terça-feira, 31 de julho de 2012

GASTRONOMIA - DI FARI PASTIFÍCIO, ROSTICERIA E RESTAURANTE - UMA GRANDE PEDIDA


Boa noite, amigos.
Você dorme até tarde no domingo e a filha e o genro telefonam ali pelas 11,00 horas,  que vêm para almoçar, trazendo o netinho que você está louco para ver. Não há cozinheira no fim de semana e é muito chato arrastar o pessoal para o restaurante, mesmo porque o garoto já avisou que quer curtir a casa do vovô e da vovó (jogar bola ou vídeo-game, ou seja lá o que for). Há alguma solução gostosa? Há. Quem é que não gosta (em especial as crianças) de uma  bela massa (ou pasta, na linguagem italiana), leve e fresca para degustar no almoço. Pois bem, se você está no Cambuí ou nas redondezas, ou ainda se está longe, mas tem tempo para ir buscar, ali na Rua Santos Dumont, 505, desde 2.005, se encontra instalado o Di Fari, que é um pastifício, rotisseria e restaurante especializado no assunto. São vinte tipos de massas simples e recheadas. Dentre as simples pode optar por talharini, espagueti, fuzili, lasanha e nhoque e um dos seguintes molhos (Ao Sugo, Bolonhesa, Branco, Quatro Queijos e Pêsto). Com recheio escolha entre capelete de carne, ravióli de carne ou de queijo, agnolotti, canelone com presunto e mussarela e canelone verde. Para acompanhar,  a casa oferece ainda molhos variados, carnes (almôndegas, polpetones, lagarto, lombo e frango), tortas (frango com palmito, frango e catupiry ou palmito), quiches (queijo, alho poró, espinafre),  maionese, berinjela,  salpicão e antepastos. Uma festa completa de comida italiana semi-pronta,  da mais alta qualidade, preparada com esmero e servida em embalagens próprias para viagens. Chegando em casa basta aquecer a pasta na própria embalagem durante cerca de 15 a 20 minutos, em fogo médio,  e servir.  O estabelecimento supre, com vantagens, as necessidades do pessoal que aos domingos costumava comprar ou almoçar no Cantinho Português, aquele simpático restaurante na Rua Maria Monteiro, ao lado do Clube Regatas, que fechou há alguns anos, deixando saudades entre os freqüentadores e fregueses, inclusive em mim e em meus familiares. Se estiver apenas você e a patroa ou mesmo com outros membros da família que preferem ir a um restaurante, você pode apreciar essas maravilhas, almoçando lá mesmo, onde certamente será servido de forma eficiente e simpática pelos funcionários da casa, escolhendo uma massa das que são oferecidas e um vinho campino  (há também o suco da mesma marca) para acompanhar. Programa perfeito. Agora uma dica pessoal. Meus pratos preferidos e que considero imbatíveis são a LASANHA À BOLOGNESA E O QUICHE DE ALHO PORÓ. NÃO DEIXE DE PROVAR LEVANDO PARA CASA OU COMENDO LÁ MESMO. DEPOIS ME CONTEM. Para os que preferem comida vegetariana, indico a deliciosa LASANHA VEGETARIANA, recheada de brócolis, couve-flor, cenoura e espinagre.
Bom apetite e até amanhã.
P.S. (1) O estabelecimento funciona de terça-feira à sexta-feira das 8,00 às 18,00 horas e aos sábados e domingos, das 8,00 às 16,00 horas. O restaurante, no entanto, funciona para almoço, de 3a. feira a domingo, das 11,30 às 15,00 horas. Não oferece jantares. O telefone é (19) 3255-3751. Brevemente deverá ser inaugurado serviço de "Delivery". Para demais detalhes acesse o site www.difari.com.br
P.S. (2) Pastifício é o termo utilizado para os estabelecimentos que fabricam ou elaboram massas em geral. O termo foi trazido ao Brasil pelos imigrantes italianos e hoje faz parte do nosso vocabulário;
P.S. (3) Rotisserie é termo francês e que significa na aludida língua, o nome de uma casa que serve carnes assadas em uma espécie de espeto (rotisserie) vertical ou horizontal, no qual as carnes são colocadas para girar e assar (lembrar dos nossos tradicionais frangos assados naquelas máquinas em que eles ficam  girando e tentando todos os cachorros que passam por ali. E obviamente nós também);
P.S. (4) No Itália o termo Rotisserie virou “rosticceria” e assim vem grafado por muitos estabelecimentos aqui no Brasil, especialmente os restaurantes italianos ou que servem comida italiana, como massas;
P.S. (5) No Brasil os dicionários grafam a tradução do termo como ROTISSERIA (sem o “s” como o francês entre o “o” e o “t”,  e com os dois esses, ainda como o francês). Nesse sentido você pode conferir nos dicionários Caldas Aulete e Aurélio, que não registram nenhum outro sinônimo;

P. S. (6) O termo "Rosticeria" com um "c" só (assim como grafado no nome Di Fari), não foi encontrado nem na língua portuguesa, nem nos dicionários italianos, mas há também várias casas que usam a expressão, como por exemplo, a "Romana Confeitaria e Rosticeria",com vários estabelecimentos aqui em Campinas. O famoso Buffet "D'Elisa" usa a expressão como na língua italiana (Rosticceria).

P.S. (7) O Dicionário Aurélio assinala o verbete “rotisseria” como casa comercial ou seção nos supermercados, onde se vende frios, queijos, viandas e outros alimentos prontos.








sexta-feira, 27 de julho de 2012

OPINIÃO - UM TEMPO DE CELEBRIDADES BANAIS E TENTAÇÕES

Amigos, boa noite.

Prestando atenção nas novas  campanhas dos mais diversos produtos, tenho notado que os publicitários atentos estão apostando em dois atrativos sensíveis ao momento e à geração: a necessidade de comunicação com o maior número de pessoas,  num mundo em que ninguém tem tempo senão para si mesmo e, bem assim, de se sentir importante ou relevante nesse mesmo mundo de quase sete milhões de habitantes óbvios, repetitivos e temporais. Ser lido, visto, fotografado, notado, sabe-se lá,  é o tal momento de celebridade,  desde que marcante e intenso. Uma espécie de síndrome do “Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”, do saudoso poeta Vinícius. A mídia, atenta, acompanha. Cria e descarta celebridades todos os dias, aproveitando o desejo de evidência ou participação de uns, e  a curiosidade de ver e saber de todos os demais. Há exceções, é claro. Mas as exceções não contam. Contam os milhões de acessos na rede mundial de computadores, a Internet. Os motivos pelos quais uma certa pessoa é vista, sentida ou ouvida são os mais diversificados, a revelar muito da natureza humana. Se é relevante? Nem pensar, isso não importa. Se está aparecendo com o seu consentimento, ou se é mera vítima de uma traição, uma deslealdade, um desrespeito a principio fundamental relativo à intimidade ou à honra, ou qualquer coisa que o valha, também não é coisa que se possa exigir do usuário da rede. É questão ética ou jurídica que supostamente envolve apenas o agente e a vítima, que se resolve  entre eles, os advogados, a Justiça... O principal é o direito ao acesso do que foi divulgado. E disso entendem muito bem aqueles que querem se dar bem comercialmente, na mídia. Não sem razão, o hoje milionário criador do Facebook, desenvolveu o seu projeto a partir de uma censurável invasão à privacidade de moças, dos quais se dizia colega e amigo, exibindo o corpo e a intimidade delas para toda a escola. Campanhas que incentivam a recusa dos consumidores em adquirir produtos que na origem ofendem a legalidade ou a moralidade, não pegam. Achamos todos nós que não é problema nosso. Importa aquilo que o produto vai nos proporcionar como bem de satisfação pessoal imediata. Outro dia num programa novo da Rede Globo, comandado pelo jornalista Pedro Bial, discutia-se a respeito dos limites à invasão da vida privada dos artistas ou celebridades, pela imprensa comandada pelos paparazzi de plantão. O ator Pedro Cardoso insistia que a vida dos artistas só a eles diz respeito e  que não pode ser explorada, nem divulgada, muito menos especulada, fazendo crítica pessoal e direta a um  profissional que ali se encontrava, também como convidado, ligado à imprensa de fofocas. Num ato espontâneo de defesa pessoal, o tal convidado insistia que aquele era um ponto de vista rigoroso daquele artista (O Pedro), e que outros não se sentiam assim tão ofendidos, nem atingidos. Considerou, ainda, que no seu juízo, quando uma pessoa se propõe a exercer uma função pública ou de evidência,  deve entender que o público tem interesse em acompanhar também aspectos de sua vida particular, privada. E rematou, afirmando, que uma das principais revistas dedicadas ao gênero, fazia parte das Organizações Globo, a mesma que estava concebendo e levando a discussão ao ar, naquele momento e naquele programa. Só restou ao jornalista Bial um sorrisinho amarelo e aproveitar o momento para extrair dividendos para a sua própria emissora, ao afirmar que aquilo só podia acontecer na própria Globo (algo assim como: somos democráticos, incoerentes e admitimos, por isso, a crítica a nós mesmos, aqui mesmo, na nossa emissora e com a nossa fantástica audiência). Mas tratou logo de encerrar a discussão, pois nada mais disse, nem foi perguntado.



Até amanhã, amigos.

