terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PEDRO DE ALCANTARA - POSSE NO TJ DE SÃO PAULO E CINEMA NO ANO DE 2.011


Boa noite, amigos,

DOUTOR PEDRO ALCANTARA DA SILVA LEME FILHO – NOVO DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO.

O amigo-irmão, Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho, advogado atuante e militante, especialmente aqui na cidade e Comarca de Campinas, tomou posse ontem, em solenidade oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, como novo Desembargador daquela Corte. O Doutor Pedro foi indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil em lista sêxtupla, que, submetida ao Tribunal de Justiça, foi reduzida para lista tríplice, tendo ele, na respectiva listagem, obtido o maior número de votos dos Desembargadores do Órgão Especial e, portanto, encabeçado a relação que,   finalmente, submetida ao Executivo, teve o seu nome escolhido e  nomeado pelo Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esse o procedimento previsto na Constituição Federal,  para o preenchimento, nos Tribunais Estaduais, de cargo de Desembargador, na  vaga destinada aos advogados (o chamado quinto constitucional dos advogados), significando que a cada 5 vagas de Desembargador abertas no Tribunal, 3 são destinadas aos Juízes de Carreira, 1 à classe dos Promotores de Justiça (quinto do Ministério Público) e 1 à classe dos advogados (quinto dos advogados). Nossa torcida é toda para que o amigo possa ser feliz na nova e nobilitante função, contribuindo, com seu cabedal indiscutível, como homem e profissional, na tarefa de distribuição de justiça, em tempos tormentosos para o país  e  a Magistratura,  em geral.

DOUTOR PEDRO (II)

O Doutor Pedro é filho e neto de Desembargadores do mesmo Tribunal de Justiça de São Paulo, seguindo assim, e a partir de agora, a carreira de seu pai e avô, respectivamente. Seu genitor, o saudoso Desembargador Silva Leme, faleceu há  pouco mais de 1 (um) ano, sem ter tido oportunidade de ver o filho alçar ao cargo que ele tanto almejava para ele. Mas, por certo, de onde está, acompanha a trajetória do Pedrinho. Quem estava feliz da vida era sua mãe, a prezada Dona Ofélia Gadia, mulher de fibra e de dedicação ímpar à família, tanto a de origem (foram são muitos os irmãos), como a constituída com seu casamento.  Pouco tempo depois da morte do Doutor Silva Leme,  e por ocasião do cumprimento de seu pedido de lançamento de suas cinzas no Araguaia, o Pedro escreveu um necrológio  em homenagem ao pai, que foi publicado nesta coluna na postagem do dia 24 de fevereiro de 2.011, sob o título “O Dia que Lancei As Cinzas de Meu Pai sobre o Araguaia”, peça que que vale a pena reler.

SOBRE CINEMA

A ANCINE (Agência Nacional de Cinema), divulgou ontem os dados de público e renda dos cinemas,  relativos ao ano de 2.011, no Brasil, incluindo os filmes nacionais.  A produção brasileira foi grande: 99 filmes, mas em matéria de público, ele caiu 30% em relação a 2.010, ano em que duas películas nacionais bateram recordes: Tropa de Elite 2 e Nosso Lar. Apesar disso, três filmes brasileiros ficaram  entre os 20 mais vistos no ano e outros 4 conseguiram superar a casa de um milhão de espectadores, cada um.

OS NACIONAIS MAIS VISTOS.

Os filmes brasileiros que levaram maior público aos cinemas, foram, pela ordem: DE PERNAS PRO AR (Comédia), com 3.095.894 espectadores, 11º lugar na relação dos mais vistos; CILADA.COM (outra Comédia), com 2.998.560 espectadores, 13º lugar na mesma relação, e BRUNA SURFISTINHA (drama), com 2.166.461 espectadores, 19º lugar. Além deles,  com mais de um milhão de espectadores, tivemos: ASSALTO AO BANCO CENTRAL, O PALHAÇO, O  HOMEM DO FUTURO e QUALQUER GATO VIRA LATA.

A RELAÇÃO DOS 10 FILMES MAIS VISTOS E SEUS PÚBLICOS

1º) A SAGA CREPÚSCULO – PARTE 1...............................  7.020.756;

2º) RIO............................................................................  6.352.260;

3º) HARY POTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE – PARTE 2....  5.577.760;

4º) OS SMURFS..................................................................  5.075.834;

5º) PIRATAS DO CARIBE – NAVEGANDO EM ÁGUAS MIS-

TERIOSAS...........................................................................   4.428.934;

6º) ENROLADOS................................................................    3.933.495;

7º) GATO DE BOTAS...........................................................    3.793.626;

8º) VELOZES E FURIOSOS 5 ................................................    3.612.706;

9º) CARROS 2......................................................................   3.394.461;

10º) TRANSFORMERS – O LADO OCULTO DA LUA..............    3.134.578;

Na imagem que ilustra a coluna, vê-se a atriz-comediante,  Ingrid Guimarães no filme nacional que levou o maior número de espectadores aos cinemas no ano passado: De Pernas Pro Ar, com mais de três milhões de ingressos vendidos. A imagem foi emprestada do fcocegasoficial.blogspot.com.

Até amanhã, amigos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CINEMA NACIONAL - A MÚSICA SEGUNDO TOM JOBIM


