quinta-feira, 28 de julho de 2011

SANTOS, FLAMENGO, CORITIBA, SÃO PAULO - FUTEBOL ARTE E O DRIBLE DA VACA

Boa noite amigos,
Santos e Flamengo e São Paulo e Coritiba fizeram ontem, na rodada de meio de semana do Campeonato Brasileiro, dois empolgantes jogos, os melhores suponho, até agora, do Torneio. Nos duas partidas foram 16 gols. Isso mesmo, 16 gols, média de 8 por jogo. Precisa dizer mais? Precisa. É importante esclarecer que não foram jogos entre forças díspares. Não. As quatro equipes proporcionaram dois grandes espetáculos, de lado a lado e é isso exatamente que motivou os torcedores,  os críticos e os saudosos do futebol-arte. O Santos começou ganhando do Flamengo na Vila Belmiro por 1, 2, 3 a 0,gols de Borges aos 4 e 15 minutos e Neymar aos 25 minutos do 1º tempo.  Aí o Flamengo acordou e fez 1, 2, 3, com Ronaldinho Gaúcho, aos 28, Thiago Neves aos 31 e David, aos 43 minutos, todos do primeiro tempo.  As equipes foram para o intervalo empatadas em 3 gols, mas o Santos ainda perdeu um pênalti, aos 40 minutos, mal batido pelo ainda abatido Elano, que tentou dar uma "cavadinha" à La Loco Abreu,  para felicidade e defesa fácil do goleiro Felipe.  No segundo tempo, o Santos fez o 4º gol com  Neymar, num contra-ataque rápido, tocando a bola na saída do goleiro.  Depois sofreu novo empate, numa falta cobrada de forma esperta e competente por Ronaldinho Gaúcho que mandou a bola rasteira, aproveitando que os jogadores da barreira saltaram, imaginando que a bola iria pelo alto: 4 a 4, aos 25’ da etapa complementar. E finalmente, o Flamengo ainda fez o quinto gol, num contra-ataque, novamente com Ronaldinho Gaúcho, avançando livre pela esquerda e batendo cruzado para virar o placar. Não pensem, porém, que o Santos jogou mal. Completo, com Ganso e Neymar, o Peixe fez uma belíssima partida. O terceiro gol de Neymar foi uma pintura.  Arrancou pela esquerda, passou por vários jogadores, deu um drible “da vaca” em Ronaldo Angelim  e chutou na saída de Felipe. E de outro lado, Ronaldinho Gaúcho fez a sua melhor partida depois de seu retorno polêmico ao futebol brasileiro. No Couto Pereira, o São Paulo começou irresistível e, ainda que dominado pelo bom time do Coritiba, foi fazendo gols. 1, 2 e 3, com Carlinhos Paraíba, aos 17, Juan, aos 23 e Dagoberto, aos 30 minutos do primeiro tempo. Inacreditável. No intervalo, o Coxa saiu perdendo por 3 a 0, com 10 jogadores em campo, pois aos 41 minutos, Davi foi expulso depois de falta feia e de jogar a bola em protesto contra o árbitro. Veio o segundo tempo e mesmo com  10 em campo, o Coxa  partiu para cima do adversário, mas a sorte novamente não ajudou. Numa saída errada da zaga, o esperto jogador Lucas, retornando da seleção, recebeu  a bola próximo da área, viu o goleiro adiantado e mandou a redonda no canto esquerdo, sem chances para Edson Bastos:  4 a 0. Aí, quando se prenunciava uma goleada histórica, desses desastres que acontecem de vez em quando, sem explicação, não é que o time da casa partiu para cima do Tricolor e foi fazendo gols: 1, 2, 3, com Rafinha aos 22 e Bill,aos 29 e 41 minutos da etapa complementar.  Ainda teve um pênalti claro, não marcado e que comprometeu, por isso, o trabalho da arbitragem. Final de jogo: um apertado 4 a 3 para o time do técnico Adilson Batista. As duas torcidas aplaudiram seus jogadores. Não era para menos. Os atletas se entregaram em campo. O 2º gol do São Paulo, de jogada trabalhada pelo ataque de forma perfeita, até a conclusão do bom Dagoberto, foi belíssimo. A jogada começou com Rivaldo, que tocou para Dagoberto, que tabelou com Lucas, depois com Wellington, até receber livre na entrada da área e chutar a gol. O 3º gol do Coritiba também foi bonito:   uma jogada de craque, na linha de fundo, do jogador Rafinha, que tocou no segundo pau para Bill completar de cabeça. Em resumo: uma noite de gala para o futebol, que com Ronaldinho Gaúcho, Neymar, Dagoberto, Lucas, Rivaldo, Rafinha, Bill e seus companheiros, relembraram  os bons tempos do Santos de Coutinho, Pelé e Pepe. Da Seleção de 70 de  Gerson, Rivelino, Jairzinho,  Tostão...  E de tantos outros momentos emocionantes dessa paixão chamada futebol.
 DRIBLE DA VACA
O drible da Vaca é uma jogada do futebol em que o jogador que está de frente para o adversário, toca ou chuta a bola para um lado, e corre para o lado oposto, pegando a bola novamente. Dizem que ele é velho como o futebol e se deve ao fato de que, antigamente, os jogos aconteciam em verdadeiros campos de várzea. Assim era corriqueiro que, às vezes, além de driblar o adversário, o atleta tivesse ainda que driblar também as vacas que pastavam pelo campo. Daí a expressão drible da vaca. A jogada ficou famosa com o grande Garrincha, que muitas vezes, jogava “sem tocar na bola”, gingando de um lado para outro e levando consigo o adversário, enquanto a bola permanecia ali paradinha, até que ele desse a volta sobre o rival e a retomasse. Legal! Quero dizer que tanto as explicações, quanto a foto que ilustra a nossa postagem de hoje foram emprestadas do site nilodiasreporter.blogspot.com., de autoria do pesquisador gaúcho e jornalista aposentado, Nilo Dias,   ao qual agradeço e rendo minhas homenagens.
 Até amanhã amigos.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

O STJ E O DIREITO DE HABITAÇÃO AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE


Bom dia amigos,


O Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial n. 821.660 do Distrito Federal, enfrentou interessante questão e decidiu, por analogia,  curiosa situação de inconsistência, ainda no regime do Código Civil anterior, o de 1.916. Pelo antigo Código, o cônjuge sobrevivente, sem prejuízo de sua participação na herança, se o regime do casamento fosse o da comunhão de bens, teria assegurado o chamado direito de habitação sobre o imóvel residencial  do casal, desde que único, dessa natureza,  a inventariar (art. 1.611).  Se o regime não fosse o da comunhão, mas o da separação, teria direito à terça parte do usufruto dos bens deixados aos herdeiros. Ou seja, era um, ou outro direito, conforme o regime de bens, mas nunca ambos. Acontece que depois da Constituição Federal de 1.988, que equiparou a união estável ao casamento, surgiram duas leis ordinárias disciplinando a união estável e conferindo ao companheiro sobrevivente, no caso de falecimento do outro, tanto o  direito de habitação sobre o único imóvel residencial a inventariar, quanto o direito à terça parte do usufruto sobre os bens. No caso examinado, quatro herdeiras, filhas do primeiro casamento do inventariado, entraram com ação de reintegração de posse contra a viúva do segundo casamento, alegando que ela não teria direito de habitação sobre o imóvel, pois não era casada com o “de cujus” no regime da comunhão de bens, como rezava o antigo artigo 1.611 do C. Civil de 1.916, em vigor na data do falecimento, que se deu no ano de 1.999. A sentença de 1ª. Instância e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal negaram o pedido de reintegração, sustentando que o novo Código Civil, no artigo 1.831, garante o direito real de habitação ao cônjuge sobrevivente, independentemente do regime de bens do casamento. Houve, então, recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça, sob alegação de que não se poderia aplicar retroativamente a nova disposição, mas sim a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão, o que, em tese,  é perfeitamente razoável. Acontece que a 3ª. Turma do STJ, embora conhecendo da divergência, negou provimento ao recurso especial, mantendo a sentença. O Relator, Ministro Sidnei Benetti, ponderou que o atual artigo 1.831 do Código Civil garante o direito aludido e que, embora a sucessão tenha ocorrido sob a égide do Código anterior, fato é que a Lei n. 9.278/1996, já havia conferido direito equivalente às pessoas ligadas pela união estável. Para ele a interpretação literal das normas postas levaria à conclusão de que o companheiro estaria em situação privilegiada em relação ao cônjuge e, desse modo, estaríamos em uma situação de todo indesejada no ordenamento jurídico brasileiro. E, pois, uma interpretação que melhor ampara os valores espelhados pela Constituição Federal é a que cria uma moldura normativa pautada pela isonomia entre a união estável e o casamento. Assim, tanto o companheiro, como o cônjuge, qualquer que seja o regime do casamento, estarão em situação equiparada, adiantando-se, de tal modo, o quadro  normativo que só veio a se concretizar com o Novo Código Civil. Em resumo, entendeu pela aplicação analógica para o casamento, do direito que era assegurado, na época do falecimento, ao companheiro em união estável (artigo 7º da Lei 9.278/96), para evitar que a união estável conferisse aos companheiros mais direitos do que o casamento em relação aos cônjuges, o que realmente seria absurdo.  A decisão da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça foi unânime e indiscutivelmente acertada, podendo ser invocada para outros casos similares.

Até amanhã.


domingo, 24 de julho de 2011

A CELESTE OLÍMPICA É A GRANDE CAMPEÃ DA COPA AMÉRICA











Do lado esquerdo, ao lado,  o atacante Diego Forlán, eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 2.010, na África do Sul. Do lado direito, acima, o atacante Luiz Suárez, eleito hoje o melhor jogador da Copa América de 2.011, disputada na Argentina.

Boa  noite companheiros.

Acabei de assistir a final da Copa América entre Uruguai e Paraguai. Já durante a semana disse que considerava a Seleção Uruguaia francamente favorita pelo que tinha apresentado até as semifinais, a despeito da raça demonstrada pela equipe paraguaia. Deu a lógica. E com folga (3 a 0).  O Uruguai é indiscutivelmente o grande campeão do Torneio e seguramente a melhor seleção atual da América do Sul. Resta-nos  saudar os nossos simpáticos vizinhos. E o projeto desenvolvido pelo técnico Oscar Tabárez e pela Federação Uruguaia de Futebol. Em junho do ano passado, antes da Copa do Mundo disputada na África do Sul,  o capitão Lugano, dando entrevista para a mídia, já falava entusiasmado do investimento feito e da expectativa em torno do que se poderia esperar de sua geração: “Nos últimos anos a seleção uruguaia teve um projeto sério, estamos com respaldo administrativo muito forte, um grupo muito unido”. Realmente, o Uruguai foi o último dos países americanos a sair da Copa e teve em Diego Fórlan (foto acima), a eleição do melhor jogador da competição. Agora o projeto continua dando frutos positivos. Esse projeto consiste em exigir dos atletas educação formal, além de conhecimento da história do futebol do país e comportamento esportivo e ético, dentro e fora do campo. Os atletas foram convencidos de que são exemplos para as crianças e jovens e por isso mesmo responsáveis pela formação do caráter e do comportamento deles, no futuro. O Uruguai hoje comprova que fair play no esporte é fundamental ao sucesso. Trabalhar com seriedade e comprometimento, com honestidade e ética, com nacionalismo de verdade, é exigência e pressuposto de sucesso sustentável,  afastando o mito de que no futebol o que vale  é a simulação, o engôdo, a desonestidade, a Lei de Gerson (coitado do Gerson que nunca pretendeu criar esse estigma em torno de seu sagrado nome).
° O Uruguai é um país de apenas três milhões de habitantes. É o maior ganhador da Copa América, tendo hoje conquistado o seu 15º título. Ganhou ainda duas Copas do Mundo, a de 1.930, de que foi anfitrião,   e a de 1.950, disputada no Brasil. Foi bicampeão mundial exatamente contra o Brasil, numa final arrepiante, e na qual ganhou, de virada, por 2 tentos a 1.  O jogo marcou a inauguração do famoso Estádio Mário Alves  Filho  e ficou conhecido como a "Tragédia do Maracanã". É ainda bicampeão de futebol olímpico, tendo obtido medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1.924 e 1.928.

° Os uruguaios são profundamente apaixonados pelo futebol. Costuma-se afirmar que a paixão deles pelo esporte é inversamente proporcional às dimensões do país e do número de habitantes;
° Não se pode afirmar que o fato da maior parte dos jogadores brasileiros jogarem em outros países é obstáculo à criação de um programa efetivo e de sucesso em torno da seleção brasileira. No Uruguai apenas um jogador titular da seleção joga no país e nem por isso falta entrosamento, talento, garra e organização.

 ° Espetacular esse jogador n. 9 da seleção uruguaia, Luís Suárez, que joga pelo Liverpool da Inglaterra. É atacante que  cria e muito bem grandes jogadas de ataque, caindo com freqüência pelas pontas, tem velocidade no contra-ataque e se entrosa perfeitamente com Diego Forlán, que joga pelo Atlético de Madri e é a grande sensação da Seleção Uruguaia;

° Os gols da partida de hoje foram marcados pela dupla: Um de Luís Suárez e os outros dois de Diego Forlán que há 13 jogos não marcava, apesar de ser o grande maestro da Celeste, como é chamada a Seleção Uruguaia;

° Diego Forlán é filho do jogador Pablo Fórlan, que hoje está aposentado, mas jogou inclusive no Brasil,  no São Paulo, entre 1.970 e 1.976 e teve uma passagem pelo Cruzeiro, em 1.977. Era lateral direito. Chegou, depois da aposentadoria como jogador, a treinar a equipe do Morumbi, um pouco antes de Telê Santana. Por isso Diego afirma que pretende um dia jogar no Brasil e em particular no São Paulo. Será?
° Na Seleção Uruguaia, há ainda conhecidos nossos, pois jogaram ou jogam aqui no Brasil. O zagueiro Diego Lugano jogou muitos anos no São Paulo, onde ganhou títulos importantes e hoje está no Fenerbahçe da Turquia. E Sebastian Abreu, conhecido como "Louco Abreu", que é jogador do Botafogo do Rio de Janeiro;
°  Para homenagear os campeões, aqui vai a escalação da equipe que jogou a final: MUSLERA, MAXI PEREIRA, LUGANO, COATES E CÁCERES (GODIN), ÁLVARO GONZALEZ, DIEGO PÉREZ (EGUREN), AREVALO RIOS e ÁLVARO PEREIRA (CAIANE), DIEGO FÓRLAN e LUIZ SUÁREZ (foto).