P.S. (1) -  Pedro Cardoso é um excelente ator, com ótimas participações em filmes nacionais, novelas e minisséries de sucesso e é o popular Agostinho, o genro malandro do honesto fiscal  Lineu ( Marco Nannini) e de Dna. Nenê (Marieta Severo), do programa  semanal, A Grande Família, que a TV Globo exibe às quintas-feiras, depois do folhetim das 21,00 horas;
P.S. (2) O personagem Agostinho também se notabiliza pelo mau gosto na combinação de seus trajes. Invariavelmente abusa das estampas em xadrez, combinando, por exemplo, calça xadrez com camisa extravagantemente estampada;
P.S. (3) O efeito Agostinho minimizado está de volta, com o retorno do xadrez nas roupas femininas e masculinas, inclusive nas gravatas modernas das marcas famosas aqui e na Europa. E nem está mais proibido misturar o xadrez com estampas, apelando-se, contudo, para o bom senso nessa combinação, a exigir determinada discrição na escolha do xadrez e das estampas misturadas, é claro.
P.S. (4)  O diretor e roteirista Woody Alen, num dos quatro segmentos que compõem o belo filme “Para Roma Com Amor”, que está em cartaz nos cinemas, com seu humor inteligente, explora a necessidade e a  ausência de motivação relevante para a criação e descarte, pela imprensa,  de uma celebridade. O impagável comediante italiano Roberto Benigni vive um homem comum que, do dia para a noite, é transformado numa celebridade, sem qualquer motivo aparente ou real. Não deixe de ver;
P.S. (5) Apesar das críticas manifestada quero deixar claro que,  de maneira alguma, me excluo das mesmas  críticas e constatações. Afinal, “metido à besta”, ou por “necessidade interior de amplitude de comunicação” (o que não passa de um eufemismo da primeira hipótese, segundo a "generosa" interpretação de meus familiares),  criei um blog para expor idéias sobre uma variedade de coisas das quais pouco entendo, na esperança de ter muitos seguidores, leitores e amigos que possam concordar ou discordar. Ou que topem perder tempo filosofando sobre nós, seres humanos, a vida e coisas do mundo, do nosso mundo,  e do dia-a-dia.    
P.S. (6) “Vejo ou não vejo, acesso ou não acesso. Eis a questão” Esta é  a versão moderna para o enigma de Hamlet, diante das fotos da Carolina Dickmann, nua, divulgada pela Internet por um transgressor da intimidade da artista. Sai, tentação!
P.S. (7) Ao genial  escritor britânico Oscar Wilde, autor do famoso romance O Retrato de Dorian Gray,  se atribui a seguinte frase: “Resisto a tudo nesta vida, menos à tentação”;
P.S. (8) As imagens da coluna de hoje foram emprestadas, assim: a) de Roberto Benigni em cena do filme "Para Roma com Amor", foto acima à esquerda,   do site papelpop.com; b) do cartaz da  última versão do filme  "Retrato de Dorian Gray", foto do meio da coluna,  do toniggos.blogspot.com; c) do escritor Oscar Wilde, foto acima à direita,  de telegraph.co.uk;  d) de Carolina Dieckmann, foto do início da coluna,  do site muitoalemdoguardanapo.wordpress.com.;
 P.S. (9) Abaixo modelo  feminino, exibindo traje combinando  xadrez  com estampas, de forma considerada adequada, pelos consultores de moda de plantão (se quer saber por que leia no site scandalips.wordpress.com, de onde a imagem foi emprestada, com boas  dicas a respeito do assunto).






CAUSAS & CAUSOS - SEM SAÍDA

Boa noite amigos,
Depois de uma semana fria, desde ontem parece que o inverno ou a "frente fria", uma vez que não temos propriamente inverno neste país tropical, resolveu se dissipar e o clima está bastante ameno. Vamos acompanhar, dentro do possível e da disponibilidade, o que de melhor deve acontecer nas Olimpíadas de Londres que oficialmente começa amanhã. O futebol do Brasil, tanto o feminino, quanto o masculino já estrearam e com vitórias, respectivamente, de 5 a 0 e 3 a 2. Hoje transmito aos amigos mais um dos “causos” publicados no Livro Causas & Causos, volume I. Aí vai:
SEM SAÍDA.
                                     “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada. Ninguém podia entrar nela não, porque lá dentro, não tinha chão” (Toquinho/Vinícius de Moraes).
                                     
 Preciso de orientação jurídica. Gostaria de consultá-lo. É possível? Disse o ex-prefeito do outro lado da linha telefônica.
Apesar dos anos decorridos no exercício da profissão de advogado e de ser juiz aposentado, não deixei de ficar surpreso com o telefonema, pois o ex-prefeito nunca figurara entre os meus clientes, amigos ou conhecidos. E tinha advogado na própria família.
O meu escritório continuava sendo o mesmo do início de minha advocacia, muito modesto e agora sensivelmente mais velho,  passava por reforma no piso e estava impróprio para receber clientes, ainda mais daquele nível.
Pensei rapidamente e liguei para um advogado muito amigo, ex-aluno e admirador, solicitando que me emprestasse o escritório para receber o ex-prefeito.
Eu sabia que se tratava de um conjunto de salas muito bem disposto, num dos edifícios mais novos e elegantes da cidade. No térreo e nos sub-solos funcionava um banco americano.
O colega imediatamente colocou seu escritório à disposição, reafirmando que fazia questão que eu escolhesse onde e como eu atenderia o cliente, que se sentia honrado em poder servir-me, etc. e tal.
Mandei ligar para o ex-Prefeito, propondo dia e hora.  Por fim, pedi à secretária que informasse o local do meu escritório.
No dia e hora aprazados  lá estavam eu e ele. Evidentemente cheguei com mais de meia hora de antecedência e fui conduzido à melhor sala do conjunto.
Avisado da presença do cliente,  pela secretária que me foi posta à disposição (ali nada era meu), pedi que o fizesse entrar.
A consulta durou cerca de cinqüenta minutos. Discutimos amplamente a questão que atormentava o político. Ficou ele de pensar a respeito da conveniência ou não da propositura de ação civil de reparação de danos contra determinado órgão da imprensa.
Na saída eu o acompanhei.
Muitas portas fechadas se postavam amaldiçoadamente à nossa frente.
Como eu não tomasse a iniciativa, ele, optando por uma das portas fechadas, indagou:
_ É por aqui?
E eu, de bate-pronto, confiando na intuição do consulente:
_ É.
Saímos os dois na cozinha.
Entreolhamo-nos entre surpresos e perplexos.
Fui rápido e abrindo um baita sorriso glacial, tentei remendar:
_ O prefeito não achou que ia embora sem antes tomar um cafezinho, né?
Ele agradeceu, dizendo que não estava tomando café. Não quis água, nem chá.
Por via das dúvidas pedi para a moça da copa que fizesse a gentileza de acompanhar o prefeito até a porta de saída porque eu acabara de sentir uma tontura, uma coisa leve que eu garantia que ia passar rapidamente.
 Não era coisa para se preocupar, assegurei repetidamente.
  Era só ficar sentado um pouquinho lá na cozinha.
Até amanhã, amigos.
P.S.  A imagem da coluna hoje foi emprestada do site semsaida.net         e se refere ao filme norte-americano,  Abuction,  que recebeu  no Brasil o título de  Sem Saída e  tem como protagonista o jovem ator, Taylor Lautner, o lobo Jacob da série Crepúsculo. O longa foi lançado em 2.011 e  dirigido por John Singleton, duas vezes indicado ao Oscar;
  





terça-feira, 24 de julho de 2012

AVENIDA BRASIL - O ROTEIRO PELO AVESSO DA FÓRMULA DE SUCESSO

Amigos, boa noite:
Quem matou Salomão Hayalla? Quem matou Odete Roitman? A fórmula vencedora seguida há anos pelos folhetins da Globo, que buscava prender o telespectador até o último capítulo, provocando especulações sobre a identidade do assassino ou do vilão, ignorada pelo público,  e  que atingiu picos de sucesso em  O Astro (1977-1978, Remake em 2.011) e  em Vale Tudo (1988),  foi inovada de forma experimental em  “A Favorita”, novela que a Globo apresentou em 2.008-2009.  Essa nova fórmula agora é repetida,  com idêntico ou maior sucesso ainda,  neste fenômeno televisivo chamado “Avenida Brasil”, que a emissora exibe presentemente no horário das 21,00 horas. O  responsável por essa ousada mudança é um jovem escritor chamado João Emanuel Carneiro. Avenida Brasil é uma novela que não pode ser ignorada pela excelência de sua fórmula e de seu roteiro. E ainda pelo desempenho magistral de seus atores e atrizes, adultos e mirins, emprestando vida e intensidade a um roteiro nem tão original, que focaliza o  retorno de uma menina abandonada pela madrasta megera, adotada por um família argentina e que volta,  adulta,   para se vingar da mãe postiça, meta que persegue com incontida obsessão, mesmo reencontrando o menino com quem se “casara” na infância e a quem jurara amor e fidelidade eternos,  por sinal, filho da mulher que ela odeia.   A vilã é Carminha, numa excelente e inesquecível interpretação de Adriana Esteves, madrasta da menina abandonada, Rita,  e que muda seu nome para Maria Antonieta, ou Nina, encarnada pela mineira Débora Falabella. As duas atrizes receberam certamente um presente do autor, pela exigência dramática de seus respectivos papéis. São personagens intensos que exigem toda espécie de provocação de sentimentos, inclusive, antagônicos, e que tem atraído verdadeiras multidões para a telinha, conferindo audiência que bate à casa de 50% no ibope. O capítulo em que Carminha transmite raiva e ódio, ao descobrir que sua cozinheira Nina é Rita e que foi enganada, vindo-lhe  à mente, em flash back,   os diálogos anteriores e os segredos trocados com a empregada que lhe granjeara simpatia, é efetivamente imperdível. Um banho de talento e emoção. Carneiro prefere que o público descubra logo a verdadeira identidade dos seus personagens, heróis e vilões, guardando o mistério  a respeito deles apenas para os outros personagens do folhetim.  Desse modo,  ao invés de especular sobre essa identidade, o público passa a torcer  e ansear pelo momento em que ela será revelada para os demais personagens. O ingênuo, tosco, mas sensível  Tufão (Murilo Benício),  ex-jogador de futebol que ganhou dinheiro na profissão, atual marido de Carminha, vítima da mulher, que o engana e o trai o tempo todo, é o personagem que mais simpatia recebe do público, que torce para que ele descubra a falsidade da megera e se livre dela.   Daí ter virado até jargão entre os expectadores e, ainda,  nas redes sociais, expressões como “Se liga Tufão”, “Acorda Tufão” e equivalentes. Entre  atletas, o assunto Tufão também rende, mas num outro sentido. O jogador do Santos e da Seleção Brasileira,  Neymar, confessadamente expectador de telenovelas, brinca com seus colegas que estão fora de peso, apelidando-os  de Tufão, por causa da barriguinha saliente de cerveja que Benício exibe na novela.  O mesmo acontece entre jogadores dos times do Rio de Janeiro. As atrizes Mel Maia e Ana Karolina Lannes,  nos papéis respectivos  de Rita (na infância) e de Ágata (filha desprezada por Carminha), também dão show de interpretação, assim como os demais atores que participam tanto do núcleo principal, quando dos periféricos, todos muito bons. Carneiro e seus auxiliares também têm se notabilizado por manter o interesse permanente do público, criando e renovando situações de suspense e expectativas, evitando que a novela caía naquela conhecida rotina de marasmo dos capítulos medianos esticados. Grande talento esse Carneiro. E um inovador dos folhetins que certamente já marcou e marcará ainda a história vitoriosa das telenovelas brasileiras, que fazem sucesso, merecidamente, no mundo inteiro.

