Boa noite amigos,
Já imaginaram o que foi o segundo jogo do Bugre, contra o Vasco da Gama, nas semifinais do campeonato brasileiro de 1.978? Pois imaginem o que nós, torcedores, passamos. Para começo de conversa, tínhamos ganho o primeiro jogo, no Brinco de Ouro, com mais de 30.000 espectadores, no meio da semana, pelo placar de 2 a 0 e podíamos perder até por um gol de diferença. Mas será que a meninada do Bugre, organizada pelo experiente meio-campista Zé Carlos, não ia amarelar jogando no gigante do Maracanã? Bem, a verdade é que fosse como fosse era tudo ou nada. Quando a TV mostrou a torcida no Maraca ficamos até arrepiados. Mais de 100.000 espectadores. Isso mesmo. Mais de cem mil o público que foi ver o espetáculo e, é claro, noventa por cento de vascaínos. Tinha também torcida do Fla, do Flu e do Botafogo, secando o rival carioca. E torcedores bugrinos que também foram ao Rio, ou eram do Rio. Anunciou-se, lembro-me bem, a presença, no platéia vascaina, da bela atriz Sônia Braga, naquela época confundindo-se com a personagem da novela inspirada em conto de Jorge Amado: a morena Gabriela. E desta vez, o Vasco vinha com o seu centroavante goleador, Roberto Dinamite, que tinha ficado fora da partida de Campinas. Ninguém duvidava da vitória da equipe cruzmaltina, dada como certa e por placar dilatado. Mas sempre havia uma desconfiança. O Bugre não tinha chegado até ali por acaso. E seria parada dura. O jogo começou. A preocupação era segurar a equipe do Vasco nos primeiros minutos e, se possível, no primeiro tempo, para depois evitar uma derrota por mais de um gol de diferença. Acontece que logo aos 7 minutos, o goleiro Neneca cobra tiro de meta e manda a bola para o ataque. Careca recebe próximo da área e sofre marcação de 3 adversários. Inteligentemente rola a bola para Zenon que vem de trás e bate com perfeição. Gol. Golaço! O Maracanã ficou mudo. Daí para a frente o Vasco apertou mais e mais, aparecendo bem os defensores e o meio de campo, além das defesas do goleiro Neneca. Fim do primeiro tempo. Bugre 1 a 0. Não dava para acreditar. Começa o segundo tempo e o panorama é o mesmo. Vasco no ataque e os meninos do Bugrão tentando segurar o marcador. 20 Minutos de jogo. Num conta-ataque o árbitro apita falta para o Bugre, próximo da área. Zenon, como exímio cobrador, se prepara para a cobrança. Barreira formada, mas em vão. Cobrança perfeita. Bola na rede: Guarani 2 a 0. O Maracanã era um túmulo, tirante o barulho da pequena torcida bugrina e os gritos das centenas de repórteres que transmitam o jogo para todo o Brasil. O Vasco parte para o tudo ou nada. Sabia que agora teria que fazer 3 gols. Fez apenas 1, com Dirceu aos 37 minutos. E no apito final, decepção da equipe carioca e de sua imensa torcida, além da crônica local. E o Bugre estava na final do campeonato brasileiro e classificado para disputar, representando o Brasil, em 1.979, a Taça Libertadores da América.
GUARANI 100 ANOS.
Campeonato Brasileiro de 1978.
Para um público total de 101.541 pagantes e e uma renda de Cr$4.176.615,00, moeda da época, o trigésimo jogo do Bugre, já pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1.978, aconteceu no dia 06 de agosto do mesmo ano, um Domingo, às 17,00 horas, no Estádio Mário Filho, o Maracanã. O Guarani venceu o Vasco da Gama pelo placar de 2 a 1, gols de Zenon (2), aos 7 minutos da primeira etapa e aos 22 da etapa complementar, e de Dirceu, aos 36 minutos do segundo tempo. Apitou o árbitro, Maurílio José Santiago, tendo como assistentes Alvimar Gaspar dos Reis e Osmar Camilo da Silva, todos de Minas Gerais. O Guarani, do técnico Carlos Alberto Silva, jogou com Neneca, Alexandre, Gomes, Mauro e Miranda; Zé Carlos, Renato e Zenon; Capitão, Careca (Adriano) e Bozó (Macedo). O Vasco da Gama, do técnico Orlando Fantoni, formou com Mazzaropi, Orlando, Geraldo, Gaúcho e Marco Antônio; Helinho, Paulinho (Ramón) e Zanatta (Wilsinho); Guina, Roberto Dinamite e Dirceu.
Abaixo o vídeo com os gols do jogo e uma boa noite.
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