Até amanhã e boa semana a todos.




sábado, 23 de julho de 2011

CINEMA - MEIA NOITE EM PARIS

Boa noite, amigos

 Por que hoje é sábado, é dia  de  falar de cinema. E de  cinema de arte, de gente grande, de um Woody Allen diferente, mais óbvio e comum, fazendo comédia romântica para embalar homenagem a uma cidade. Uma cidade do mundo: Paris. Fui ver o seu MEIA NOITE EM PARIS, (Midnight in Paris, 2011), por indicação de muitos amigos e parentes. E gostei do que vi. Neste caso parece que tanto crítica, quanto público, estão de acordo, o que é extremamente raro. Sem dúvida, um filme feito para agradar o público. Mas Allen consegue fazer filme popular sem perda da qualidade e das mensagens que quer passar. A principal delas mostrar ao mundo, sob a lente competente do fotográfo e a inspiração do cineasta,  a cidade de sua predileção.    Os dez primeiros minutos do filme, antes mesmo da apresentação dos créditos iniciais, o espectador curte todas as imagens dos pontos importantes da capital francesa (Museu do Louvre, Arco do Triunfo,  Torre Eiffel, Champs-Élisées,  o Rio Senna e seu entorno, com artistas e suas obras), ao som da música vibrante de Cole Porter.  Uma Paris, que como diz a música de Porter,   de verão, primavera, outono e  inverno. De estio e de chuva. De sol e da luz da noite. Ode a Paris. A outra intenção é introduzir no roteiro uma mensagem, segundo a qual, a nostalgia e o amor ao passado, devem ser cultivados, sem fuga do presente e  sem embargo de se viver o tempo presente, dentro de sua realidade, de suas vantagens e desvantagens. Não há desta vez metáforas complicadas, nem intenções subliminares em Allen.  Na sinope Gil (Owen Wilson), um bem sucedido roteirista de Hollywood, frustrado com a profissão e desejando enveredar pelo universo da literatura, pois idolatrava os grandes escritores americanos, acompanha a noiva Inez (Rachel McAdams) e os pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy) a Paris, local onde John deveria fechar um grande negócio. Estando em Paris, Gil, sob o impacto da beleza e encanto da cidade, passa a se questionar sobre a vida que leva e tenciona aproveitar o que melhor pode a capital francesa oferecer para ilustrar e embalar a sua embrionária e ainda suspeita vocação literária. Vagando pela cidade, sozinho, pois a noiva, interessada em outras coisas, não quer acompanhá-lo, é surpreendido, à meia-noite, numa rua escura e deserta,  com a aproximação de um veículo antigo, transportando pessoas  fora de moda, que o convidam para se divertir na noite parisiense. Ele aceita o convite e viajando para o passado,  visita locais e contacta  personagens da Paris de 1.920, ligadas ao movimento Modernista, ainda  sob o impacto e influência  das conquistas do final do século XIX (cinema, avião, a Psicanálise de Sigmund Freud etc.).  Conhece e conversa diretamente com Ernest Hemingway, o escritor americano naquela época repatriado na França, expoente da chamada “geração perdida” e responsável por obras como “Por quem Os Sinos Dobram” (1945) e o “Velho e O Mar” (1.952), com o qual ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Também encontra outros artistas como os pintores,  Mirò, Pablo Picasso e  Paul Guauguin, o cineasta Luis Bruñel, a escritora Gertrude Stein, o músico Cole Porter, etc.   Nosso herói vai para o passado e volta para o presente, e na companhia de uma jovem de 1.920,  aprofunda-se mais ainda no tempo chegando a 1.890, no apogeu da Belle Epoque (1.871-1914), com as transformações culturais que traduziram modas do "bem viver" e dos prazeres experimentados nos cabarés, nos boulevards, no  cinema dos Irmãos Lumière, na dança das meninas do cancan.  Mais não vou dizer, pois não pretendo contar o filme. Bom o desempenho do ator Owen Wilson. Mas o personagem principal é mesmo Paris e seus encantos. Paris e a eterna capital da   intelectualidade européia, onde se encontravam e se encontram poetas e literatos, filósofos e pintores,  artistas e cientistas,  para viver, criar,  produzir, e exportar arte e ciência  para o mundo civilizado.
Não deixe de ver.

 Até amanhã.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

RODADA DO MEIO DE SEMANA NO FUTEBOL E BUGRE 100 ANOS

Boa noite amigos,
Na  rodada do meio de semana do esporte, o destaque foi para mais uma vitória do Corinthians Paulista (a 9ª. em 10 jogos) no Campeonato Brasileiro da Série A. Desta vez a vítima foi o Botafogo carioca que perdeu a partida por 2 a 0, no Estádio de São Januário, ontem à noite. E para o desempenho heróico do goleiro Júlio Cesar que permaneceu em campo até o final do jogo,  embora com grave lesão no dedo mínimo da mão esquerda. Nos outros dois jogos (Palmeiras e Flamengo em São Paulo e Figueirense e Grêmio, em Florianópolis), houve empate sem abertura de contagem. O goleiro do Grêmio defendeu um pênalti com o pé direito, evitando a derrota de seu time. E Kleber, do Palmeiras,  mais uma vez, foi notícia, ao ignorar uma  esperada devolução de bola, decorrente do tradicional e ético fair play.
Finalmente, na Copa América, saiu o último finalista: o Paraguai que venceu a Venezuela nos pênaltis (4 a 2) e vai decidir domingo o título do torneio com o  Uruguai.
COPA AMÉRICA
° Por incrível que pareça, como eu já tinha previsto aqui, essa versão da Copa América foi desastrosa. Times sem entrosamento, sem brilho e alguns jogos em péssimos gramados e sem torcida significativa. E não é pelo fracasso da Seleção Brasileira e da Seleção Argentina, pois a impressão já tinha sido manifestada antes da exclusão das seleções favoritas;
° O Paraguai classifica-se para a final do torneio, sem ganhar uma partida sequer. Empatou todas e na fase do mata-mata venceu as duas partidas (das quartas e da semifinal, contra Brasil e Venezuela, respectivamente) nos pênaltis. Esse desempenho pífio de um time que chega a final desse jeito, é inédito e revela a necessidade de revisão do regulamento;
° Considero favorito no jogo normal e na prorrogação, no domingo, o Uruguai. É muito mais time que o Paraguai, fez uma campanha muito melhor, joga mais ofensivamente e tem o craque Fórlan, em grande fase, confirmando o seu desempenho na última Copa do Mundo.
CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE A
° O Corinthians venceu o Botafogo fora de casa e atingiu 29 pontos, em 10 rodadas (30 pontos disputados). É uma marca fantástica que não deve ser mantida ao longo do extenso e difícil campeonato, mas que lhe dá "gordura" suficiente para enfrentar uma fase mais adiantada, que não seja muito favorável, pela qual passam praticamente todas as equipes;
° O Timão, hoje, merece a liderança do campeonato com folga, pois é uma equipe equilibrada nos três setores (defesa, meio-campo, ataque) e tem um excelente goleiro, Júlio Cesar. Há destaques individuais, mas a força mesmo é do conjunto;
° Por falar em destaque individual, o jogador William está chamando a atenção.  Apesar de não ter um físico avantajado,  tem velocidade, é inteligente e vigoroso e bate bem na bola, como se viu mais uma vez no jogo de ontem.Olho no menino, que é craque!
° O goleiro Julio Cesar do Timão, ao fazer uma defesa no final do segundo tempo, sofreu uma contusão séria no dedo mínimo da mão esquerda (vide foto acima).  Pela TV impressionava o deslocamento do dedo e o desespero do jogador. Mas o médico do Corinthians conseguiu amenizar o problema, recolocando o dedo no  local correto e o atleta, ao tomar conhecimento de que o técnico já havia feito as 3 substituições e que, um jogador de linha teria que ser improvisado na função, fez questão de permanecer até o fim do jogo. Pior é que o árbitro ainda assinalou cinco minutos de acréscimo. Mas valeu o sacrifico:  na prorrogação, o jogador Paulinho  conseguiu, num contra-ataque, fazer o segundo gol corintiano e os jogadores foram abraçar Julião,  em reconhecimento à sua conduta.  O rapaz então virou símbolo da raça corintiana e agora ficará um mês de fora, fazendo tratamento;
CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B
° Por falar em atleta em boa fase, não vi o jogo, mas tive informações de amigos que o zagueiro Gabriel do Guarani,  no sábado, na sua estréia, justamente no dérbi campineiro, demonstrou desembaraço, personalidade e um futebol convincente. Tomara. Quem sabe o Bugre resolve o grave problema de sua defesa;

º Para reforçar ainda mais o seu bom elenco, a Ponte Preta contratou o jogador Renato, que participou da boa campanha da Macaca no Campeonato Paulista de 2.008, no qual a Ponte foi vice-campeã, perdendo o título para o Palmeiras.
GUARANI 100 ANOS
Para um público de 4.265 pagantes e 990 menores e uma renda de Cr$115.440,00, o décimo oitavo jogo do Bugre pelo Campeonato Brasileiro de 1.978,   aconteceu no dia 20 de junho  de 1.978, terça-feira, às 21,00 horas, no  Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.  O Guarani empatou com o Coritiba pelo placar de 0 a 0.  Apitou o árbitro José Carlos Bezerra,  de Santa Catarina. O Guarani, do técnico Carlos Alberto Silva, jogou com Neneca,  Mauro, Gomes, Edson e  Miranda; Zé Carlos, Renato e Zenon; Capitão (Gersinho), Careca e Macedo (Bozó).  O Coritiba, do técnico Chiquinho,  formou com Altevir, Hermes, Duílio, Deodoro e Reginaldo; Almir, Borjão e  Pedro Rocha; Wilton (Liminha), Norival e Mug.
 Até amanhã.

terça-feira, 19 de julho de 2011

CAETANO VELOSO E MARIA GADÚ- A ARTE DO ENCONTRO - DVD E CD

Amigos:

Dizia o poeta Vinícus de Moraes que a vida é a arte do encontro, embora exista tanto desencontro pela vida. Se os encontros são sempre importantes, o que dizer dos que reúnem gente boa para  produzir arte da melhor cepa. Há encontros que são verdadeiros achados. Pérolas que devem ser cultivadas, registradas e guardadas para sempre. Vinícius, na sua multifacetada arte, foi assim. Plural, como o nome, diria Tom. Fez parcerias importantes. Com o próprio Tom, com Chico, Carlinhos Lyra, Toquinho, etc.  Fisicamente nunca encontrou Adoniran neste mundo. Nem precisava. Em uma parceria distante, um escreveu e o outro musicou Bom Dia Tristeza (Bom dia Tristeza/ Que tarde tristeza/ Você veio hoje me ver). Há outras: Elis e Tom, Milton Nascimento e Mercedes Sosa,  Javier Barden, Penelope  Cruz e Almodóvar. Pois bem, de um lado o consagrado compositor,  68 anos, mito sagrado. Reverenciado pela erudição, pelo trabalho artístico lapidado, pelo engajamento político, 40 anos de carreira. De outro, uma quase menina, 23 para 24 anos. Rosto miúdo escondido sobre a rebelde franja que ela leva de lá para cá, de cá para lá, para disfarçar as mãos e a enorme timidez. Uma história pequena, mas extraordinária. Fenômeno? Já tinha feito um disco primoroso, onde canta canções, a maioria de sua própria composição. Outras, de outros: A história de Lilly Braun, de Chico e Edu,  Ne me quitte pas, imortalizada na voz e interpretação de Jacques Brel, e por aqui gravada por muita gente, inclusive Maysa. A idéia da reunião foi do MULTISHOW. O dia da gravação:  19 de dezembro de 2.010. O lugar: Citibank Hall, Rio de Janeiro.  No cenário de Fernando Young e Gualter Pupo, apenas uma luz projetada  sobre os corpos e o desenho de  uma enorme lua. E os artistas, os banquinhos e os violões companheiros. Um de cada um. Quando começam a cantar o palco vazio se torna pleno. Beleza Pura! Velho sucesso do baiano.  Um desfile de clássicos: O Quereres, Podres Poderes, Vaca Profana, Leãozinho, Odara. A voz de Gadú sobre “Menino do Rio” de um Caetano navegando com competência e sensibilidade pelo universo feminino, faz lembrar com saudade dos bons tempos de Baby Consuelo, depois, Baby do Brasil.  Vem o velho Sampa. Homenagem lírica a um São Paulo maltratado. Caetano e Gadu, o avesso, do avesso, do avesso, do avesso, que dá no direito, no reto, no harmônico.   E se alternam em 1ª. e 2ª. voz, afinados, harmoniosos, fortes e suaves. Graves e ternos. Uma combinação de sons e efeitos quase antagônicos e quase convergentes. Ele deixa o palco. Ela prossegue reproduzindo o bom repertório de seu disco (Bela Flor, Encontro, Tudo Diferente, Dona Cila, Escudos, A História de Lilly Braun). Depois ele vem e ela vai. E desfia um rosário de velhas e novas partituras: Milagre do Povo, Genipapo Absoluto, Odeio, De Noite Na Cama, Desde que O Samba é Samba. Depois ela volta e ouve Caetano cantar Shimbalaiê, seu primeiro sucesso, reproduzido diariamente em folhetim da rede Globo, durante todo o tempo de duração da novela.  Não suporta. A emoção de ver o ídolo cantando a sua música é demais. Lágrimas espontâneas correm pelo rostinho suave. Sonho? Não. E se abraçam. E se beijam. E voltam a cantar juntos canções de outros: Trem das Onze de Adoniran,  Sozinho, grande sucesso de Cae, de autoria de Peninha (As vezes no silêncio da noite/Eu fico imaginando nós dois). E do próprio: Vai Levando, Nosso Estranho Amor, Vaca Profana, Rapte-me Camaleoa. E experimentam o Caetano dos 23 anos de Gadú: Relembram a aventura de ALEGRIA, ALEGRIA, do jovem nordestino, enfrentando a ditadura e  a platéia ortodoxa, com guitarras e gritos de liberdade (Eu vou, porque não? porque não?). Momento feliz da MTVi, que imaginou o encontro. Decisão feliz dos artistas de se encontrarem. Dispostos à divisão e à generosidade.  Dispostos, à continuidade da vida e à transformação. Camaleão, Camaleoa. De minha parte, diria a Gadu: Rapte-me Camaleoa! Me leve para sala, me faça sentar, coloque o CD ou o DVD, como preferir. Depois, abra um champagne. Pra celebrar esse encontro!

Até amanhã.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O DERBI (OU DERBY) CAMPINEIRO, PRÊMIOS DO FESTIVAL DE PAULÍNIA E COPA AMÉRICA


Boa dia amigos.

O frio voltou nesta manhã, prenunciando também chuva, depois de uma semana quente e seca.  Terminou o 4º Festival de Cinema Nacional de Paulínia, com pontos positivos e negativos. Mais positivos, certamente. O festival, a cada versão, se firma como um dos mais importantes do país. Publico hoje a relação dos vencedores. Quem não teve oportunidade de assistir aos longas e curtas que foram exibidos, de forma inédita, poderá conferir as boas produções cinematográficas que surgiram,  nos cinemas,  brevemente. O Derbi (ou Derby)  Campineiro, vencido pela Ponte Preta, foi sem dúvida  o jogo mais importante da rodada do Brasileiro da Série B e serviu para confirmar o cenário atual:  a Macaca  estável, firme no G4 e com chances de acesso para a Série A, e o Guarani, vivendo mais uma de suas crises intermináveis, lá embaixo, agora mostrando que o que pretende no campeonato será, no máximo,  evitar mais uma queda, circunstância que se tornou constante nos últimos anos. Tomara que eu queime a língua. Tomara, mas o time não leva jeito não de que dará grande reviravolta no torneio.  E na Copa América, as zebras povoaram o fim de semana com a desclassificação de Argentina, Brasil e Chile, respectivamente por Uruguai, Paraguai e Venezuela.

