domingo, 4 de março de 2012

CAMPEÃO DA LIBERTADORES X CAMPEÃO BRASILEIRO E OUTROS JOGOS DA RODADA


Boa noite amigos,

Há meia hora terminou a rodada do Paulistão, com o final dos jogos das 18,30 horas do domingo (continuo inconformado com esse péssimo horário para o futebol). Em Piracicaba, o  São Paulo achou um gol aos 44 minutos do segundo tempo e venceu o lanterna do campeonato, o nosso querido XV de Novembro, pelo placar de 1 a 0 e conseguiu encostar nos primeiros colocados. Um jogo  sem inspiração de ambos os protagonistas, em que o time da casa, em péssima situação no campeonato, preferiu armar uma retranca e tentar um gol num contra-ataque qualquer. Quase conseguiu. Mas ainda desta vez não contou com a sorte, que parece ter abandonado a equipe neste campeonato. Incrível foi o gol perdido pelo centroavante William José, com o goleiro totalmente batido e o gol escancarado. Vejam em vídeo na internet ou nos programas esportivos de hoje e de amanhã, na TV. A Ponte Preta também não fez uma boa partida contra o Comercial, no Majestoso. Mas apesar disso, somou a segunda vitória consecutiva (1 a 0),  em cima de outro adversário de Ribeirão Preto (no meio de semana tinha vencido o Botafogo, fora de casa, pelo placar de 2 a 1)  e manteve-se na oitava colocação, agora com 21 pontos. O Bragantino confirmou a fase de recuperação e ontem, em Bragança, ganhou do Guarani por 1 a 0, apesar de ter sofrido pressão do adversário durante todo o segundo tempo. O Bugre é que não anda bem. Foi a terceira derrota consecutiva do time, depois de uma série de cinco vitórias, mas a gordura adquirida antes,  garantiu a manutenção da equipe  no G8, agora em 6º lugar, com 22 pontos, unzinho só a mais que o Bragantino e a Ponte Preta, que ocupam, respectivamente, a 7ª. e a 8ª. colocações. É hora de reação, embora o próximo adversário seja nada mais, nada menos, do que o Corinthians, lá no Pacaembu, sábado que vem. O Palmeiras parece ter voltado à rotina. Depois de boas vitórias, hoje não passou de um empate sem gols, em casa,  com o São Caetano. O Azulão não armou retranca, jogou de igual para igual e também poderia ter vencido o jogo, assim como o Verdão também perdeu chances reais. Mas o grande jogo da rodada, pelo menos em tese e na expectativa,  foi Santos e Corinthians, na reabertura da Vila Belmiro. Sobre esse jogo vale a pena as anotações que seguem:

1)    Era o jogo do campeão da Libertadores contra o campeão Brasileiro. Daí a presunção justificada de que envolvia os dois melhores times do Brasil no momento, embora os títulos sejam do ano passado e os campeões não tenham enfrentado, desde então, os demais grandes do Brasil;

2)    Nas estatísticas, tínhamos também o líder do campeonato (o Timão), dono da melhor defesa, contra um time em franca recuperação (o Peixe), que depois de um começo ruim na competição regional, quando jogou com um time reserva, se recuperou e vem de seis vitórias consecutivas, sendo detentor do melhor ataque, dentre os 20 participantes;

3)    Tite poupou alguns titulares por causa do jogo de 4ª. feira, contra o Nacional do Paraguai,  pela Libertadores. Muricy, não. Entrou com o time principal e todas as estrelas, incluindo, Rafael, o uruguaio Fucile,  Neymar e Ganso, embora também jogue na 4ª. feira, contra o Internacional de Porto Alegre,  pelo mesmo campeonato, precisando da vitória;

4)    O jogo ficou aquém da expectativa. Esperava-se mais tecnicamente.  Muito movimentado nos dois tempos, mostrou um Corinthians, cuja força está no conjunto, e que buscava nitidamente antes se defender,  contra um Santos de características e vocação ofensivas. O Santos foi melhor nos dois tempos e a sua vitória, pelo placar de 1 a 0, foi justa;

5)    Com a derrota do Corinthians, o Palmeiras é o único ainda invicto do campeonato;