Até amanhã amigos, pois agora quero ver a sequência do capítulo em que a Nina preparou um jantar-surpresa para Carminha, no qual vai revelar que tem as fotografias da megera com seu amante,  Max, em cenas de sexo.

P.S. (1)  João Emanuel Carneiro é carioca, nascido em 17 de fevereiro de 1.970 e é roteirista, diretor de cinema e autor de telenovelas. Foi colaborador de Maria Adelaide Amaral, nas minisséries A Muralha e Os Maias. Foi o autor  principal das novelas “Da Cor do Pecado  e “Cobras & Lagartos”, dois grandes sucessos do horário das 7,00 horas da TV Globo e também da minissérie “A Cura”. Estreou dentre os folhetins globais das 21,00 horas com A Favorita, seu maior sucesso, com a qual ganhou todos os prêmios distribuídos em 2008/2009. Certamente repetirá a dose com Avenida Brasil.
P.S. (2)   As fotos que ilustram a coluna hoje foram emprestadas dos seguintes sites e blogs: resumonovelas.com (Carminha (Adriana Estevez), banners.olaserragaucha.com.br (Nina (Débora Falabella  e Jorginho (Cauã Reymond); blogrmtv.com.br (Tufão  (Murilo Benício); blogados.com.br (a menina Ágata (Ana Karolina Lannes);

P.S. (3) Nina é mesmo uma cozinheira espetacular. E rápida, rapidíssima,pois consegue preparar elaborados almoços e  jantares para a família Tufão, sem nunca estar em casa, pois passa o dia atrás da Mãe Lucinda (no lixão), do mau caráter Nilo (no flat que ela alugou para ele), de Betânia (a amiga que se passa por ela perante Carminha) e, agora, do Max (de quem ela finge querer conquistar). Sem contar com os encontros amorosos com o Jorginho. Haja combustível para aquela motinho esperta!


sexta-feira, 20 de julho de 2012

POEMAS - NECESSIDADE DE CERTAS ALMAS

Boa noite amigos,
Sempre anotei coisas e alinhavei pensamentos variados, como forma e necessidade de exteriorização do espírito. Nunca, porém, perdi a prudência de mantê-los inéditos, um pouco por auto-preservação da intimidade, outro tanto em respeito e em homenagem aos verdadeiros talentos das letras, dentre os quais obviamente nunca me incluí. Lá pelos idos de 1.987  e sentindo necessidade de extravasar o que se passava na alma, escrevi um poema que  não por acaso, ao menos naquela ocasião, a ele dei o nome de VIDAS. Um pouco impressionado, talvez, com os encantos da doutrina espírita. E especialmente com o grande e importante trabalho social desenvolvido pelos espíritas. Hoje, porém, minha antiga prudência foi substituída pela necessidade de  mostrar um trabalho que, sem méritos embora,  busca localizar e dialogar com eventuais  parceiros de alma e espírito, perdidos por aí.  Vai lá, então:  

VIDAS  (15/08/1987).
 Eu vivi muitas vidas antigas,
E deixei muitas outras sem rastro,
Eu morri muitas vidas vividas,
No eterno buscar do teu passo.

Eu vivi muitas vidas morridas,
E morri muitas outras erradas,
Eu nasci, eu passei entre lidas,
Nessa vida que vive danada.


Sou viver, sou morrer, sou passado,
Nessa vida de águas paradas,
Eu vivi todas as vidas por ti,
E morri esta noite por nada.

Até amanhã amigos,
P.S. (1) Chico Buarque de Holanda escreveu, no distante ano de 1.967,  profundos e tocantes versos que compunham a letra de "Roda Viva", uma de suas obras-primas e que se classificaria em 3º lugar no 3º Festival da Música Popular Brasileira, daquele ano: "Tem dias que a gente se sente. Como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente. Ou foi o mundo então que cresceu. A gente quer ter voz ativa. No nosso destino mandar. Mas eis que chega a roda viva. E carrega o destino prá lá....";