O FESTIVAL DE PAULÍNIA.
A crítica em geral achou um  exagero o número de premiações para o filme Febre do Rato,  direção de Cláudio Assis e que abiscoitou nada menos do que oito (8) das vinte e cinco (25) estatuetas. Fato é que na exibição do longa, o público presente, no final, o aplaudiu em pé, circunstância que não passou desapercebida pelo júri. O veterano ator, cantor, compositor e comediante Moacyr Franco, no alto de seus 75 anos bem vividos, foi premiado,  como ator coadjuvante,  pelo seu trabalho em O Palhaço, de Selton Mello. O filme  não venceu, mas Selton ficou com o prêmio de melhor direção e roteiro. Vamos aos vencedores:

Filme: FEBRE DO RATO;
Direção: SELTON MELLO (O Palhaço);
Especial do Júri: TRABALHAR CANSA (Juliana Rojas e Marco Dutra);
Roteiro: SELTON MELLO e MARCELO VINDICATTO (O Palhaço);
Ator: IRANDHIR SANTOS (Febre do Rato);
Atriz: NANDA COSTA (Febre do Rato);
Documentário: ROCK BRASÍLIA (Vladmir Carvalho);
Diretor Ficção: SELTON MELLO (O Palhaço);
Diretor de Documentário: MAÍRA BRÜHLER e MATHIAS MARIANI (Ela Sonhou Que eu Morri);
Ator Coadjuvante: MOACYR FRANCO (O Palhaço);
Atriz Coadjuvante: MARIA PUJALTE (Onde está a Felicidade?)
Fotografia: WALTER CARVALHO (Febre do Rato);
Montagem: KAREN HARLEY (Febre do Rato);
Som: TRABALHAR CANSA;
Direção de Arte: FEBRE DO RATO;
Trilha Sonora: FEBRE DO RATO;
Figurino: O PALHAÇO;
Prêmio da Crítica: Longa Ficção – FEBRE DO RATO;
Documentário: UMA LONGA VIAGEM (Lúcia Murat);
Curta: TELA (Carlos Naider);
Prêmios do Júri Popular: 1) Longa Ficção: Onde está a Felicidade? (Carlos Alberto Riccelli); 2) Documentário: À Margem do Xingu (Damiá Puig); 3) Curta Metragem nacional: Café Turco; 4) Curta Metragem Regional: Argentino.

A COPA AMÉRICA
O Brasil despediu-se melancolicamente da Copa América ao perder para a Seleção do Paraguai, nos pênaltis, por 2 a 0. Firmou, no entanto, um recorde, ou seja, jamais, em tempo algum, conseguiu, na disputa dos pênaltis, perder as 4 penalidades cobradas pelos seus jogadores, que não fizeram nenhum gol nos paraguaios: nem no tempo normal, nem na prorrogação, nem nos pênaltis. Como explicar tamanha façanha não é simples. Mesmo sendo flagrantemente superior durante todo o jogo, o Brasil não conseguiu traduzir esse domínio em gols. Pode-se afirmar que o goleiro Justo estava iluminado, fazendo grandes defesas, ou que o campo estava ruim demais, ou outra desculpa qualquer. Não colará. A seleção brasileira foi incompetente e isso é indiscutível. O Paraguai? Bem, a seleção paraguaia está longe de ser aquela que jogou o último Mundial. Tímida, renunciando a qualquer pretensão de ataque, jogou o anti-futebol de retranca e marcação e atingiu seu objetivo. Triste final de Copa América com essas seleções que restaram, exceto o Uruguai. O bom Uruguai sim, comandado pelo grande jogador Forlan encarou a Argentina, foi melhor que ela durante grande parte do jogo, e venceu, com justiça a seleção de Messi,  nos pênaltis. Quem sabe a seleção bicampeã mundial, da década de 30 e de 50, do chamado desastre do Maracanã, volta aos bons tempos. Tomara!

O DERBI DOS CONTRASTES
Guarani e Ponte Preta jogaram sábado à tarde, às 16,20 horas, no Majestoso, o derbi de n. 186 da história do especial confronto. E a Ponte venceu por 2 a 0, gols de Ricardinho e Ricardo de Jesus. E com justiça, embora ontem não tenha feito uma grande partida,  pois a Macaca é um time muito mais equilibrado, competente e arrumado que o Guarani, que ainda não encontrou o seu futebol no campeonato brasileiro da Série B e agora ocupa a vice-lanterna com apenas 9 pontos, à frente unicamente do Duque de Caxias que ganhou até aqui 2 pontinhos. O destaque fica mais uma vez para a dupla Renatinho (muito bom jogador) e Ricardo Jesus (que se revela um atacante oportunista e em ótima fase). Bem, agora na estatística dos confrontos entre as equipes está assim: São 65 vitórias do Guarani, 59 vitórias da Ponte Preta, 61 empates e um (1) resultado desconhecido (qualquer dia trataremos do assunto). O Bugre marcou 254 gols. E a Ponte 244. Esses números revelam o grande equilíbrio que registra o maior clássico do interior do Brasil, ao longo de toda a história.

Até amanhã.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

COPA AMÉRICA E COINCIDÊNCIAS DO AMOR


Boa noite caros amigos,

O principal evento esportivo de ontem à noite foi, sem dúvida, o terceiro jogo da seleção brasileira na fase preliminar da Copa América, que está sendo realizada na Argentina. Depois de dois frustrantes empates, a seleção finalmente venceu pelo largo placar de 4 a 2, a equipe do Equador e acabou se classificando em primeiro lugar no seu grupo. No domingo volta a campo, em La Paz, pelas quartas-de-final do torneio, enfrentando mais uma vez a equipe do Paraguai. Argentina e Uruguai se enfrentam e uma dessas tradicionais seleções deixará a competição. Mês de julho é mês de férias escolares e também de inverno. Uma boa comédia romântica é sempre benvinda, seja no cinema, seja em casa ou na casa de amigos, com quentão e pipoca, de preferência. Sugiro, para quem não viu, "Coincidências do Amor" 

COPA AMÉRICA

O jogo de ontem entre a Seleção Brasileira e a Seleção Equatoriana, o terceiro da equipe brasileira na competição oficial permite alguns comentários e conclusões, que refletem apenas a minha singela opinião. Vamos lá:
° Maycon não é um lateral direito muito superior a Daniel Alves, mas ontem fez a diferença, constituindo-se, segundo alguns comentaristas,  como  o melhor jogador da partida. Não sei se o melhor, mas esteve entre os melhores. Daniel Alves está apenas em má fase, mas é também um jogador excepcional na função e deve voltar a ser titular senão agora, nos amistosos que a seleção fará antes da Copa das Confedereções, uma vez que o Brasil, anfitrião da Copa de 2.014, está dispensado das Eliminatórias;
° Os jovens Alexandre Pato e Neymar fizeram ontem a melhor partida dentre as três até aqui disputadas. E foram premiados. Cada um marcou dois gols, do placar final de 4 a 2;
° O goleiro Julio Cesar, indiscutivelmente um grande goleiro, viveu ontem o seu inferno astral. Foi responsável pelos dois gols marcados pelo adversário, o primeiro deles num autêntico frango. A noite estava terrível e sua sorte foi que o Brasil acabou marcando outros dois gols, depois do empate de 2 a 2 e suas falhas não pesaram no resultado;
° Imaginei hoje cedo, a piada do dia: enquanto o time do Equador tinha o atacante “Caicedo”, o Brasil, para ser diferente, teve também o seu Cai. Trata-se do “Caitarde” Júlio Cesar, Dá-lhe Julião! Embora não aparecendo muito no ataque, o lateral Daniel Alves fez um lançamento perfeito, no primeiro gol brasileiro, para o oportunismo de Alexandre Pato que, como um foguete e autêntico centroavante se antecipou ao zagueiro, meteu a cabeça na bola, que foi morrer no fundo das redes. Bela jogada;
° A seleção brasileira, durante considerável período do primeiro tempo, sofreu com  a correria imposta pela equipe equatoriana que, bem organizada,  marcava sob pressão e se multiplicava em campo. Ao contrário da equipe adversária, o Brasil carecia e carece de entrosamento entre os jogadores e era evidente isso nos erros de passes no primeiro tempo e na lentidão da passagem da defesa para o ataque.  Claro, velocidade com eficácia só se impõe a time que esteja entrosado. Ficou claro também que o meia Ganso precisa de espaço para jogar o seu futebol clássico e eficiente;