Boa noite, amigos,

Fui ver, neste sábado, o filme nacional que conta a trajetória musical de um de nossos maiores músicos, compositores e poetas, ninguém mais, ninguém menos do que Sua Majestade o Maestro Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, ou simplesmente, Tom Jobim.  A produção é de 2.011, mas seu lançamento, em todo o Brasil, ocorreu agora no último dia 20 de janeiro. Trata-se de um documentário dos mais importantes sobre as várias fases e conquistas de Tom Jobim, conhecido internacionalmente, desde o final dos anos 50, quando apareceu como um dos precursores  da Bossa Nova, junto com  João Gilberto. Não fosse por outras razões, Tom, ao lado de Vinícius, assina a partitura da música brasileira mais conhecida, tocada e vertida em várias línguas estrangeiras: Garota de Ipanema. Mas à evidência que sua obra é muito mais vasta, complexa e qualificada. De formação clássica, o Maestro foi partiturista responsável pela trilha de vários filmes nacionais e estrangeiros, dentre os quais, Orfeu Negro (no Brasil, Orfeu do Carnaval), do francês Marcel Camus, baseado na peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes; O Mundo dos Aventureiros (The Adventurers), de Lewis Gilbert; Gabriela Cravo e Canela, de Bruno Barreto, com Sonia Braga e Marcelo Mastroianni e, numa parceria  com Chico, criou a música tema de Anos Dourados, uma minissérie de sucesso que a Rede Globo exibiu no passado. Fez parcerias com Vinícius de Moraes, com Chico Buarque, com Carlinhos Lyra,  com Dolores Duran, e com muitos outros compositores de renome. A Direção é de Nelson Pereira dos Santos, um dos nossos cineastas mais importantes. Só para recordar, o paulista Nelson é o único cineasta brasileiro a integrar a importante Academia Brasileira de Letras e dirigiu filmes brasileiros de vários gêneros, sempre com indiscutível categoria: Rio 40 Graus (1.955); Rio Zona Norte; Vidas Secas (1963); Brasília 18% (2006),  e especialmente, um que eu considero obra prima do cinema nacional: Memórias do Cárcere (1984), um roteiro adaptado da obra homônima autobiográfica de Graciliano Ramos,  com atuação destacada de Carlos Vereza, vivendo o próprio Graciliano, perseguido e preso pela ditadura Vargas,  e de uma Gloria Pires, ainda  jovem, mas amadurecida profissionalmente. Pois bem, ao lado de Nelson, ainda na direção, a neta de Tom Jobim, Dora Jobim, de 35 anos, filha do músico Paulo Jobim, autora também do cartaz (vide imagem que ilustra a coluna hoje).  O Roteiro é do próprio Nelson, agora com Miúcha Buarque, de coadjuvante. Não há narrativa, nem qualquer explicação no filme. Apenas sucessão de fotografias, registros,  músicas,  intérpretes e os lugares em que foram exibidos, apresentados, tocados, ouvidos,  nos mais diferentes momentos.  Vejam só a lista de intérpretes que cantaram ou gravaram músicas de Tom e que aparecem no filme: Agostinho dos Santos (que saudade de uma das vozes mais lindas que eu já ouvi nessa vida), Silvinha Telles, Dolores Duran, Elisete Cardoso, Sammy Davis Junior, Adriana Calcanhoto, Chico Buarque de Holanda, Gal Costa, Maysa, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, , Judy Garland, Pierre Baroh, Elis Regina, Nara Leão, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Alaíde Costa, Mina, Vinicius de Moraes, Miúcha, Márcia, Cynara e Cybele, dentre outros, cantando músicas como Insensatez, Eu Não Existo Sem Você,   Samba do Avião,  Wave, Garota de Ipanema, Pela Luz dos Olhos Seus, Chega de Saudade, Eu Sei Que Vou Te Amar, Águas de Março, Sabiá. E até um surpreendente Carlinhos Brown, interpretando, ao som de um leve batuque, a  música Luísa.  Em Campinas, o filme está apenas em 1 (uma) sala, no Kinoplex 02 (Shopping D. Pedro) e só em dois horários: 17,45 e 21,45 horas. O patrocínio é da Natura e a distribuição da Sony Pictures.  É filme 5 estrelas (*****). Não deixe de ver em hipótese alguma.

Até amanhã.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

DESASTRE NO RIO, FUTEBOL DO MEIO DE SEMANA E ELEIÇÃO NO TJ DE SÃO PAULO


Boa tarde, amigos,

° Por incrível que pareça, em questão de minutos, desapareceram três prédios no centro da cidade do Rio de Janeiro. Os edifícios, um de 20, outro de 10, e um terceiro de 4 andares implodiram por razões ainda desconhecidas. Desconhecido também o número de mortos e feridos, sabendo-se apenas que seria muito maior se o acidente não tivesse ocorrido durante à noite e os prédios não fossem de destinação comercial. Ainda assim uma tragédia inimaginável e que não pode acontecer. Há quem diga que havia vazamento de gás e que a empresa responsável teria sido convocada, há dias, sem que, de forma oportuna, promovesse a verificação da anormalidade. Aliás, é bom que se recorde que na Cidade Maravilhosa, de maneira freqüente, há acidentes decorrentes de explosão de tampas de bueiros, por efeito de gases no subsolo.  Seja como for, é preciso apurar e cobrar responsabilidades. A vida humana não pode valer tão pouco, nem ser objeto de tanto pouco caso. 

°  Ali na esquina da rua Barão de Jaguara com a rua General Osório, no centro comercial da cidade de Campinas, encontra-se um dos prédios mais antigos e tradicionais da cidade. Trata-se do Salão do Visconde de Indaiatuba, Joaquim Bonifácio do Amaral, nomeado um dos Vice-Presidentes da Província de São Paulo e que também foi proprietário de terras em Campinas e Amparo, tendo fundado a colônia alemã na Fazenda Sete Quedas, uma de suas inúmeras propriedades. O Barão hospedou ali, em seu solar, em duas oportunidades, o Imperador D.Pedro II e Dona Teresa Cristina Maria, a primeira em 1.875, na inauguração da linha da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e a segunda, três anos depois. O prédio, que sofreu um incêndio  nos anos 90, está hoje recuperado e foi locado para acomodar o 7º Cartório de Notas de Campinas. O seu jovem titular, Doutor Carlos Fernando Brasil Chaves realizou obras de recuperação e adaptação do local, respeitando e privilegiando, segundo ele, a estrutura e a história do imóvel. Iluminou também a fachada. Acima, na imagem do blog de hoje, o solar como se encontra agora, contribuindo com a desejada revitalização do centro da cidade campineira;

°  O técnico Gilson Kleina da Ponte Preta, depois da derrota na estréia do campeonato paulista,  fora de casa, para o São Caetano, no domingo, mudou ontem, contra o Bragantino, no Moisés Lucarelli, o esquema de jogo. De um tradicional 4-4-2, optou pelo 4-5-1, escalando 3 volantes, com    o objetivo de fortalecer a defesa, liberando os laterais que, no domingo, nada criaram. Resultado: Uma goleada de 5 a 1 sobre o velho Braga. Quem não viu o jogo imagina que a Macaca sobrou durante todo o tempo. Mas não foi assim. Até 45 minutos do 2º setembro, o placar estava apertado, apontando vitória da “Nega Veia” pelo placar de 2 a 1. Como o Bragantino se atirou no ataque com o objetivo de ao menos empatar a partida, em três contra-ataques eficientes, aos 46, 47 e 49 minutos, portanto, na prorrogação, a Ponte fez o 3º, o 4º e o 5º gols. Assim como a derrota, no fim de semana, não justifica qualquer pessimismo, a goleada de ontem, também não pode gerar euforia despropositada. A Ponte tem um bom time e pode perfeitamente, nessa primeira etapa, brigar, como vai brigar, para estar entre os 8 (oito) times que se classificarão para a segunda e decisiva fase do campeonato. Resta, uma pergunta: Afinal, o 4-5-1 é melhor que o 4-4-2?