6)    Neymar não jogou bem hoje. Tentou, de todas as formas, pelo meio e pelos dois lados do campo, criar jogadas, mas parou na boa marcação dos corintianos. Quando conseguiu vencer a marcação, não acertou o gol. Mas é claro, incomodou profundamente. Uma jornada sem muita inspiração de nosso maior craque, no momento;

7)    Ao contrário de Neymar, Paulo Henrique Ganso fez uma grande partida, como nos velhos tempos,   sendo decisivo, pelo genial passe que deu a Ibson, na jogada do gol. No mais esbanjou categoria, comandando o meio campo,  fazendo lançamentos precisos e preciosos. É bom vê-lo voltando à velha forma;

8)    Tite escalou Adriano como titular. Mas o jogador, nitidamente fora de forma, “não entrou em campo” como se diz na gíria futebolística. Lento, confuso e dominado, não ganhou praticamente nenhuma jogada. Teve apenas uma boa chance e um chute a gol, para fora. Está longe do Adriano de outrora. Aquele,  do São Paulo e da Seleção Brasileira;

9)    Gosto muito do futebol do  jogador William, o número 7 do Corinthians. Mas hoje também não era dia dele. O jogador sofreu faltas, fez faltas, se irritou, porém errou demais. Foi um  dos destaques negativos do clássico;

10)                      Ibson, ex-flamengo, autor do gol santista, está em estado de graça. Um jogador habilidoso, inteligente e rápido, parece viver o seu melhor momento agora no Santos. Ibson fez outra vez uma boa partida, a exemplo do que aconteceu no meio da semana, quando marcou o primeiro gol do Peixe, contra o Guarani, aqui em Campinas;

11)                      O goleiro Rafael, que viajou com a Seleção Brasileira com Neymar e Ganso no final da semana passada, para o amistoso de 3ª. feira, retornou ao gol e cometeu uma falha grotesca. Ao tentar chutar a bola com o objetivo de  encobrir Jorge Henrique, acabou permitindo que o atleta corintiano interceptasse a bola praticamente em frente ao gol. Não fosse a intervenção precisa do zagueiro Durval, provavelmente a jogada terminaria em gol do adversário. Humilde, o goleiro admitiu aos repórteres, no final do jogo, a sua falha e atribuiu a Deus (graças a Deus), e aos seus companheiros, a ausência do prejuízo;

12)                      Em jogada do início da etapa complementar, o jogador Edu Dracena interceptou, próximo da linha de fundo, uma bola do atacante corintiano. Na tentativa de evitar o escanteio, o goleiro Rafael saiu rapidamente, conseguindo ficar com a bola. Os jogadores corintianos consideraram irregular a jogada e cobraram do árbitro a marcação da falta. O árbitro não marcou. E estava certo. O zagueiro não teve a intenção de atrasar a bola com os pés para o goleiro. Chutou-a para a linha de fundo. O goleiro não estava impedido de tentar evitar o escanteio, correndo atrás da bola, como fez, com sucesso.  A regra não permite é que o jogador atrase a bola intencionalmente para o goleiro, com os pés. Da mesma forma, não há irregularidade, quando o zagueiro chuta a bola, ela bate em outro jogador, seja de seu time, seja do adversário, ou em um obstáculo, indo para as mãos do goleiro.

13)                      Dá gosto ver esse Corinthians de Tite. É um equipe com espírito coletivo. Todos os jogadores correm, marcam e se esforçam seja na defesa, no meio ou no ataque. É verdadeiramente uma equipe solidária,  guerreira, que supera eventuais limitações do elenco, com garra. Por isso chega onde está, no topo da tabela. Por isso também, no ano passado, conquistou o campeonato brasileiro, sem ser, acredito, a melhor equipe dentre todas, no papel.  É isso que a fanática torcida sempre esperou dos atletas que vestem essa camisa. Respeito pela camisa e pela tradição da equipe de maior torcida de São Paulo e a segunda do Brasil.



P.S. - Na foto que ilustra a coluna os jogadores Borges (do Santos) e Alex (do Corinthians).  A imagem foi emprestada do site goltvaovivo.com.br

Até amanhã.


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