CINEMA – COINCIDÊNCIAS DO AMOR  
Dos consagrados diretores Will Speek e Josh Gordon, o filme “The Switch”, que recebeu no Brasil e em Portugal o título de “Coincidência do Amor” (EUA, 2.010), seria mais uma comédia romântica americana, dentre tantas que invadem as nossas telas, grandes ou pequenas, destinada a um público descompromissado com cinema de arte ou engajado. Mas, surpreendentemente, dentre os muitos títulos que surgiram ultimamente, o filme agrada e chega a ser tocante na maneira com que, de forma leve e realista, enfrenta o problema do amor, casamento e paternidade. Kassie (Jennifer Ariston), uma publicitária bem sucedida, solteira e de meia-idade decide submeter-se a inseminação artificial para ter um filho, como produção independente, pois se diz preocupada com o fato de não ter encontrado a sua outra metade e com ela submeter-se a um casamento e maternidade convencionais. Busca, assim, um doador, cujas características procura conhecer para garantir, na sua suposição, um filho forte e sadio. Seu melhor amigo, Wally (Jason Bateman) não se conforma com essa decisão e tenta demovê-la desse desiderato. Em vão, porém, o amigo aceita participar de uma festa preparada para comemorar a inseminação que seria realizada a seguir. Mas embriagado, Wally encontra ocasionalmente o recipiente no qual o doador, um jovem alto e de porte atlético, Roland (Patrick Wilson), depositou seu esperma com o qual seria realizado o processo de criação do embrião. Daí, acaba substituindo o material genético do doador, pelo seu, fato de que não se lembra, devido a embriaguez total em que se encontra. O trama se desenvolve a partir desses fatos e com o nascimento de um menino que se presume filho do doador. A película é leve e explora o sentimentalismo, sobretudo quando Wally conhece o menino, sem saber que é seu filho e começa perceber que ele apresenta semelhanças e coincidências com a sua maneira neurótica de ser. Vale a pena conferir.

Até amanhã

quarta-feira, 13 de julho de 2011

BERTIOGA E GASTRONOMIA - BUGRE 100 ANOS

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Oi amigos, 

Bertioga é uma antiga cidade litorânea a 30 quilometros do Guarujá  e 120 de São Paulo. É uma das 15 cidades que recebeu o título de estância balneária no Estado de São Paulo e fica na divisa entre o litoral sul e o litoral norte.  O acesso pode ser feito tanto pela Rodovia Rio-Santos a partir do Guarujá, como pela Rodovia Mogi das Cruzes-Bertioga. Se vier por essa última rodovia, ao chegar no pé da serra,  você pode escolher e ingressar na Rio-Santos, pela direita,  no sentido do Guaruja. A 10 km. dali  você chega e pode transitar pela parte antiga da cidade, desde a velha e famosa Colonia de Férias do Sesc, passando pelas  belas praias que se espalham por vários quilometros até o Forte (vide foto acima) e o  centro da cidade. Se pegar à direita (aí a uns 2 km.) você entra na badalada Riviera de São Lourenço, um condomínio de grandes proporções (quase uma cidade) com vida própria e seus módulos de casas ou de edificios de apartamentos elegantes. Bem, mas visitando a velha Bertioga, você pode optar por um bom restaurante, na região central, de fácil acesso,  onde encontrará, a preços razoáveis, uma infinidade de pratos, de massas a peixes, de frutos do mar a carnes bovinas, de bacalhau a aves.  Trata-se do restaurante, pizzaria e sushi Bar Borghese, tradicional na cidade, fundado no ano de 1.988. O Chopp é da brahma, mas há uma variedade grande de cervejas a serem degustadas, se preferir, além de vinhos. A casa é especializada em frutos do mar, tendo como carros-chefes a Paella, a Moqueca de peixe ou camarão, risoto, e pratos variados de  peixes (badejo, salmão, linguado, cambucu, truta, etc). O estabelecimento tem preços especiais para o que chama de festivais. O calendáio Borghese é o seguinte: Festival de Inverno (sopas e cremes), Festival da Tainha (junho e julho), Festival do Camarão na Moranga (agosto), Festival do Sushi (setembro) e Festival de Badejo (o ano inteiro). Consuma, se gostar, o camarão na moranga, muito saboroso e que serve, com folga, até 3 pessoas, ou um filet de pescada a Borghese, uma Caldeirada, ou um File de Badejo, com Amendoas. As opções porém são vastas. Como entrada pode-se pedir uma casquinha de siri, uma porção de bolinho de bacalhau, caranguejos, ostras ou lulas.  São três ambientes a escolha do fregues, todos eles aconchegantes. A Borghese é também uma pizzaria consagrada. São dezenas de tipos de pizzas, para os mais variados gostos. O Calzone de catupiry (opção n. 122) é excelente.  O serviço é de boa qualidade. O restaurante fica na Avenida Anchieta, n. 455, Centro, Bertioga, fone (...013) 3317-2133 e tem serviço de delivery em vasta área do município, incluindo a Riviera de São Lourenço.  Site www.borghesebertioga.com.br. E.mail: restaurante@borghesebertioga.com.


GUARANI F. C. – 100 ANOS

Com um público de 3.751 pagantes e 768 menores, e renda de Cr$100.490,00,  o décimo sétimo jogo do Guarani no Campeonato Brasileiro de 1.978, aconteceu no dia 13 de junho de 1.978, uma terça-feira, às 21,00 horas, no Estádio Paulo Machado de Carvalho, conhecido como Pacaembú, em São Paulo, e o Bugre foi derrotado pela Portuguesa de Desportos, pelo placar de 2 a 0. A partida foi apitada pelo árbitro Oscar Scolfaro e os gols foram anotados por Elói, aos 9 minutos do primeiro tempo e por Enéas, aos 43 minutos do segundo tempo. A Lusa, do técnico Urubatão Calvo Nunes,jogou com Moacir, Marinho,Arouca, Beto Lima e Nelsinho (Isidoro); Ademir, Enéas e Elói; Naldo (Alcino), Tata e Camargo. O alviverde campineiro, do técnico Carlos Alberto Silva, jogou com Neneca, Mauro, Silveira, Edson e Miranda; Zé Carlos, Renato e Zenon; Capitão, Careca e Macedo (Gersinho). O jogo marcou a última derrota do Guarani no campeonato, pois dali por diante não perdeu mais nenhuma partida, até conquistar o título de campeão brasileiro daquele ano.

Boa noite.