° Bem, no que consiste o esquema 4-5-1? Para quem quer entender um pouco melhor de táticas no futebol, o 4-5-1 é um sistema que vem sendo muito utilizado na atualidade, em que desapareceram os antigos pontas natos. Os ponteiros são substituídos no esquema, por dois meias ofensivos, que criam uma linha à frente dos volantes, no momento em que a equipe está sendo atacada. Os meias, que jogam por fora, têm por responsabilidade facilitar a ultrapassagem dos laterais, aproximando-se destes e fazendo triangulações. As vantagens desse sistema, segundo os especialistas, são: a) não exige muito desgaste físico na recuperação da bola; b) boa ocupação do espaço no setor defensivo; c) atrai o adversário, possibilitando situações de contra-ataque; d) exige poucos atletas com características de atacantes;  e) poucos atletas estarão à frente da linha da bola quando ela é recuperada no meio. Adverte-se também que quando a bola é recuperada, é necessário ter qualidade para não ser perdida rapidamente. Mas também há os que preferem, ao invés de dois meias ofensivos, jogar com dois volantes e apenas um meia. Aí é que o time fica mesmo defensivo. De qualquer maneira, quando não se tem um ataque entrosado ou de qualidade, ou, ainda, quando as condições físicas dos atletas não são as ideais, como ocorre no começo da temporada, o esquema cauteloso é o mais recomendável. Mas, frise-se desde logo. Não adiante esse ou aquele esquema se  os atletas disponíveis não têm qualidade para exercer as funções que se exige deles. E é o técnico, em tese, que deve conhecer seus atletas e a partir de suas características e as do adversário, verificar qual o esquema ideal, que pode variar, de uma partida para outra.

° O Real Madrid conseguiu segurar o adversário, ontem, jogando em Barcelona, contra o campeão do mundo. Depois de estar perdendo por 2 a 0, conseguiu empatar a partida em 2 a 2. De nada valeu, no entanto, o resultado, pois nenhum dos dois objetivos foram alcançados, ou seja, o de obter uma vitória,  sobre o mais tradicional rival, na casa dele, o que não acontece  desde 2.007, e a classificação para a seqüência da Copa do Rei;

° O Tribunal de Justiça de São Paulo tem novos comandantes. Em eleição realizada no dia 7 de dezembro de 2.011, e na qual votaram todos os 353 desembargadores componentes daquela Corte de Justiça, foram eleitos os Desembargadores Ivan Ricardo Garisio Sartori, José Gaspar Gonzaga Franceschini e José Renato Nalini, respectivamente, para os cargos de Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Geral de Justiça. Aos eleitos, fica a expectativa de que bem conduzam o maior Tribunal de Justiça do País, com independência, competência, probidade e responsabilidade. Não lhes falta, asseguro, todas essas aptidões.  

Até amanha, amigos. 


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O PEQUENO PRÍNCIPE - CINEMA E O FUTEBOL DO PAULISTÃO

Boa tarde, amigos,
° Escrevendo sobre religiões e suas influências na vida do homem, o escritor Luís Fernando Veríssimo conclui:   E quem garante que a crença mais estranha de todas não seja o ateísmo, que nem explica os mistérios, nem conforta os espíritos?”  (Correio Popular, Caderno A-2, quinta-feira, 19/01/2012). É isso aí.
°  Quem tem criança ou seja adulto de qualquer idade, com alma de criança,  não pode deixar de ir ao Shopping Iguatemi de Campinas, onde se promove uma simpática exposição sobre o Pequeno Príncipe, obra que imortalizou o seu autor, o francês, Antoine de Saint-Exupéry. Além de espaço para o lazer das crianças e sua efetiva participação, pois a exposição é interativa,  há inúmeros adereços, cartazes, vídeos, desenhos e citações relacionadas com a encantadora obra, que embalou o sonho de  muitas crianças, jovens, adultos e idosos, na maneira especial com que o Principezinho, vindo do céu, chamava a atenção para as coisas e os sentimentos essenciais da vida. Na entrada cada criança ganha um passaporte especial para colocar seu nome, o Planeta de onde se origina e outras peculiaridades.  A exposição acontece na Praça de Eventos, 3º piso, de 12 de janeiro a 26 de fevereiro. De domingo a sexta-feira, o horário é das 12,00 às 20,00 horas. Aos sábados, das 10,00 às 22,00 horas. A entrada é franca. Não deixe de ver e levar suas crianças para brincar, se encantar  e aprender valores.
° O Bugre estreou bem no campeonato paulista. Não foi fácil, mas venceu, de virada, o bom time do Oeste de Itápolis, pelo placar de 2 a 1. O comandante dessa vitória e o melhor jogador em campo, foi o meio-campista Fumagalli, que retorna ao Guarani, depois de 11 anos. Aos 34 anos, o “veterano” Fumagalli vai ser pai pela primeira vez;
° O São Paulo fez também uma estréia de gala. Não tomou conhecimento do Botafogo de Ribeirão Preto e aplicou no adversário uma sonora goleada de 4 a 0, tirante mais de uma dezena de chances claras perdidas. Vi grande parte do jogo pela televisão, mas ficou a impressão, sem tirar o mérito do tricolor, de que esse Botafogo precisa se arrumar e se reforçar, eventualmente,   se pretender permanecer na divisão especial;
° No Pacaembu, sábado, e em Bragança Paulista, no domingo, os grandes Corinthians e Palmeiras se deram bem. Ambos ganharam pelo mesmo placar: 2 a 1, de Mirassol e Bragantino, respectivamente. O Timão, no entanto, sofreu para virar o placar que lhe era desfavorável.  O Mirassol é um bom time e dará, mais uma vez, trabalho para as grandes equipes e certamente deverá estar entre os 8 que  se classificarão para a segunda fase.
° O público da primeira rodada até que não foi mal, considerando o início do torneio e as chuvas que caíram em todo o Estado. No Pacaembu mais de 17.000 espectadores foram ver a estreia do Corinthians. Em Piracicaba, o público superou a casa de 11.000 pessoas para ver a primeira partida do retorno do XV, à 1ª. Divisão. Lá o resultado  de 1 a 1, até que não foi  de todo mal para o time da casa contra o badalado Santos. Mas, considerando que se tratava do time reserva do Peixe, também não foi bom;
° O Brinco de Ouro recebeu pouco mais de 3.000 torcedores, para ver Guarani e Oeste. O público foi apenas razoável para o início de campeonato e a desconfiança permanente do torcedor bugrino, considerando ainda que choveu antes e durante todo o jogo.  Fraco mesmo foi o público no Anacleto Campanela  para São Caetano e Ponte Preta. Pouco mais de 600 pagantes. Aliás essa é a média de público do Azulão quando joga em casa, especialmente em fase de maré baixa. A inesperada derrota da Macaca pela contagem mínima (1 a 0) não estava nos planos, mas também não é caso de desespero. Importante é recuperar os pontos em casa, no meio de semana, contra o Bragantino.
° Duas estréias importantes hoje nos cinemas de Campinas. O premiado filme “Os Descendentes”, que tem à frente mais uma interpretação do veterano George Clooney (Globo de Ouro 2012, como melhor ator) e que acaba de ser indicado também ao Oscar, na mesma categoria, e  o documentário “A Música segundo Tom Jobim”, que retrata a vasta e importante obra do maestro e compositor brasileiro, considerado, segundo a crítica, o mais importante  músico do país, ao lado de Heitor Villa-Lobos.
° A consagradíssima atriz Meryl Streep receberá o Urso de Ouro do Festival de Berlim, pelo conjunto de sua obra. Merecido  prêmio, sem dúvida;
° A lista completa dos candidatos ao Oscar 2.012 acaba de ser divulgada. Aos amigos cinéfilos em geral e aos meros apreciadores desta eterna 7ª. arte, vamos discutir um pouco das indicações durante a semana, esperando sugestões e comentários.
Até amanhã e um grande abraço.
 P.S. A imagem de hoje da coluna foi emprestada do blog maedeguri.blogspot.com.