P.S. (2) Os jovens cineastas Renato Ferrari e Ricardo Calil, são diretores do documentário "Uma Noite em 1.967". O documentário, exibido no Festival de Cinema de Paulínia, versão 2.010, mostra o que foi e significou a noite de 21 de outubro de 1.967, final do 3º Festival da Música Popular Brasileira, realizado pel TV Record, no Teatro Paramount, em São Paulo. Esse festival mudaria para sempre os destinos da música popular brasileira, tantos foram os talentos que por ele desfilaram e as novidades que trouxeram em termos de poesias, sons e arranjos.






quarta-feira, 18 de julho de 2012

CINEMA - PARA ROMA COM AMOR


Boa noite amigos,

O genial, inimitável, polêmico e controvertido ator e diretor Woody Allen está mais uma vez nas telas dos cinemas, com um novo filme de sua fase européia que começou com VICK CRISTINA BARCELONA, de 2.008, passando pelo ótimo MEIA-NOITE EM PARIS (2.011), o seu  maior sucesso de bilheteria e que teve indicação para o Oscar da Academia de Hollywood. Desta feita a homenagem  é a  Roma,  a Cidade Eterna, resultante  de encomenda da produtora italiana Medusa Film, uma das empresas do grupo comandado por Silvio Berlusconi, que financiou o longa. O título em inglês é To Rome With Love, traduzido fielmente no Brasil, como PARA ROMA COM AMOR.  São quatro histórias tendo como cenário a capital italiana e seus belos pontos turísticos conhecidos: Fontana di Trevi, Piazza de Spagna, Coliseu, Piazza Navona, etc., fotografados sob a batuta do iraniano Darius Khandji, o mesmo de “Meia-Noite em Paris”. Num dos segmentos, um casal americano (Woody Allen e Judy Davis), viajam para Roma, onde reside a filha (Alison Pill), para conhecer os pais de seu namorado italiano (Flávio Parenti). Aposentado como empresário do mundo artístico voltado para a ópera, mas inconformado com a aposentadoria, Woody julga ter descoberto, com seu faro de caça-talentos, no pai do namorado da filha, que ganha a vida como um agente funerário (Fábio Armilato), um talentoso tenor. O problema, porém, é que ele só canta bem no chuveiro. Na outra história, dois jovens recém-casados do interior da Itália (Alessandra Mastronardi e Alessandro Tiberi) viajam para Roma e ali se desencontram, quando ela resolve procurar um cabeleireiro e se perde na caótica capital. O quarto onde se encontra o marido é invadido por uma prostituta (Penelope Cruz), previamente paga para fazer programa sexual, mas ela erra de quarto e de freguês, e acaba  obrigada a passar pela esposa, diante  da presença inusitada de familiares conservadores do rapaz. No terceiro segmento, um velho arquiteto da Califórnia (Alec Baldwin) visita a Itália com um grupo de amigos e passeando sozinho próximo do local onde residiu na juventude, encontra um jovem arquiteto, Jack (Jesse Eisenberg), que mora com a namorada (Greta Gerwig), mas se vê envolvido com a presença de uma visita, a jovem Monica (Ellen Page). O  velho arquiteto então, de forma imaginária, se converte numa espécie de consciência experiente do jovem, dando-lhe conselhos enquanto os fatos se desenrolam. Por fim, no quarto segmento, um cidadão comum, Leopoldo (na pele do impagável Roberto Begnini), se converte, do dia para a noite, sem saber por que e sem motivo aparente, numa celebridade, perseguida pelos paparazzis e foco do interesse da mídia em geral, por sua vida e coisas banais (como e quando faz a  barba, marca e cor de sua cueca etc.). Uma bem humorada  crítica às celebridades do mundo moderno, criadas e destruídas  pela mídia, tema sobre o qual Allen já discorrera mais longamente no filme “Celebridades” de 1.998. Uma Penelope Cruz “a la Sophia Loren” e um divertido Begnini, lembrando os velhos comediantes italianos, sinalizam a intenção do diretor de prestar homenagem aos filmes de formato comum do cinema italiano dos anos 1.960 e 1.970. Vi e gostei do filme. Concordo com o comentarista Roberto Guerra que se trata de uma “agradável, divertida e inteligente comédia” (www.cineclick.com.br), na qual o diretor não só mostra a bela capital da Itália e seu encantos, como perscruta, com aguçada observação,  a natureza humana e suas manifestações. De maneira geral, a crítica é favorável, embora reconheça, como também reconheço, que Meia-Noite é Paris é um filme melhor concebido e realizado. Mas, amigos cinéfilos,  não deixem de ver. O que é regular em Woody Allen ainda é sempre muito bom, pois os comparativos e conceitos são sempre estabelecidos com os seus próprios filmes, alguns deles verdadeiras obras-primas da sétima arte.