terça-feira, 12 de julho de 2011

NO EMBALO DAS TRILHAS SONORAS


Boa noite caros amigos,
Comentando a apresentação do filme “Corações Sujos” que abriu o 4º Festival de Cinema Nacional de Paulínia, o ótimo jornalista e crítico de cinema João Nunes, do Correio Popular, afirma que muitos cinéfilos consideram a música nos filmes, como elemento secundário, sem muita importância. Eu, cinéfilo de longa data e muitos anos, refletindo a respeito,  conclui que não é bem assim. Há, sem dúvida, filmes magníficos em que a trilha sonora nem é lembrada. Porém,  temos exemplos contrários. Filmes médios ou mesmo bons, que se tornam extraordinários por conta dos efeitos especiais de sonoplastia ou trilha sonora. A respeito do papel efetivo da sonoplastia, em geral, e das trilhas sonoras (músicas previamente elaboradas para servir ao roteiro da pelicula), o meu amigo filósofo, sociológo e educador Regis de Moraes, apaixonado por cinema, esclarece: “A sonorização das películas significou grande salto qualitativo, conquanto, de início, cineastas do porte de Chaplin tenham recebido mal a invasão de ruídos e musicalidade nos filmes; mas, tanto os barulhos sonoplásticos como a música traziam inegável aprofundamento percepcional, trabalhando, pelas conexões auditivas nas novas regiões da interioridade humana. Nos filmes do cinema mudo, um piano bem ou mal tocado no interior da sala de exibição, procura “seguir” as cenas com melodias alegres e ritmadas ou languidamente emocionantes. Agora, as músicas afetivas ou incidentais, aperfeiçodas em trilhas sonoras por planejamento prévio passam a ter extraordinário papel na cinematografia.”  (Cinema: A Realidade de uma Quimera, Campinas, SP, Editora Alinea, 2.010). Sem dúvida, o que seria do suspense, ingrediente fundamental do Papa do terror, Alfred Hitichock, em filmes como Os Pássaros, Psicose, Um Corpo Que Cai, sem o componente musical e a sonoplastia? Um dos melhores filmes de todos os tempos, o excelente Cinema Paradiso (foto em destaque), ficou mais apaixonante ainda com  “Love Theme” especialmente na cena em que Salvatore adulto (Jacques Perrin) retorna à sua terra natal, para os funerais do velho amigo Alfredo (Philippe Noiret) e passa se lembrar da infância e do cinema.   Titanic, o maior orçamento e a maior bilheteria de todos os tempos, foi um filme magnífico. Mas ainda mais, quando as cenas de amor entre Jack (Leonardo Di Caprio) e Rose (Kate Winslet), embaladas por My Heart Will Go On, que também embala as cenas trágicas do naufrágio. Há dezenas ou centenas de exemplos (Um Homem e Uma Mulher com Um Homme et Une Femme; Ghost, Do Outro Lado da Vida seria impensável sem o charme e a emoção de Unchained Melody. E por aqui, o gracioso Lisbela e o Prisioneiro, teve perfeita trilha sonora, a começar pela bela canção,  Você não Me Ensinou a Te Esquecer, na voz pequena, afinada e tocante de Caetano Veloso. Enfim,  grandes e inesqueciveis sucessos, para além dos dramas, comédias ou tragédias, as quais ajudaram a dar vida, movimento e emoção a essa arte dos séculos XX e XXI, o cinema.

Até amanhã.

sábado, 9 de julho de 2011

O FESTIVAL E FOTOGRAFIA

Caros amigos:

A 4a. edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paulínia está realmente bombando. Ontem, na sessão destinada à exibição do filme "O Palhaço" de Selton Mello houve superlotação e a direção do festival teve que abrir outras duas sessões para atender a demanda. Presentes na platéia, além do diretor e ator Selton Mello, Paulo José, Thiago Lacerda e o diretor Jayme Monjardim, entre outros. Hoje, sábado, 09 de julho, a partir das 18,00 horas serão exibidos os seguintes filmes: A GRANDE VIAGEM, de Caroline Fioratti, TELA, de Carlos Nader, ROCK BRASÍLIA - ERA DE OURO, de Vladimir Carvalho e MEU PAÍS, de André Ristum.

Ao lado reprodução do quadro "RETRATO DE JOAQUIM REGO MONTEIRO" DE  VICENTE REGIS MONTEIRO, 1.920, óleo sobre tela, 42,5 x 32 cm., que faz parte do Movimento Modernista Brasileiro. Para ilustrar uma crônica que fiz em 2.008, contando um pouco do meu fascínio pela arte da fotografia. Vai lá:

FOTOGRAFIA

                           
Estive  pensando: das artes mais antigas, a que sobrevive com muita intensidade e atualidade é a fotografia.
Claro que muita coisa mudou desde a sua invenção nos idos de 1.826, por Joseph Niépce, na França.       .
Lá se vão os negativos, as salas escuras, os mergulhos, o charmoso “lambe-lambe”.
Mas na era digital, não há nada que faça mais sucesso do que as tais maquininhas carregadas a tira colo por qualquer turista, em qualquer lugar do mundo.
E, ainda, como companhia indefectível da juventude dessa geração curiosamente entusiamada pelo registro de lugares ou personagens, tendo como ponto central ou de referência o próprio dono e respectivo umbigo.
Não é por acaso que qualquer celular que se preze, hoje em dia, disponibiliza esse serviço, no menu.
Da técnica antiga de se retirar os filmes já rodados para levá-los a lojas especializadas de revelação pouco se fala. Esse serviço continua intenso quando se cuida de registrar momentos especiais em álbuns de família (formaturas, casamentos etc.).
Porém, o que vale mesmo é a foto revelada ali, na hora, podendo ser mostrada ao fotografado para que ele mesmo decida se ela fica, ou vai para a lixeira.
Se ficar terá  que  ser baixada no computador.
Que coisa estranha: Eu sou do tempo em que a única coisa que baixava (e eu ainda tinha alguma dúvida) era santo em terreiro.
Agora a gente baixa tudo no computador: música, foto, filme etc.
Numa palavra: a grande invenção da máquina fotográfica, num mundo em que tudo é descartável, é justamente a possibilidade de descarte daquele registro indesejável:
- Olha se eu estou gorda desse jeito? 
- Veja se eu tenho tanta ruga assim? Foi o jeito que você me focalizou, não foi?
E mais: a rapidez com que a técnica moderna me permite bater a foto, correr para a “galera” e sair junto com ela.
Fico imaginando como seria formidável que nós torcedores de times menores, às vezes com apenas um ou dois craques, púdessemos viver o frenesi de ver esse craque batendo o escanteio e ir lá, ele mesmo, fazer o gol (a bola ficaria, imagino, por alguns segundos, parada no ar, à espera da chegada do dito cujo).
Mas eu penso que o grande sucesso da fotografia seja devido exatamente ao fato de funcionar como o inverso da vida.
Sim, enquanto a vida não pára, o tempo urge e ruge, a foto não. Ela fica ali imóvel e imune a tudo e a todos.
Enquanto na vida real momentos e momentos se seguem, num ritual de alegria, tristeza, dor, saudade, como num rio que caminha, caminha e não volta atrás, nos levando para onde nós sequer sabemos, ou queremos, a fotografia fica, resiste, não muda.
É o momento que permanece para a eternidade.
E esse relato seguirá pela vida, pelo tempo, pelas gerações.
Instantâneo! Permanente! Simples!
Pelo bem e pelo mal.
Ela documenta e fará prova, em Juízo ou fora dele.
Provará que lá estive, ou não estive. Com quem se esteve.
Ela é a ilustração do flagrante inusitado e perenizado.
Nem me venham dizer das gravações tão em moda hoje, de telefonemas ou de outros meios de comunicação.
Nada é equiparável à fotografia.
Ela fala mais e melhor que as gravações.
As gravações, especialmente as da Policia Federal, as degravadas pelo Molina da Unicamp, não têm alma, nem graça.
A foto tem! E muita!
Quase ao nível da arte fotográfica, talvez alguns achados da arte pictórica.
Um auto-retrato de  Van Gogh, a Monalisa, quem sabe a Maja desnuda (não a coberta).
É que o fotógrafo registra o que é existente. E o pintor o personagem que ele próprio cria.
É claro que existe arte na fotografia. O ângulo, o aspecto, a perspectiva, tudo isso está presente, sem dúvida, na arte do fotografar.
"A exaltação do valor prático da fotografia, não deve obscurecer seu valor como instrumento de criação artística dotado de uma sintaxe própria, pois com a fotografia nasceu uma nova ma neira de ver o mundo tanto do ponto de vista estético, com seus inusitados ângulos de visão como o close, o desfoque, a imagem tremida e o registro do movimento, quanto pela precisão absoluta com que reproduz a natureza", adverte um site do Yahoo sobre o assunto,
A fotografia, sem dúvida, leva vantagem até em relação ao espelho.
É que, enquanto dizem que os fantasmas notórios  não aparecem no espelho, a foto é capaz de registrar o fantasma oculto que fica entre nós.
É ou não é?
Quantas  vezes você já viu gente mostrando foto para provar que o espírito estava lá, embora ninguém pudesse tê-lo visto.
Só ela me permitirá ter no presente, o passado.
E no passado, o sentido, o momento ali eternizado.
E ao olhar a velha fotografia em preto e branco, de uma juventude que já se foi, no ocaso da existência, é como se ela conversasse com a gente.
E nesse silencioso diálogo dissesse:
- Você vai e eu fico. Você morre, mas eu não. Eu sou você ontem, e serei você amanhã.
Não se preocupe! Estarei assim sempre jovem e sorridente. E serei a sua presença nesse mundo quando você dele partir.
Olhe bem nos meus olhos. Profundamente. Eu tenho alma, eu sou sua alma.
Pode ir tranquilo que eu te apresento para os seus  netos,  bisnetos, para as próximas gerações, assim como você sempre quis que eu fosse. Assim, como aquele momento tão bom que nós vivemos.
Eu sou a sua vingança contra o tempo e contra a morte.
Acho que uma foto pode inspirar tudo isso.
Pode representar um pouco disso.
A fotografia da Marylin Monroe eternizou o bueiro,o vestido e o vento.
E a loira oxigenada também, por que não?
Não me venham dizer dos vídeos ou dos filmes.
Não, nada é comparável à fotografia.
Só com ela eu paro o tempo. E estanco a vida!
Por isso que essa juventude sente tanta atração pelas maquininhas.
Sente, sente, mas provavelmente ainda nem sabe o “porquê”.