domingo, 22 de janeiro de 2012

TRINTA ANOS SEM ELIS


Bom dia amigos,







São 30 anos sem Elis. E uma legião de órfãos. Elis foi única. A união de uma voz potente e versátil, com cuidadoso repertório, interpretação visceral e emocionante, carisma, sensibilidade, coragem, personalidade, caráter. Não buscou caminhos óbvios ou fáceis. Escreveu Manuel Carlos, na capa de um de seus memoráveis LPs.: “Elis é uma cantora que não faz arte para o público, faz público para a sua arte”. Realmente. Foram 36 anos intensos. Pouco mais de 16 de atividade profissional não menos intensa. Um dos maiores fãs-clubes de todo o país. Sua trajetória, com discos, shows e apresentações será objeto de relançamento. Melhor para nós, seus órfãos, e para a atual geração que aprendeu com a nossa, a admirar essa mulher que chegou do Sul e provocou ondas, maremotos e furacão. “Furacão Elis”, título do livro biográfico escrito pela jornalista Regina Echeverria. Elis é, sem favor, nem bairrismo, uma das dez maiores cantoras do mundo, de todos os tempos, ao lado de Sarah Vaughan, Aretha Franklin, Tina Turner, Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Dione Warwick, Celine Dilon, Whitney Houston e Maria Carey. Não teve o prestígio de nenhuma delas, porque não cantou ordinariamente em inglês (gravou Lennon/Mc Carter, e alguns outros), nem saiu do Brasil, apesar de suas andanças e de seu reconhecimento no exterior (Esteve no Olympia de Paris, no Festival de Mountrex, na Alemanha, na Inglaterra, em Portugal, na Espanha, Itália, nos Estados Unidos). Mas o reconhecimento por todos os cantos onde sua obra chegou é indiscutível. E um respeito, absolutamente profundo, de todos os atores, músicos, imprensa em geral, compositores e do público. Um público seleto, limitado? No começo sim. Depois, não. Elis provou que canta qualquer coisa de qualidade. Todos os gêneros (bossa nova, samba, rock, jazz). Na MPB, sua acuidade e sensibilidade fez com que lançasse ou tornasse conhecida gente de peso. Foi assim com Tim Maia, Ivan Lins, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Edu Lobo, Baden Powel, Dori Caymi, Nelson Motta e uma infinidade de bons músicos e poetas. Lançou artistas como Marcos e Paulo Sérgio Valle, João Bosco, Egberto Gismonte, Renato Teixeira, Zé Rodrix, Aldir Blanc, Ronaldo Bastos, Sueli Costa, Fernando Brant, Lô Borges, Fagner, Maurício e Paulinho Tapajós, Paulo Cesar Pinheiro, Tunai, Ana Terra e incontáveis outros, talentos que o público e a imprensa consagrariam depois, para sempre. A sua voz respeitável, mesmo com um temperamento difícil, porque difícil era o seu meio e as condições que a ditadura militar  impunha à intelectualidade brasileira e à criação de qualquer espécie de arte, defendeu a classe dos músicos, como ninguém. E regravou antigos sucessos, com interpretação própria, trazendo para a sua geração, a poesia e a musicalidade  de Ataulfo Alves, Nelson Cavaquinho, Adoniran Barbosa, Dolores Duran, Pedro Caetano, Cartola, Lupiscinio Rodrigues. Com um inglês escorreito, cantou Lennon e Mac Carter. Gravou também um disco antológico com o respeitável maestro Antonio Carlos Jobim (Elis & Tom). Imortalizou canções como Upa Neguinho, Menino das Laranjas, Lapinha, Madalena, Águas de Março, Pra dizer Adeus, Atrás de Porta, Casa de Campo, Como Nossos Pais, O Bêbado e o Equilibrista, É com Esse que Eu Vou, Black is Beautiful, Travessia, Canção da América, Corrida de Jangada, Wave, Gracias a La Vida, Retrato em Branco e Preto, Andança, Maria Maria e incontáveis, incontáveis outras. E com os musicais“Falso Brilhante”e “Transversal do Tempo” marcou uma nova fase do teatro-musical no Brasil, carente desse tipo de espetáculo. A sua morte prematura provocou um choque e criou uma lacuna até hoje não preenchida.  Se a primeira metade de minha vida, que hoje completa 60 anos, tivesse trilha sonora, ela seria toda feita com músicas interpretadas por Elis, que, de uma forma ou de outra, marcaram os acontecimentos bons e ruins da minha juventura e pré-maturidade. Saudade, Elis, imensa e eterna.

