quinta-feira, 22 de março de 2012

A PROPÓSITO DO DERBI CAMPINEIRO E COPA LIBERTADORES

Bom dia  amigos,

No próximo sábado, dia 24 de março, acontece mais um derbi (ou derby) campineiro,  nome que se dá para o confronto entre as duas equipes tradicionais da cidade de Campinas, a Ponte Preta, também conhecida como “Macaca” ou “Nega Véia” e o Guarani, o velho Bugre. É o clássico mais antigo do futebol paulista, completando este ano  o seu centenário,  pois a Macaca foi fundada em 1.900 e o Bugre em 1.911. O confronto é o de n. 188, válido pelo Campeonato Paulista da 1ª. Divisão. Na contagem geral o Guarani venceu 65 vezes, a Ponte 60, e foram registrados 61 empates. Por incrível que pareça o primeiro derbi aconteceu no dia 24 de março de 1.912 e o resultado é desconhecido. Ainda vou tentar tirar essa história a limpo, mas convenhamos, vai ser muito difícil conseguir apurar aquilo que ficou na estranha clandestinidade por cem anos. Vejam o que diz o jornalista Rogério Verzignasse, da agência Anhanguera, em reportagem do jornal Correio Popular, edição de hoje, a propósito desse jogo: “O ano  era 1.912. Um tempo romântico. De torcedores educados, de trajes engomados. As reportagens no jornal tratavam as partidas como verdadeiros eventos sociais.Todos os times eram basicamente formados por gente humilde, que trabalhava a semana toda na roça ou nas oficinas. Atletas que, minutos antes da bola rolar, vestiam gravata para a fotografia. Pelo menos teoricamente, não havia espaço para fanatismo, agressões físicas ou verbais. Não havia, por sinal, nenhum motivo para que os torcedores de Ponte e Guarani se odiassem. Tanto é que o encontro nem foi digno de muita atenção na imprensa. E ninguém sabe dizer, ao certo, qual foi o placar final do encontro. A reportagem no Diário do Povo, anunciando o jogo, aconteceu por uma daquelas inexplicáveis peças do destino. O amistoso estava marcado para o domingo anterior, dia 17 de março, no campo da Vila Industrial. Mas um temporal desabou sobre Campinas e o jogo foi adiado. No dia 24, a imprensa se viu obrigada a tocar no assunto para prestar serviço. Afinal, um evento aberto ao público tinha mudado de data. Só por isso. Nas edições seguintes, não se fez qualquer referência ao placar.Ninguém nas redações tinha noção de que aquele episódio seria histórico”.

O DERBI FORA DE CAMPINAS.

Em toda a história dos derbis campineiros, uma única vez a partida foi disputada fora de Campinas. Isso aconteceu no dia 03 de junho de 1.979, pelo 3º turno do Campeonato Paulista de 1.978.   A partida foi disputada em São Paulo, no Estádio do Pacaembu e o Guarani venceu pelo placar de  2 a 0, gols de Capitão e Zenon. Curioso anotar que vários sites e blogs, inclusive a Wikipédia registram como tendo sido o jogo realizado no dia 3 de julho de 1.978, em pleno curso do Campeonato Brasileiro daquele ano, o que não é verdade. Embora realizado fora de Campinas esse derbi é o recorde de público das partidas entre as equipes. Foram 38.948 espectadores, dos quais 35.209 pagantes. Nessa época Ponte e Guarani tinham timaços e Campinas era considerada a Capital Brasileira de Futebol.

Durante a semana falaremos um pouco mais da história desse famoso derbi, com as maiores goleadas de um time sobre o outro e outras curiosidades para registrar na memória de bugrinos e pontepretanos.

TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA

Acabo de assistir a partida entre Corinthians e Cruz Azul do México pela 1ª. Fase da Copa Libertadores da América. Num jogo extremamente movimentado e gostoso de assistir, o Timão, impulsionado pela dupla Ralf e Paulinho, mas com todos os demais jogadores num mesmo nível, foi superior nos dois tempos e venceu a partida pelo placar de 1 a 0, gol de Danilo na primeira etapa. Depois de perder muitas oportunidades para ampliar o marcador, no final da partida o alvinegro do Parque São Jorge quase sofreu o empate com o time mexicano mandando uma bola na trave do goleiro Julio Cesar. Com a vitória o Coringão assumiu a liderença de seu grupo a duas rodadas do final dessa fase de classificação. Impecável a arbitragem do experiente árbitro uruguaio, Martin Vasques e dos bandeiras que o auxiliaram. Um exemplo para as últimas arbitragens do campeonato paulista que revelam erros capitais, sobretudo dos bandeiras.

P.S.  A foto que ilustra a coluna mostra o folclórico e fanático torcedor bugrino, conhecido como “Bozó”, que encontrei recentemente no Tonico’s Boteco, durante a apresentação da cantora Juliana Caymmi. Bozó estava gordo e de rosto cheio, como eu nunca tinha visto.

Até amanhã amigos.

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