Até amanhã.




segunda-feira, 16 de julho de 2012

PESCARIA ESPORTIVA NO CANAL DO PANAMÁ

Boa noite amigos,
A pescaria esportiva é prática que aumenta no mundo inteiro. E para os pescadores verdadeiros, aqueles que apreciam a arte da pesca amadora, não há nada neste mundo que dê tanto prazer. E isso é tão certo que a maioria deles enfrenta as mais adversas situações para poder encontrar um recanto novo, aqui ou no Paraguai, na África ou na América Central, que possibilite uma aventura ainda não experimentada e muito menos previsível. Pois bem,o nosso prezadíssimo amigo, o conceituado advogado Vicente Ottoboni Neto é desses pescadores que aceita e vibra com qualquer desafio que garanta uma grande pescaria, em águas tranqüilas ou agitadas. Adrenalina pura! A última viagem de recreio do Vicente foi para o Panamá, país da América Central de 2.800.000 habitantes, 1.000.000 dos quais vivem na Capital, a Cidade do Panamá. Ali, no país do Canal do Panamá, ligação entre os Oceanos Pacífico e Atlântico, a paisagem é magistral. Foto abaixo mostra uma das que se pode avistar e  fotografar. Garante o Vicente que a pesca amadora no Panamá é muito famosa e difundida e para lá seguem pessoas do mundo inteiro, tanto que a economia do país depende preponderantemente do turismo e do comércio, a despeito de um razoável polo industrial e uma agropecuária, um tanto diversificada. A pescaria ocorreu próximo da cidade de David ou San Jose de David, quase na fronteira com a Costa Rica, em águas do Pacífico,  quentes no local por força do vento que sopra de Miami (Flórida). A pesca do atum amarelo (foto acima), que chega a pesar 100 quilos e se pega com isca artificial (o “Popper”) é uma das desejadas possibilidades.  Também se encontra o Xaréu ou xareu, a caranha e o olho de boi (Amber Jack). Além desses, mais populares, há enorme variedade de espécies. As outras fotos que ilustram a coluna dão bem idéia da satisfação de nossos pescadores e do sucesso da pesca em águas panamenhas. Aos amantes da pesca amadora, portanto, uma  belíssima sugestão.
Até amanhã amigos.
  
P.S. (1) O Panamá é uma República e não há desemprego no país. A moeda corrente é o dólar americano e o salário mínimo correspondente a 500 dólares (aproximadamente R$1.000,00);


P.S. (2) O  Canal do Panamá, com suas várias eclusas e lagos existentes de ligação entre os oceanos Pacífico e Atlântico tem os Estados Unidos como seu maior usuário e esteve sob  controle norte-americano até o ano 2.000, quando passou ao domínio do Panamá.

P.S. (3) Em águas panamenhas não se pode nadar. Lembra o Vicente que ali há cobras venenosas, tubarões e crocodilos do mar de 3 a 4 metros de comprimento. Lugar ideal para aventura do nosso amigo Indiana Jones;
P.S. (4) Certa vez o Vicente levou seu filho Rodrigo para pescar, de tanto que  ele  insistiu. Jogando no rio,  de forma desordenada,  a vara de pesca, sem isca alguma,  o menino chegou a fiscar um peixe. É que o anzol enrolou, enrolou e enrolou no tal  peixe,  que  ele veio à tona "bem amarradinho".  
P.S. (5) O atum amarelo, cujo nome científico é Thunnus albacores, é também conhecido como "lajeira", "albacora-de-laje e  atum-de-gralha é um peixe de águas oceânicas encontrado entre a superfície e 100 metros de profundidade. Pode chegar a mais de 200 quilos. Vive  em mares quentes (exceto o Mediterrâneo) e no Atlântico Ocidental. Qualquer que seja a espécie de atum ele é considerado um titã na ponta da linha. É considerado o mais forte e resistente peixe esportivo do mar. Iscas de corrico à meia-água são consideradas infalíveis.

P.S. (6) O norte-americano Mike Livingston conseguiu pescar o maior atum amarelo de que já se tem notícia: ele tem 184 quilos e foi pescado no Golfo do México. Foram 2 horas e 40 minutos de "briga" para que se conseguisse colocá-lo dentro do barco.

P.S. (7)  Para informações prestadas nesta coluna foram pesquisados os sites www.revistapesca.com.br e pt.wikipedia.org/wiki/atum;
 P.S. (8) Há também um episódio em que um japonês,também pescando pela primeira vez, fisgou das águas rasas, um relógio Casio em ótimo estado. Mistérios dos Mares do Norte e do Sul;
P.S. (9) As belas fotos que ilustram a coluna hoje foram fornecidas pelo Dr. Vicente.   Na foto abaixo, o comerciante Beto mostrando o Atum pescado, com  o Vicente à direita, e, à esquerda, o Dr. André Omatti, médico e pescador e Valdemir de Paula.                                                           

sábado, 14 de julho de 2012

RAFAEL CHEGOU. BEM-VINDO RAFAEL

Amigos, boa noite.

Minha casa recebeu neste sábado mais um membro da família. Meu neto, Rafael, nascido prematuramente no último dia 05 de julho, de 34 semanas de gestação da minha única filha Samira e que só hoje recebeu alta do imenso carinho e  cuidado recebido de todos na Maternidade de Campinas, instituição pela qual nutro especial afeição e sobre a qual falarei qualquer dia desses. E como é especialmente emocionante receber esse pequeno ser em casa,  a um só tempo, frágil e potencialmente forte. Uma pessoinha que criou em toda a família um estímulo e um desejo de  vida, de intensidade, de afeto. Por isso peço aos meus amigos blogueiros hoje licença para só falar dele. E dar a ele boas vindas a esse mundo tão belo e ao mesmo tempo tão desconhecido e perigoso. Por isso eu, avô materno, quero apenas dizer ao Rafael que ele é  bem-vindo, que ele foi amado, a cada momento de duração de sua gestação. E que nós, seus parentes,  estivemos grávidos  também, junto com sua mamãe:  a bisavó, eu e a avó materna, os avós paternos. E invocando o poeta Fernando Pessoa sobre os perigos da vida, para quem  “Navegar é preciso. Viver não é preciso”, desejar  "Que a falta  de precisão da vida lhe dê, no entanto, uma contingência de sorte e alegria. E  Que Deus lhe possibilite uma vida de amor, respeito ao próximo e felicidade."
Até amanhã amigos.

P.S. (1): A foto do Rafael que ilustra a coluna hoje foi tirada pela sua avó  materna, na porta de saída da Maternidade de Campinas.




quinta-feira, 12 de julho de 2012

CORINTHIANS E PALMEIRAS - DOIS RIVAIS CAMPEÕES INVICTOS

Boa noite amigos,
Uma semana depois que o Corinthians levantou a perseguida Taça Libertadores, convertendo-se, pela primeira vez, no Campeão da América, para festa de sua imensa e apaixonada torcida, o seu maior rival doméstico, a Sociedade Esportiva Palmeiras obtém, pela segunda vez,  também invicto, o título da Copa do Brasil. Independentemente dos feitos e do mérito das duas equipes para obtê-los, o que não se discute, nenhum dos dois times vai deixar saudades para os verdadeiros amantes do futebol-arte. Os atletas, dedicados, por certo, marcaram e marcarão para sempre, seus nomes na história do futebol brasileiro.  O Palmeiras, o primeiro  no ranking dos títulos nacionais, depois da unificação dos campeonatos nacionais feita pela Confederação Brasileira de Desportos, soma mais um e aos oito brasileiros e um da Copa do Brasil, acrescenta outro, ou seja, mais um título da Copa do Brasil. O Corinthians realiza um velho sonho há muito pretendido pelos seus dirigentes, atletas e torcedores: o título da Libertadores e a possibilidade de disputa e  conquista do Mundial, em dezembro, no Japão. O futebol de São Paulo está de parabéns, sem dúvida. De tudo isso, algumas lições. A Copa do Brasil, um campeonato diferente que reúne clubes das quatro divisões e, alguns, até de divisão nenhuma, quase amadores, numa imensa festa de cunho verdadeiramente nacional, na sua fórmula mata-mata e com exclusão dos grandes que disputam a Copa Libertadores, é o caminho mais curto e lotérico, sem dúvida, para garantir uma vaga na Taça da América, tanto assim que um time que não chegou nem entre os 4 primeiros no campeonato regional de seu Estado, em 2012, logrou – e aqui se deve fazer justiça à equipe – com méritos, a láurea,  vencendo o primeiro jogo das finais em São Paulo, contra o bom Coritiba, pelo placar de 2 a 0  e empatando a segunda e última partida em 1 a 1. O sofrido técnico Luis Felipe Scolari, o Felipão, amargando times ruins e falta de grandes jogadores, pela política de não contratação do sempre conturbado Verdão, enfim, conquista um título que é importante para incrementar o seu respeitável currículo (Pentacampeão pelo Brasil na Copa do Mundo de 2.002, 1 título de Campeão Brasileiro, pelo Grêmio, em 1.996, e 3 e agora 4 títulos da Copa do Brasil (pelo Palmeiras em 1.998 e 2.012, pelo Criciúma, em 1.991, e pelo Grêmio em 1.994),  e afastar a ira dos torcedores, muitos dos quais já manifestavam desconfiança no tocante à sua capacidade como treinador de primeira linha do futebol, reputando-o, no mínimo, desatualizado. Bem, de tudo isso, o que importa mesmo para os torcedores é a comemoração. Nunca se viu tanta gente, de todas as classes sociais, em todos os lugares, exibindo com orgulho, a camisa do Timão. E certamente, a partir de amanhã, a camisa verde do Palmeiras vai desfilar pelas ruas e praças, contrastando com a do rival. E as duas maiores torcidas de São Paulo estarão felizes, cada qual com a sua conquista, pelo menos até o final de semana. É a festa do futebol, a grande paixão nacional.
Até amanhã amigos.
P.S. (1) As imagens que ilustram a coluna hoje, dos dois times campeões, foram emprestadas do blog cilenebonfim.com (Corinthians) e placar.abril.com.br (Palmeiras);
P.S. (2) Transmito o meu abraço ao Juiz e amigo, José Walter Chacon Cardoso, palmeirense de quatro-costados, pelo título hoje obtido pelo seu time. Dá-lhe Chacon! E que Deus conserve o Marcos Assunção, a quem os demais atletas deviam entregar parte do "bicho";
P.S. (3) À outra excelente Juíza e extraordinária pessoa, a amiga Dora Martins (tô com saudade de nossas noites de cantoria)  e ao incorrigível Miltão (Milton José Sartori), corintianos fanáticos, o meu abraço pela grande conquista do Timão, na semana passada.


  

.