A propósito de sua morte uma agência de notícia divulgou a seguinte locução: “Choram Marias e Clarices.... Chora a nossa pátria mãe gentil. Em busca de um sol maior, Elis Regina embarcou num brilhante trem azul, deixando conosco a eternidade de seu canto pelas coisas e pela gente de nossa terra. E uma imensa saudade”.

Abaixo dois vídeos mostrando um pouco do talento e versatilidade desse mito da música brasileira. Até amanhã.

sábado, 21 de janeiro de 2012

COMEÇA O PAULISTÃO DE 2.012


Boa tarde amigos,

Hoje começa, para valer, o ano no futebol brasileiro, com o início da maior parte dos campeonatos regionais. O mais importante e o mais difícil deles, o Paulista, promete ser o mais sensacional dos últimos anos. A razão é simples: aqui, no Estado de São Paulo, jogam o Campeão Brasileiro de 2.011 (o Corinthians), e o Campeão da Taça Libertadores da América (o Santos). Ambos podem ser apontados como favoritos ao título paulista. Ainda na teoria, São Paulo e Palmeiras, como grandes, são sempre candidatos, mas, pelas renovações implantadas, com chances inferiores. O interior, que já foi em outros tempos, forte e abiscoitou títulos com Inter de Limeira, Bragantino e São Caetano, não deve trazer grandes surpresas, conformando-se as equipes com a situação de coadjuvantes, diante dos recursos limitados, em épocas de vacas magras.   Mas nunca se sabe. A julgar pelo acesso no Campeonato Brasileiro da Série B, do ano passado, talvez  a Ponte Preta possa pensar em  encarar os grandes, assim como a Portuguesa de Desportos, que foi campeã daquele torneio e fez um  campeonato irrepreensível. O Guarani, depois de amargar dois anos na 2ª. divisão, retorna ao grupo de elite com a obrigação, pelo menos, de se manter, evitando mais um descenso no século XXI, pois seus torcedores não agüentam mais o sobe-e-desce. O clube tem novo Presidente, novo técnico, novo time, mas velhos problemas. Sem perspectiva de quitar as dívidas e de obter uma receita estável, a lhe permitir sustentabilidade, a cada ano vive entre o céu e o inferno. As possibilidades desse time são desconhecidas e começam a ser testadas hoje, quando estréia no Campeonato, em seu estádio, logo mais às 19,30 horas, contra o Oeste. Tomara que o campeonato seja limpo e tècnicamente justifique a fama de ser o mais disputado e o melhor dentre os regionais. E que a paz reine nos estádios da Capital e do Interior.
P.S. A imagem da coluna foi emprestada do site produto.mercado livre.com.br;

P.S. (2): O Campeonato Paulista deste ano será disputado por 20 clubes. São eles, pela ordem alfabética: BOTAFOGO, BRAGANTINO, CATANDUVENSE, COMERCIAL, CORINTHIANS, GUARANI, GUARATINGUETÁ, ITUANO, LINENSE, MIRASSOL, MOGI-MIRIM, OESTE, PALMEIRAS, PAULISTA, PONTE PRETA, PORTUGUESA, SANTOS, SÃO CAETANO, SÃO PAULO e XV DE PIRACICABA. 

Até amanhã amigos.


CINEMA - O GLOBO DE OURO DE 2.012


Boa noite amigos,

Esta semana, no mundo do cinema, o assunto foi a premiação do Globo de Ouro 2.012, uma espécie de avant premiere do Oscar, o principal e mais importante prêmio do cinema americano e mundial. Os destaques foram todos para dois longas: The Artist (O Artista), filme francês/belga,  em preto e branco e praticamente mudo, dentro do gênero comédia, sem data para estrear no Brasil, e Os Descendentes, um drama americano estrelado por George Clooney, que também ficou com o troféu de melhor ator de drama. O ótimo Meia-Noite em Paris, de Wood Allen, que já esteve em cartaz por muitas semanas no Brasil, com grande público, ficou com o prêmio de melhor roteiro. Meryl Streep recebeu o oitavo Globo de Ouro de sua carreira, como a melhor atriz de drama, por sua interpretação de Margareth Thatcher, ex-premiê britânica, no filme “A Dama de Ferro”, que tem estréia marcada no Brasil para o próximo dia 10 de fevereiro. E convenhamos, qualquer filme de Meryl é absolutamente imperdível, porque é a atriz mais versátil de todos os tempos. Em qualquer papel, travestida de  uma chef de cozinha famosa e que,  depois de 30 anos de fogão, aprendeu segredo do frango assado (Julie e Julia), ou uma solitária mãe solteira que vive numa ilha grega (o musical Mamma Mia),  ou uma poderosa e impossível editora de moda (O Diabo Veste Prada), ou, ainda,  a Joanna de Kramer VS. Kramer, uma mulher que, depois de abandonar o filho,volta anos depois, tentando recuperar o passado e a guarda da criança,  ou, ainda e  finalmente,  como Clarissa Vaughn, uma editora de livros que vive em Nova Yor,k e dá uma festa para Richard (Ed Harris), um escritor que fora  seu amante do passado  e que hoje está com AIDS, morrendo (As Horas) a veterana atriz americana dá um banho de interpretação. Michelle Williams abiscoitou o troféu de melhor atriz por comédia ou musical, com Sete Dias com Marilyn, que também estréia em 10 de fevereiro aqui na terrinha. Incursionando pelo mundo do 3D, Martin Scorsese logrou premiação pelo longa A Invenção de Hugo Cabret. E As Aventuras de Tintim, deu ao veterano Steven Spielberg o prêmio de melhor animação.
Os premiados, supostamente bons filmes, devem merecer a atenção dos amigos, quando da estréia no Brasil.

No mais, é esperar o Oscar que, mesmo criticado, tem sido referência de filmes que fogem ao  lugar  comum.

