Bom dia amigos,
Hoje é dia da
entrega do Oscar, o mais famoso e tradicional prêmio conferido ao cinema. A
torcida brasileira é toda para a trilha sonora do filme Rio, dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, mas que concorre
numa única categoria: a de melhor trilha sonora original, pela música de Sérgio
Mendes e Carlinhos Brown, Real in Rio. Importante anotar que a música tem uma única
concorrente, Man Or Muppet, de Bret Mckenzie, integrante da trilha sonora do
filme Os Muppet, e, ao menos do ponto de
vista aritmético, 50% de chance de levar a estatueta. Vamos fazer figa até o
horário da abertura dos envelopes. Se a trilha ganhar, será o primeiro Oscar
brasileiro da história. A TNT, canal de
assinatura n. 48 da Net, transmite toda
a solenidade a partir das 20,30 horas. A
Globo, canal aberto, também transmite, mas só a partir das 23,00 horas, isto é,
depois do Fantástico e do Big Brother.
O ARTISTA
Com título
original, THE ARSTIST, traduzido para Portugal e Brasil como O ARTISTA, o filme
é mudo e em branco e preto. Drama, Comédia Dramática ou musical, como
queiram, franco/belga, em 100 minutos deliciosos de homenagem à sétima
arte. O cenário é a nostálgica Hollywood da década de 20. No argumento, o veterano ator, George Valentin (Jean Dujardin) vê o declínio de sua carreira, com a chegada
do cinema falado, e com ele assiste ao sucesso de uma jovem dançarina, Peppy
Miller (Bérénice Bejo) , a qual tinha auxiliado
no começo da carreira e por quem se apaixona. A direção é de Michel Hazanavicius, que
confessa ter, durante muitos anos, sonhado em fazer um filme mudo, porque
grande parte dos cineastas que admira era dessa época do cinema. Por outro lado considera que havia um fascínio pela predominância da imagem
no formato. Nunca, porém, teria sido
levado suficientemente a sério nessa empreitada, finalmente realizada agora em
2.011, com absoluto sucesso e originalidade. Realmente é impressionante,
especialmente para essa jovem geração que não deve perder a oportunidade de ver
a reconstituição impecável da técnica do cinema mudo, como era preciso ter
talento, quando toda a mensagem, a ação e as emoções de um filme tinham que
ser transmitidas aos espectadores, sem qualquer diálogo e, no máximo,
com a inserção de algumas legendas
explicativas escritas. Nessa arte o papel da trilha sonora também passou a ser
fundamental, operando como valiosa técnica auxiliar na experimentação das várias sensações vivenciadas pelos
personagens, segundo o roteiro (alegria, tristeza, nostalgia, saudade, terror
etc.). A distribuição é da Paris Filmes. Roteiro
original surpreendente, como excelente a atuação dos artistas (o francês Jean
Dujardin compete com George Clooney pelo Oscar de Melhor Ator), e do pequeno cão, Uggie, de 10 anos, da raça Jack Russel Terrier, com uma atuação comovente e inesquecível e que
dá origem a um concurso recém-lançado em Hollywood (Coleira de Ouro), para
premiar a atuação do melhor cão do cinema. Omar Von Muller, o treinador de
Uggie, recebeu o prêmio na noite de segunda feira, 13 de janeiro (Um colar de
cristais Swarovski, com um pingente em forma de osso). O cão também recebeu a Palma
de Ouro do Festival de Cannes do ano passado (Palma Canina) e seu treinador
anunciou sua aposentadoria, após a atuação no longa. Fui ver o filme neste fim
de semana, em sala de exibição (Topázio)
do Shopping Prado, que tem se especializado em cinema de arte, captando grande
público aqui em Campinas. O filme realmente satisfez a expectativa que tinha em
torno dele. Dos bons filmes indicados ao Oscar que assisti e comentei nesta
coluna (Os Descendentes, A Separação e, agora, o Artista) é o mais original e,
portanto, cinco estrelas na avaliação. Não deixe de ver de jeito nenhum. Está
indicado ao Oscar em 10 categorias.
P.S. (1) Na
imagem acima n. 1, emprestada do site portaldasnoticias.com, os atores principais do filme, Jean Dijardin
e Bérénice Bejo. P.S. (2) Na imagem n. 2,
emprestada do site cinema.uol.com.br, o cãozinho Uggie, grande estrela e grande
atuação do filme.
Até amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário