Boa noite amigos,
Há meia hora terminou a rodada do Paulistão, com o final dos
jogos das 18,30 horas do domingo (continuo inconformado com esse péssimo
horário para o futebol). Em Piracicaba, o
São Paulo achou um gol aos 44 minutos do segundo tempo e venceu o
lanterna do campeonato, o nosso querido XV de Novembro, pelo placar de 1 a 0 e
conseguiu encostar nos primeiros colocados. Um jogo sem inspiração de ambos os protagonistas, em
que o time da casa, em péssima situação no campeonato, preferiu armar uma
retranca e tentar um gol num contra-ataque qualquer. Quase conseguiu. Mas ainda
desta vez não contou com a sorte, que parece ter abandonado a equipe neste
campeonato. Incrível foi o gol perdido pelo centroavante William José, com o
goleiro totalmente batido e o gol escancarado. Vejam em vídeo na internet ou
nos programas esportivos de hoje e de amanhã, na TV. A Ponte Preta também não
fez uma boa partida contra o Comercial, no Majestoso. Mas apesar disso, somou a
segunda vitória consecutiva (1 a 0), em
cima de outro adversário de Ribeirão Preto (no meio de semana tinha vencido o
Botafogo, fora de casa, pelo placar de 2 a 1)
e manteve-se na oitava colocação, agora com 21 pontos. O Bragantino
confirmou a fase de recuperação e ontem, em Bragança, ganhou do Guarani por 1 a
0, apesar de ter sofrido pressão do adversário durante todo o segundo tempo. O
Bugre é que não anda bem. Foi a terceira derrota consecutiva do time, depois de
uma série de cinco vitórias, mas a gordura adquirida antes, garantiu a manutenção da equipe no G8, agora em 6º lugar, com 22 pontos,
unzinho só a mais que o Bragantino e a Ponte Preta, que ocupam,
respectivamente, a 7ª. e a 8ª. colocações. É hora de reação, embora o próximo
adversário seja nada mais, nada menos, do que o Corinthians, lá no Pacaembu,
sábado que vem. O Palmeiras parece ter voltado à rotina. Depois de boas
vitórias, hoje não passou de um empate sem gols, em casa, com o São Caetano. O Azulão não armou
retranca, jogou de igual para igual e também poderia ter vencido o jogo, assim
como o Verdão também perdeu chances reais. Mas o grande jogo da rodada, pelo
menos em tese e na expectativa, foi
Santos e Corinthians, na reabertura da Vila Belmiro. Sobre esse jogo vale a
pena as anotações que seguem:
1)
Era
o jogo do campeão da Libertadores contra o campeão Brasileiro. Daí a presunção
justificada de que envolvia os dois melhores times do Brasil no momento, embora
os títulos sejam do ano passado e os campeões não tenham enfrentado, desde
então, os demais grandes do Brasil;
2)
Nas
estatísticas, tínhamos também o líder do campeonato (o Timão), dono da melhor
defesa, contra um time em franca recuperação (o Peixe), que depois de um começo
ruim na competição regional, quando jogou com um time reserva, se recuperou e
vem de seis vitórias consecutivas, sendo detentor do melhor ataque, dentre os
20 participantes;
3)
Tite
poupou alguns titulares por causa do jogo de 4ª. feira, contra o Nacional do
Paraguai, pela Libertadores. Muricy,
não. Entrou com o time principal e todas as estrelas, incluindo, Rafael, o
uruguaio Fucile, Neymar e Ganso, embora
também jogue na 4ª. feira, contra o Internacional de Porto Alegre, pelo mesmo campeonato, precisando da vitória;
4)
O
jogo ficou aquém da expectativa. Esperava-se mais tecnicamente. Muito movimentado nos dois tempos, mostrou um
Corinthians, cuja força está no conjunto, e que buscava nitidamente antes se
defender, contra um Santos de características
e vocação ofensivas. O Santos foi melhor nos dois tempos e a sua vitória, pelo
placar de 1 a 0, foi justa;
5)
Com
a derrota do Corinthians, o Palmeiras é o único ainda invicto do campeonato;
6)
Neymar
não jogou bem hoje. Tentou, de todas as formas, pelo meio e pelos dois lados do