 Um abraço a todos e bom final de semana.






















quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O GRANDE SAMBISTA ATAULFO ALVES


Boa tarde amigos,



Aí ao lado a foto de Ataulfo Alves, ainda na sua juventude, emprestada ao blog.clickgratis.com.br.  Ataulfo, nascido em Miraí, Minas Gerais, em 1.909, morreu cedo, antes de fazer 60 anos, em 1.969, mas deixou um grande legado para o samba e a música popular brasileira de raiz. Compositor de nada menos que cerca de  320 canções, que fez sozinho, ou em parceria com outros compositores, seu samba mais famoso, conhecido por todos indistintamente, é “Ai que Saudade da Amélia”, em parceria com o ator, diretor e poeta Mário Lago. Filho de violeiro, nascido na zona rural, aos oito anos já se revelava um grande poeta, escrevendo versos. Aos 19 se tornou compositor, passando a conviver com artistas no Rio de Janeiro e com outros compositores de escola de samba. Aos 24 anos,  Almirante gravou uma de suas músicas, “Sexta-Feira” e, dias depois, a famosa Carmen Miranda também gravou o seu samba “Tempo Perdido”, projetando-o para a glória e fama. Suas músicas foram gravadas por gente importante da MPB, destacando-se, dentre outros, Clara Nunes, Quarteto em Cy e MPB-4. Dentre os centenários sucessos, pode-se citar, ATIRE A PRIMEIRA PEDRA, também em parceria com Mário Lago. LARANJA MADURA, NA CADÊNCIA DO SAMBA, ERREI SIM, MULATA ASSANHADA, MEUS TEMPOS DE CRIANÇA, POIS É, VOCE PASSA EU ACHO GRAÇA, em parceria com Carlos Imperial e muitas outras. O “Garnizé” (galo pequeno), como era carinhosamente apelidado, tendo em vista  a sua baixa estatura, sempre me impressionou pela beleza das letras que compunha para os sambas. Mensagens profundas de vida, de lirismo, de filosofia. Vejam os amigos, por exemplo, a letra do samba LAGOA SERENA, que vai abaixo. Observem a preciosidade de coisas como  /Enquanto houver perdão, não há pecado/.. /Laranja Madura, na beira da estrada, tá bichada Zé, ou tem marimbondo no pé/ Covarde sei que me podem chamar, porque não calo no peito esta dor/Atire a primeira pedra, ai ai ai, Aquele que não sofreu por amor.





LAGOA SERENA

Meu perdão te darei outra vez,

Outra vez eu serei enganado,

Teu amor tanto mal já me fez,

Mas enquanto houver perdão

Não há pecado.



És igual a lagoa serena.

Na aparência e no fundo também.

Sob as águas tranquilas que pena.

Quanto lodo a lagoa contém.



 No vídeo abaixo, na interpretação da sambista, Clara Nunes (saudosíssima também), Você Passa e Eu Acho Graça. 
Até amanhã galera.







terça-feira, 17 de janeiro de 2012

GUARANI 100 ANOS - O JOGO DE VOLTA CONTRA O SPORT EM 1978


Boa noite amigos bugrinos e apreciadores desse esporte bretão chamado futebol. E  dos bons tempos. Pois bem, o campeonato brasileiro de 1.978, aproximava-se de seu final. O Bugre faria o jogo de volta contra o Sport Recife, agora no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, no domingo, 30 de julho daquele ano. No meio da semana, retornara de Recife com uma espetacular vitória por 2 a 0, o que lhe dava significativa vantagem para desclassificar, agora em casa, o adversário pernambucano, indo para as semi-finais do campeonato. O Brinco de Ouro recebia um público excelente: mais de 20.000 espectadores. Agora o favoritismo era todo bugrino. E não houve decepção. O time comandando por Zé Carlos e Zenon no meio de campo teve mais uma jornada de gala. Com um futebol ofensivo, competente e de excelente técnica,  aplicou uma histórica goleada no adversário: 4 a 0, gols de Miranda, Renato e dois de Capitão, o segundo dele por cobertura. No final, a torcida comemorou a classificação, como se fosse a conquista de um título.  Faltavam 4 jogos para o fim do torneio. Na cabeça do mais otimista torcedor bugrino e de seu Presidente, Dr. Ricardo Chuffi, de saudosa memória, ainda pairavam dúvidas: Esse time teria força e competência para ser campeão?

Ficha Técnica.

Guarani 4 x Sport Recife 0.

O vigésimo oitavo jogo do Guarani pelo Campeonato Brasileiro de 1.978, aconteceu no dia 30 de julho de 1.978, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.  O Guarani venceu o Sport Recife, pelo placar de 4 a 0, gols de Miranda aos 10 minutos da primeira etapa,  de Capitão, aos 06 e 18 minutos da etapa complementar e de Renato (Pé Murcho), aos 35, dando números finais ao marcador. No apito o árbitro Arnaldo David Cezar Coelho, do Rio de Janeiro. A renda somou Cr$643.540,00, moeda da época,  para um público total de 20.478 espectadores, entre 18.216 pagantes e 2.262 menores. As equipes jogaram com as seguintes formações: Guarani: Neneca, Mauro, Silveira, Edson e Miranda; Zé Carlos (Manguinha), Renato e Zenon; Capitão, Careca  e Bozó (Macedo). Técnico: Carlos Alberto Silva. Sport Recife: Gilberto, Cardoso, Assis Belém (Cabrera), Djalma e Nivaldo; Biro-Biro, Mauro e Assis Paraíba; Amilton Rocha (Totonho), Miltão e Pita. Técnico: Hilton Chaves.

Veja no vídeo acima os gols bugrinos daquela tarde de final de julho.

Boa época, boa noite, bons sonhos e até amanhã.








segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

LITERATURA JURÍDICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DOS HOSPITAIS

Amigos,
O assunto hoje é jurídico. Trata-se do livro de MIGUEL KFOURI  NETO, sobre Responsabilidade Civil dos Hospitais: Código Civil e Código de defesa do consumidor, publicado pela Editora Revista dos Tribunais, em 2.010. A obra, como adverte o autor, completa a  trilogia composta dos livros  Responsabilidade Civil do Médico”, publicado em setembro de 1.994, e que está na 7ª. Edição (edição de 2.010) e “Culpa Médica e Ônus da Prova”, editado em abril de 2.002,  ambos publicados pela mesma editora. O autor é desembargador no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e  integra a 8ª. Câmara Cível do referido Pretório, como  também o seu Órgão Especial. É Mestre e Doutor em Direito das Relações Sociais, este  último título  pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Grande parte do livro refere-se ao conteúdo de sua  tese de doutoramento, ampliada com atualizações de pesquisa de jurisprudência dos Tribunais brasileiros  e  de diversos países. O conteúdo é mais amplo do que o título, porquanto trata também, até por ser inevitável, da responsabilidade civil médica e dos profissionais de saúde e da culpa médica e ônus da prova, o que significa que, em grande medida, engloba os temas tratados nos dois livros anteriores, de maneira mais sintética e objetiva.  Em linhas gerais, nos diversos títulos e capítulos o autor explora a doutrina e jurisprudência relativas à responsabilidade civil subjetiva e objetiva no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor, do ponto de vista das peculiaridades da prestação de serviços de saúde, envolvendo médicos e hospitais públicos e privados, e a responsabilidade solidária ou isolada  dos planos e seguros de saúde. Aborda, ainda, a responsabilidade  da União, Estados e Municípios, cada qual como ente político corresponsável pelo  SUS, nas respectivas áreas de atuação.  Os temas são diversificados e quase esgotam a matéria (fuga de hospital, homicídio de paciente no interior do hospital, recusa e retardamento no atendimento a paciente, alta médica antecipada, erro de diagnóstico, falta de consentimento informado, responsabilidade dos laboratórios pelos exames complexos e simples, recusa do paciente à transfusão de sangue, guarda e correção dos prontuários dos pacientes, auditoria médica, responsabilidade dos anestesistas, do médico-chefe de equipe pela aplicação ou não da chamada teoria do capitão do navio ou mestre-de-obras,  infecção hospitalar etc.). A obra também explora os temas controvertidos nos tribunais  relacionados sobretudo com a natureza das obrigações médicas, hospitalares e laboratoriais (de meio ou de resultado?) e suas implicações; da inversão do ônus da prova e seu cabimento ou não; e os vários elementos componentes da quantificação e da redução equitativa da indenização;  do fato de terceiro externo como excludente da responsabilidade objetiva no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor; do nexo de causalidade e da teoria da perda de uma chance, fundada em causalidade virtual ou presumida e que assegura indenização mitigada e  já encontra aceitação na jurisprudência brasileira. Por fim focaliza a importância  da problemática relacionada com o chamado testamento vital ou diretrizes prévias (living will), lamentando a ausência de disciplina legal da questão no direito brasileiro. Sugere, por fim, a criação de um “Código de Defesa do Paciente”, por não ser a saúde, tecnicamente, mercadoria, sujeita a defeito do produto ou do serviço,  pressuposto da aplicação  integral e específica do CDC. Em síntese, uma obra séria,  importante e que não pode faltar na  biblioteca de advogados que militam na área, ou na biblioteca de Universidades e Departamentos Jurídicos de Hospitais, seguradores e planos de saúde, que convivem com os problemas relacionados com a saúde pública ou complementar. Deve compor bibliografia de monografias, dissertações de mestrado e teses de doutoramento que tenham como linha de pesquisa a responsabilidade civil médica e hospitalar.
 Um abraço e até amanhã.

domingo, 15 de janeiro de 2012

AI, AI SE EU TE PEGO!


Amigos, boa noite,

Ele apareceu como  quem não quer nada. Goiano, tipo diferente, um sertanejo despojado de botas e chapéu. Cabelinho arrepiado, harmonicamente desarrumado e grudado com gel colante,  como se usa  (ao menos até a próxima lavagem). Espinhas no rosto como adolescente que bate muita punheta (pelo menos essa era a versão que nos contavam quando éramos adolescentes).  Sotaque arrastado nos “erres” como se fosse do interior de São Paulo. Grava lá uma musiquinha despretensiosa. Alegrinha, com aquele ritmo que mexe com os pernas e os quadris. – Ai, se eu te pego, ai ai se eu te pego. Coisa que seria censurada certamente pela ditadura militar. De repente um estrondoso sucesso. Doze milhões de acessos na internet. Delícia, Delícia, Assim você me mata. Virou comemoração de gols no futebol brasileiro e europeu. E  de cestas no basquete do NBO. De tênis com o Nadal requebrando. É mole? Mas, como, por quê? Ah, já sei! Esse negócio de “pegar”, pega mesmo. Vai ver que foi o Cristiano Ronaldo, aquele do Real Madrid. Que já foi o jogador do ano, pela FIFA. E que, segundo o próprio, é muito invejado, porque é rico, bom de bola e bonito. Ah, o Cristiano dançou e cantou isso, graças a seu companheiro de Real, o Marcelo, sabe, aquele zagueirão brasileiro, que dizem, é o DJ do pessoal do Real Madrid. Bem, claro, se um cara bonito, rico e bom de bola canta isso, todo mundo vai querer cantar. Os meninos, principalmente, por uma questão de honra e vaidade. Mas sério, acho que vivemos num mundo de pegadas. Num mundo saudoso de verdadeiras “pegadas”. Você já viu elogio maior para os machos da hora,  do que as meninas (ou a Luana Piovani, de preferência), dizerem que o cara “Pega legal”. “Tem pegada”. Vai ver que é isso! Certamente. Então, vamos resolver esse assunto. Meninada,  agora não é mais tempo de ficar. Ficar, já era. Tá na hora de pegar, pegar firme, pegar de verdade, pegar forte  e prometer essa pegada (Ai, ai se eu te pego).  Só a promessa firme já dá arrepio na destinatária (ou destinatário) da pegada. Por que pegada é legal. Mas se é essa letra tentadora a responsável pelo estrondoso sucesso, como é que ela é interpretada, por exemplo, na Grécia? Ou na Alemanha? Acorda meu:  Gut Morgen!  É não parece que a mensagem da letra é que pega (A música, no Brasil, bem que  poderia ser usada como propaganda da Margarina Delícia. Pegava bem  e legal). Não, não. Ah, mas tem aquele gesto com os dois braços e as mãos fechadas, naquele vai-e-vem (no original o Michel não fez nada disso. Tudo começou com Neymar e seus discípulos e com o Cristiano Ronaldo), como se estivesse a dizer: - Ai, ai se eu te pego. Ai, ai,  aí eu te como. É ou não é? Então o universo está mal comido. Doze milhões de acessos de mal comidos. Virge? Não, não o que pega mesmo é o ritmo. É como a tal da macarena do Caribe, lembram?  A letrinha também era besta. Mas tinha o som legal. O som acompanhado de coreografia feita com as mãos, a cabeça, a bunda, etc. etc. Ou seja, uma coreografia econômica que não exige qualquer parafernália que não seja o tronco e os membros que Deus nos deu (mas os manetas e os pernetas também podem dançar, certamente, com todo o respeito, e o dobro do esforço). Ah, ou então é a "associação" que se passou a fazer entre a música com o gol. A música  com a cesta. A música com a vitória. “Tipos assim”, como diriam alguns jovens descolados da língua, We Are the Champions. Pode ser, pode ser. Mas há  coisas que não se explicam. Não adianta. Por alguma razão, ou por alguma determinação superior elas acontecem. Meu, o Ai, ai se eu te pego, é, na verdade, um forró. Nasceu cantado e arrastado com sanfona, sanfoneiro e tudo mais. O Michel o transformou num sertanejo universitário (Existe isso?). É pop.  Ah, sim, todo mundo é pop, como diz a Ana Carolina. Olhe o vídeo abaixo que não me deixa mentir. Então, ficamos assim: um  forrozão consagrado pelo mundo. E, cá entre nós, enquanto a Ana Carolina garante que comeu a Madona, eu e os meus amigos mortais, podemos continuar apenas imaginando, cantando e dançando (se as pernas obedecerem),  como o mundo está fazendo ultimamente,  - Ai,  ai,  se eu te pego! Delícia, Delícia! Promessas, simples promessas, vãs promessas, com o descompromisso e as mentiras das promessas. Especialmente as da terceira idade. Valeu Michel, Valeu Cristiano Ronaldo. E viva o nosso forró de pegada! Tipo exportação.


