo, com Ganso e Neymar, o Peixe fez uma belíssima partida. O terceiro gol de Neymar foi uma pintura. Arrancou pela esquerda, passou por vários jogadores, deu um drible “da vaca” em Ronaldo Angelim e chutou na saída de Felipe. E de outro lado, Ronaldinho Gaúcho fez a sua melhor partida depois de seu retorno polêmico ao futebol brasileiro. No Couto Pereira, o São Paulo começou irresistível e, ainda que dominado pelo bom time do Coritiba, foi fazendo gols. 1, 2 e 3, com Carlinhos Paraíba, aos 17, Juan, aos 23 e Dagoberto, aos 30 minutos do primeiro tempo. Inacreditável. No intervalo, o Coxa saiu perdendo por 3 a 0, com 10 jogadores em campo, pois aos 41 minutos, Davi foi expulso depois de falta feia e de jogar a bola em protesto contra o árbitro. Veio o segundo tempo e mesmo com 10 em campo, o Coxa partiu para cima do adversário, mas a sorte novamente não ajudou. Numa saída errada da zaga, o esperto jogador Lucas, retornando da seleção, recebeu a bola próximo da área, viu o goleiro adiantado e mandou a redonda no canto esquerdo, sem chances para Edson Bastos: 4 a 0. Aí, quando se prenunciava uma goleada histórica, desses desastres que acontecem de vez em quando, sem explicação, não é que o time da casa partiu para cima do Tricolor e foi fazendo gols: 1, 2, 3, com Rafinha aos 22 e Bill,aos 29 e 41 minutos da etapa complementar. Ainda teve um pênalti claro, não marcado e que comprometeu, por isso, o trabalho da arbitragem. Final de jogo: um apertado 4 a 3 para o time do técnico Adilson Batista. As duas torcidas aplaudiram seus jogadores. Não era para menos. Os atletas se entregaram em campo. O 2º gol do São Paulo, de jogada trabalhada pelo ataque de forma perfeita, até a conclusão do bom Dagoberto, foi belíssimo. A jogada começou com Rivaldo, que tocou para Dagoberto, que tabelou com Lucas, depois com Wellington, até receber livre na entrada da área e chutar a gol. O 3º gol do Coritiba também foi bonito: uma jogada de craque, na linha de fundo, do jogador Rafinha, que tocou no segundo pau para Bill completar de cabeça. Em resumo: uma noite de gala para o futebol, que com Ronaldinho Gaúcho, Neymar, Dagoberto, Lucas, Rivaldo, Rafinha, Bill e seus companheiros, relembraram os bons tempos do Santos de Coutinho, Pelé e Pepe. Da Seleção de 70 de Gerson, Rivelino, Jairzinho, Tostão... E de tantos outros momentos emocionantes dessa paixão chamada futebol.
DRIBLE DA VACA
O drible da Vaca é uma jogada do futebol em que o jogador que está de frente para o adversário, toca ou chuta a bola para um lado, e corre para o lado oposto, pegando a bola novamente. Dizem que ele é velho como o futebol e se deve ao fato de que, antigamente, os jogos aconteciam em verdadeiros campos de várzea. Assim era corriqueiro que, às vezes, além de driblar o adversário, o atleta tivesse ainda que driblar também as vacas que pastavam pelo campo. Daí a expressão drible da vaca. A jogada ficou famosa com o grande Garrincha, que muitas vezes, jogava “sem tocar na bola”, gingando de um lado para outro e levando consigo o adversário, enquanto a bola permanecia ali paradinha, até que ele desse a volta sobre o rival e a retomasse. Legal! Quero dizer que tanto as explicações, quanto a foto que ilustra a nossa postagem de hoje foram emprestadas do site nilodiasreporter.blogspot.com., de autoria do pesquisador gaúcho e jornalista aposentado, Nilo Dias, ao qual agradeço e rendo minhas homenagens.
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