sábado, 14 de abril de 2012

GASTRONOMIA - A BROA DA CASA DA BROA


Boa noite amigos,

São muitos os encantos da cozinha mineira.  É uma das  mais famosas e variadas cozinhas deste rico,  imenso e plural Brasil. O pão de queijo já  é patrimônio nacional. Mas além do pão de queijo, há outra companhia excelente para o café do paulista: a broa de fubá mineiro da Casa da Broa. Muita gente já foi lá . O bom mineiro professor e poeta Rubem Alves fez até uma poesia para traduzir os quitutes tentadores da saudosa Dona Ana.

QUEM ERA A DONA ANA?

Conta a família que  cozinheira de primeira, Dona Ana,  era conhecida pelos  amigos e parentes por seus  salgados e bolos, que ficaram famosos nesse círculo ainda fechado e pequeno, cujo modesto projeto foi batizado de  Mil Folhas. Um dia, o Seu Bonifácio, o marido, teve um sonho: sonhou com uma broa mineira. Uma daquelas famosas broas que antigamente e, ainda atualmente, se faz e se come nas  prazerosas terras das Minas Gerais. E não é que Dona Ana passou a produzir essa broa, uma broa especial e magnífica, cujo sucesso transformou o projeto caseiro das Mil Folhas em Casa da Broa, uma indústria e  comércio que tende a se expandir e já é sucesso.

ONDE FICA

Quem passar pela rua Presidente Alves, que é uma travessa da conhecida Avenida José Bonifácio, no Jardim das Paineiras,  em Campinas, logo depois do cruzamento  com a Avenida Jesuíno Marcondes Machado, tem que parar ali no número 1.530. Em um prédio recentemente reformado, você pode chegar no balcão e pedir ou encomendar sanduíches de metro, preparados com massa caseira, com opção pelo formato redondo, grande (36 pedaços) ou médio (25 pedaços), ou salgados como coxinhas, risoles, bolinha de queijo, croquete, quibe, trouxinha de frango, empada, esfiha, folhado de camarão e outras variedades. A casa apregoa que a linha de produção segue os mais exigentes sistemas de controle de qualidade e higiene e que mantém uma equipe sempre de prontidão para atender a freguesia.

A RECEITA DE BROA DE DONA ANA

Mas o grande carro-chefe da casa é, sem dúvida, a broa de fubá  mineira. Realmente diferente de todas as outras que existem no mercado, dentre outras razões, por sua crocância externa e uma maciez “oco” interna. A casa não esconde a receita que é transmitida  em linguagem mineiríssima. São vendidas em pacotes com dez unidades ou de acordo com o que for pedido. Melhor mesmo é você adquirir as broas que saem do forno, ainda quentinhas e deliciosas. E se não quiser esperar até chegar em casa, existe um pequeno espaço café onde você pode consumir unidades delas ali mesmo, acompanhadas de um café quentinho. Imperdível. Prometi um diz levá-las aos meus amigos Procuradores e funcionários da Procuradoria Geral da Unicamp. Quarta-feira última passei por lá, comprei dois pacotes e levei. Foram poucas as 20 unidades, todas consumidas naquela mesma manhã com cafezinho e manteiga. Tinha um terceiro pacote escondido no porta-luvas do carro. Esse eu levei pra casa, à tarde, porque eu e meus familiares também somos filhos de Deus, né?

A RECEITA EM MINERÊS (língua falada em Minas procêis sabê)

BROA DE MIO ISPICIAR (de Alvaro Farcão).

Pega uma vazia quarquê, taca um tanto bão de fubá de mio, senta mantega, uma trisquinha de sá, duas caneca de açuca, trei zovo caipira (se num tivê, pode sê dos farso mermo), duas caneca de lête e uma cuierinha de bicabornato. Mexe o trem inté cansá, bem mixidim mermo.... Displois pica umas tora de quejo, pega um cadim de eiva-doce, junta és tudo na mistura e dispeja na foima.... Inhantes de dispejá, é bão isfregá um cadim de mantêga ô intão di banha na foima, prumode a broa num garra dispois de assada.... O foino tem de tá bem quentim, inhantes de ponhá o trem lá... Num deve de abri ansdahora, pru mode num a broa num incroá.... Tano prontim, é só disinfoimá e cume.... Mas inhantes de cume, se quisé fazê um cafezim e ligá pr’eu prová, num acanha não!... Um bração procêis!

Até amanhã amigos.

P.S. (1) Não tente fazer a broa em casa com a receita que é fornecida. Não vale a pena. Primeiro porque não se tem exatamente as medidas dos ingredientes. Segundo, porque há algum segredo nessa receita da Casa da Broa que não se revela, obviamente. Terceiro, porque o preço de cada uma (apenas R$1,00), é bem confortável. Vá lá e coma. Ou leve pra casa;

P.S. (2) A coluna de hoje é em homenagem aos meus amigos mineiros  Nivaldo e Selma, pais da Mariana, mulher do Alexandre, que é irmão de meu genro, Renato e o único da família que é meu companheiro de cerveja. E também à Mariana, que também é mineira e mãe de duas mineirinhas que nasceram em Machado,  mas moram em Campinas,  a Ju (Ana Julia)  e a Lara (Ana Lara) e que estão nas fotos (Ju na 1 e Lara na 2),  da coluna de hoje. E às duas mineirinhas, elas próprias,  as lindas  Ju e   Lara, filhas do Alexandre , irmão do Renato e netas do Ricardo e da Elizete, pais do Renato, meu genro,casado com a minha filha Samira. Como se vê uma grande família no conceito expandido de parentesco, mas concentrado na afetividade;



Foto 1 (Ana Júlia à esquerda). Foto 2 (Ana Lara à direita).



P.S. (3) Quero mandar um grande abraço à mineiríssima atriz Débora Falabela, mais uma vez exibindo o seu carisma e o seu talento, agora como a personagem  Nina (ex-Rita) da novela global, Avenida Brasil, que começou muito bem  e promete ser um dos grandes sucessos da emissora;

P.S. (4) Para saber mais a respeito da Casa da Broa acesse o site www.casadabroa.com.br., do qual foi emprestada a imagem que ilustra a coluna de hoje.

Até amanhã amigos.

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