No vídeo abaixo, o Michel Teló (Penso que muita gente acha que o Michel é francês e que o Teló é fruto de algum dialeto africano), cantando a sua musiquinha (Musiquinha?).,

Até amanhã.










sábado, 14 de janeiro de 2012

GUSTAV KLIMT E JOÃO DE DEUS - "O BEIJO"


Caros amigos,

Ele nasceu em 14 de julho de 1.862, numa cidade próxima de Viena e morreu no dia 06 de fevereiro de 1.918, em Viena, de apoplexia. Especializou-se inicialmente na execução de murais  e pinturas para teto e cenários. São dele as famosas pinturas da escadaria do Museu de História de Arte de Viena, executadas em 1.890. Nesse trabalho  buscou fazer uma síntese da história da arte em que cada personagem representava um período específico. Trata-se de GUSTAV KLIMT, um dos mais importantes pintores vienenses, cuja obra influenciou artistas do movimento expressionista, dentre os quais o alemão Egon Schiele e o austríaco Oskar Kokoschka. Em suas pinturas revelou a tendência de eliminar o efeito de profundidade e de volume, transformando as figuras num conjunto de superfícies decorativas, com caráter abstrato, de onde se destacavam os pormenores figurativos das mãos e dos rostos. Até 1.917, quando entrou para a Academia de Viena, foi contestado em seu país, especialmente por ter sido um dos fundadores do grupo da Secessão de Viena, movimento de reação contra o conservadorismo acadêmico burguês, mas aclamado na famosa Bienal de Veneza. Enfatizou, nos suas pinturas, a sexualidade e a mulher feminina e fatal, mediante representação das senhoras da sociedade de Viena. Seus quadros compõem-se de mosaicos, cores quentes, motivos florais e animalescos e de mulheres sensuais de corpos desnudados. As suas obras mais conhecidas são O BEIJO, pintura de óleo sobre tela datada de 1.907-1.908 e O ABRAÇO, um projeto para a decoração da casa Stoclet, concebido entre 1.905 e 1.909.

KLIMT NA SUA TERRA NATAL

Fiquei impressionado com o carinho e a relevância que os austríacos dão a toda produção artística do pintor. Ela está por toda parte. O quadro “O Beijo”, mais famoso dentre todos os seus trabalhos encontra-se no Museu do Palácio Belvedere, que tivemos oportunidade de visitar. Ali é possível encontrar um magnífico acervo de obras de pintura e escultura de artistas famosos de todos os movimentos da era moderna (Romantismo, Realismo, Simbolismo, Surrealismo, Impressionismo, Expressionismo etc.). Os visitantes conseguem, com facilidade, observar quadros famosos de artistas como Van Gogh, por exemplo, sem serem fiscalizados diretamente. Mas quando se chega na sala onde estão expostas as obras de Kimt não se permite sequer que se passe próximo. A fiscalização é direta e severa. Impressionante!

KLIMT, O BEIJO E AS REPRODUÇÕES.

As pinturas de Klimt estão por toda parte da cidade. E especialmente “O Beijo” vem reproduzido em cartazes, cartolinas, capas de livros e cadernos, louças em geral, espelhos de bolso etc. etc.

Mas para apreciar a reprodução dessa obra tão famosa você não precisa sair de Campinas. Vá ao GiovanNette V, próximo da Prefeitura e lá, na execução das obras de reforma do Casarão da Santa Casa, tombado por fazer parte do Patrimônio Histórico da cidade,  você observa nos vitrais, reproduções  de “O Beijo”. Na imagem acima, reprodução da famosa obra de Klimt.

Para concluir, divido com os amigos,  uma poesia do poeta e pedagogo lusitano, JOÃO DE DEUS (1.830-1.896), denominada exatamente O BEIJO.

"O BEIJO

Beijo na face

Pede-se e dá-se:

Dá?

Que custa um beijo?

Não tenha pejo.

Vá!


Um beijo é culpa,

Que se desculpa.

Dá?

A borboleta

Beija a violeta:

 Vá!

 Um beijo é graça,

Que a mais não passa:

 Dá?

Teme que a tente?

É inocente...

Vá!


Guardo segredo,

Não tenha medo...

 Vê?

Dê-me um beijinho,

Dê de mansinho,

Dê!


Como ele é doce!

Como ele trouxe,

Flor,

Paz a meu seio!

Saciar-me veio,

Amor!


Saciar-me? Louco...

Um é tão pouco,

Flor!

Deixa, concede.Que eu mate a sede,

Amor!


Talvez te leve

O vento em breve,

Flor!

A vida foge,

A vida é hoje,

Amor!


Guardo segredo,

Não tenhas medo

Pois!

Um mais na face,

E a mais não passe!

Dois...


Oh! Dois? Piedade!

Coisas tão boas...

Vês?

Quantas pessoas

Tem a Trindade?

Três!


Três é a conta

Certinho, e justa...

Vês?

E  que te custa?

Não sejas tonta!

Três!


Três, sim: não cuides

Que te desgraças:

Vês?

Três são as Graças,

Três as Virtudes;

Três.


As folhas santas

Que o lírio fecham

Vês?

E não o deixam

Manchar são.... quantas?

Três!"

Bom final de semana, queridos amigos.