Bom final de semana.






quinta-feira, 7 de julho de 2011

ABERTURA DO FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA E O MEIO DE SEMANA NO ESPORTE

Amigos, boa noite.
FESTIVAL DE CINEMA DE PAULÍNIA.
Começa hoje oficialmente o Festival de Cinema Brasileiro de Paulínia que, como eu disse, a cada ano, vem ganhando notoriedade e fama, já sendo considerado um dos mais importantes do país. O tapete vermelho está estendido para receber muitos convidados especiais. Bruna Lombardi, Carlos Alberto Riccelli, Selton Mello, dentre outros, confirmaram presença. Os dois últimos, aliás, têm filmes concorrendo no festival. São mais de R$800.000,00 (oitocentos mil reais) em prêmios, o que não é nada desprezível, em termos de cinema nacional. Mas a noite é apenas para os atores, diretores, convidados e a imprensa. Amanhã já é pra valer. O público poderá assistir aos filmes programados. A entrada é franca,  não é preciso reserva antecipada, mas é fundamental chegar antes do início da sessão. Depois que as cortinas se fecham não se permitirá a entrada de ninguém. Ao menos é o que garante a direção.
THIAGO E O FESTIVAL
O amigão Thiago Vasconcellos de Souza, acompanhante desta coluna, manda o seguinte recado sobre o Festival de Cinema Nacional de Paulínia:
Gostaria de aproveitar seu espaço para deixar uma dica para os amantes da sétima arte. Meus caros amigos Rafael Salazar e Damià  Puig  fizeram um interessante filme sobre a construção de Belo Monte, chamado “À Margem do Xingu – Vozes não Consideradas”. O tema é interessantíssimo e merece atenção de todos nós, pois, dentre outras coisas, o filme mostra a verdadeira motivação para a construção da hidroelétrica de Belo Monte. A obra é forte concorrente em sua categoria (Documentário). Será exibido na quarta-feira, 13 de julho, às 18,30 horas.”
Thiagão, o recado está dado. E também absorvido. Se puder estarei lá. Grande abraço.
COPA AMÉRICA
A  Copa América que acontece na Argentina está sendo uma verdadeira decepção, inclusive para o argentino que, de auto-estima baixa por causa da crise econômica e política, esperava esquecer um pouco as mágoas e vibrar com um futebol de competição e, quiçá, de vitórias e título. Nada disso se viu até agora. A Argentina voltou a jogar mal ontem diante da Colômbia e escapou de uma derrota que faria justiça ao que se viu. O placar de 0 a 0 se deve também ao árbitro brasileiro Sálvio Spínola que deixou de marcar um pênalti claro para a Colômbia, por causa de  uma suposta vantagem, uma vez que a bola sobrou livre para o atacante Moreno que, com o gol escancarado e sem goleiro, de frente para a meta, conseguiu desviar a bola para fora.  Não deixe de ver, se ainda não viu, o lance na Internet ou em algum dos canais e programas de esporte. É inacreditável o gol perdido pela Colômbia. De qualquer maneira tem vantagem contra pênalti? O árbitro Arnaldo César Coelho, falando hoje no Globo Esporte, garante que não.  E considera que o árbitro poderia, em seguida ao lance, não tendo ocorrido a suposta vantagem, apitado a penalidade.  A  situação da Argentina ficou ruim no torneio,pois além de jogar mal as duas partidas, não venceu nenhuma delas e corre o risco de ficar de fora das quartas-de-final se não vencer o  jogo contra a Costa Rica, na 2ª. feira, dia 11.  O Brasil, outro favorito, também não estreou bem e só empatou, sem gols, com a Venezuela, domingo passado. O Uruguai também empatou. O Paraguai, idem. E ao que parece esta será a Copa América dos empates insossos. Triste futebol de retrancas e falta de imaginação.
AS ÚLTIMAS DO FUTEBOL
° Leonel Messi, o melhor jogador do mundo na atualidade, não consegue mesmo jogar bem na seleção argentina. Não é nem sombra daquele craque com futebol aplicado, técnico e vistoso que se vê no Barcelona. Ontem não foi diferente. O atacante foi dominado, cobrou falta mandando a bola perto da lua e até caiu sozinho na entrada da área, simulando depois algum problema físico para  justificar. A torcida em Santa Fé não perdoou. Messi saiu vaiado de campo, como todo o time e o técnico. Até pediram Maradona (o técnico) de volta. É mole?
°  Foi muito bonito o gol que o Flamengo fez no São Paulo, ontem à noite, no Engenhão, em jogo pelo Campeonato Brasileiro da Série A. Negueba fez boa jogada pela direita, conseguiu ir à linha de fundo e cruzou para trás. O bom atacante Thiago  Neves fez  o corta-luz atraindo os zagueiros, deixando a bola livre para Bottinelli bater no canto direito de Rogério Ceni, que nada pode fazer. Com a vitória magra, que fez justiça ao time melhor posicionado em campo e que mais atacou, o Fla assumiu a vice-liderença do campeonato, com 16 pontos e ainda invicto.
° O São Paulo, quem diria, entrou no mesmo esquema que tanto criticava em relação a outros clubes, ou seja, o de não manter técnico. Bastaram três derrotas consecutivas, uma por goleada para o rival Corinthians e hoje à tarde demitiu o técnico Paulo Cesar Carpegiani. Ainda há menos de 15 dias, o tricolor estava invicto no campeonato, em primeiro lugar e com cinco vitórias consecutivas. Esse mundo do futebol é mesmo volúvel. Rapidamente os heróis se transformam em bandidos e vice-versa.  
° Como diz o bom comentarista Tostão, hoje em dia não tem mais bobo no futebol. Os resultados da Copa América provam isso. As antes zebras Colômbia, Venezuela,  Bolívia e Equador, não perderam de Argentina, Brasil, Argentina e Paraguai, respectivamente. Esse negócio de ganhar jogo por antecipação, por suposta tradição etc., não cola mais.
° O futebol da seleção brasileira feminina vai bem, obrigado, no Mundial. A seleção brasileira de Vôlei também. Hoje bateu os Estados Unidos por 3 sets a 1, depois da suada vitória contra Cuba, por 3 sets a 2,quando perdia por 2 sets a 0. E é o futebol masculino que continua com todas as honras, verbas e destaques nesta país. É hora de dividir atenções, prestígios e principalmente patrocínios.  
Até amanhã.