campo, criar jogadas, mas parou na boa marcação dos corintianos. Quando
conseguiu vencer a marcação, não acertou o gol. Mas é claro, incomodou
profundamente. Uma jornada sem muita inspiração de nosso maior craque, no
momento;
7)
Ao
contrário de Neymar, Paulo Henrique Ganso fez uma grande partida, como nos
velhos tempos, sendo decisivo, pelo
genial passe que deu a Ibson, na jogada do gol. No mais esbanjou categoria,
comandando o meio campo, fazendo
lançamentos precisos e preciosos. É bom vê-lo voltando à velha forma;
8)
Tite
escalou Adriano como titular. Mas o jogador, nitidamente fora de forma, “não
entrou em campo” como se diz na gíria futebolística. Lento, confuso e dominado,
não ganhou praticamente nenhuma jogada. Teve apenas uma boa chance e um chute a
gol, para fora. Está longe do Adriano de outrora. Aquele, do São Paulo e da Seleção Brasileira;
9)
Gosto
muito do futebol do jogador William, o
número 7 do Corinthians. Mas hoje também não era dia dele. O jogador sofreu faltas,
fez faltas, se irritou, porém errou demais. Foi um dos destaques negativos do clássico;
10)
Ibson,
ex-flamengo, autor do gol santista, está em estado de graça. Um jogador
habilidoso, inteligente e rápido, parece viver o seu melhor momento agora no
Santos. Ibson fez outra vez uma boa partida, a exemplo do que aconteceu no meio
da semana, quando marcou o primeiro gol do Peixe, contra o Guarani, aqui em
Campinas;
11)
O
goleiro Rafael, que viajou com a Seleção Brasileira com Neymar e Ganso no final
da semana passada, para o amistoso de 3ª. feira, retornou ao gol e cometeu uma
falha grotesca. Ao tentar chutar a bola com o objetivo de encobrir Jorge Henrique, acabou permitindo que
o atleta corintiano interceptasse a bola praticamente em frente ao gol. Não
fosse a intervenção precisa do zagueiro Durval, provavelmente a jogada
terminaria em gol do adversário. Humilde, o goleiro admitiu aos repórteres, no
final do jogo, a sua falha e atribuiu a Deus (graças a Deus), e aos seus
companheiros, a ausência do prejuízo;
12)
Em
jogada do início da etapa complementar, o jogador Edu Dracena interceptou,
próximo da linha de fundo, uma bola do atacante corintiano. Na tentativa de
evitar o escanteio, o goleiro Rafael saiu rapidamente, conseguindo ficar com a
bola. Os jogadores corintianos consideraram irregular a jogada e cobraram do
árbitro a marcação da falta. O árbitro não marcou. E estava certo. O zagueiro
não teve a intenção de atrasar a bola com os pés para o goleiro. Chutou-a para
a linha de fundo. O goleiro não estava impedido de tentar evitar o escanteio,
correndo atrás da bola, como fez, com sucesso.
A regra não permite é que o jogador atrase a bola intencionalmente para
o goleiro, com os pés. Da mesma forma, não há irregularidade, quando o zagueiro
chuta a bola, ela bate em outro jogador, seja de seu time, seja do adversário,
ou em um obstáculo, indo para as mãos do goleiro.
13)
Dá
gosto ver esse Corinthians de Tite. É um equipe com espírito coletivo. Todos os
jogadores correm, marcam e se esforçam seja na defesa, no meio ou no ataque. É
verdadeiramente uma equipe solidária,
guerreira, que supera eventuais limitações do elenco, com garra. Por
isso chega onde está, no topo da tabela. Por isso também, no ano passado,
conquistou o campeonato brasileiro, sem ser, acredito, a melhor equipe dentre
todas, no papel. É isso que a fanática
torcida sempre esperou dos atletas que vestem essa camisa. Respeito pela camisa
e pela tradição da equipe de maior torcida de São Paulo e a segunda do Brasil.
P.S. - Na foto que ilustra a coluna os jogadores Borges (do Santos) e Alex (do Corinthians). A imagem foi emprestada do site goltvaovivo.com.br
Até amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário