GUARANI – 100 ANOS
Caros amigos blogueiros, boa noite.
Para um público pagante de 15.029 espectadores e uma renda de Cr$3.025,00, no dia 28 de maio de 1.978, um domingo, às 17,00 horas, o Guarani disputou, pela segunda fase do Campeonato Brasileiro de 1.978, a sua décima quarta partida, em Belém do Pará, Estádio do Mangueirão, e sofreu uma impiedosa goleada para a equipe do Remo, pelo placar de 5 a 1. Esta seria a penúltima derrota do Bugre no Campeonato, pois só perderia depois para a Portuguesa de Desportos, em São Paulo, pelo placar de 2 a 0 e, numa sequência impressionante de 12 vitórias, sagrar-se-ia campeão brasileiro de 1.978, no dia 13 de agosto subseqüente, após 15 jogos invicto. A derrota do Bugre foi apitada pelo árbitro pernambucano, Manoel Amaro de Lima e a outra curiosidade foi que todos os gols da equipe paraense foram marcados pelo centroavante Bira, aos 13, 23 e 27 do primeiro tempo e aos 2 e aos 40 minutos do segundo tempo. O gol de honra do Bugre foi anotado por Careca aos 34 minutos do segundo tempo. O time do Remo jogou e venceu com Dico, Marinho, Dutra, Darinta e Luís Florêncio; Aderson, Alexandre e Mareco; Leônidas (Humberto), Bira (Zezinho Capixaba) e Bebeto. O técnico era o conhecido Vail Mota. O Guarani, do técnico Carlos Alberto Silva, jogou com João Roberto no gol, Mauro, Silveira, Edson e Miranda; Manguinha, Renato e Zenon (João Carlos); Capitão, Careca e Cuca (Alexandre). O goleiro Neneca, safou-se desta, pois esteve ausente e não sofreu os cinco gols impostos pelo Remo. Quando o campeonato acabou e o Guarani sagrou-se campeão, em agosto daquele ano, os dirigentes e jogadores do Remo andaram espalhando que eles eram os "campeões morais", pois tinham batido o campeão brasileiro pelo largo placar de 5 a 1. Imitavam, naquela altura, o que tinha acontecido na Copa do Mundo da Argentina, nos meses de junho e julho. A Argentina e o Brasil chegaram invictos à semifinal e tinham empatado o jogo entre eles pelo placar de 0 a 0. Assim, iria para a final a seleção que obtivesse maior saldo de gols. O Brasil já tinha vencido o Peru pelo placar de 3 a 0. A Argentina precisaria fazer uma diferença de 4 gols contra o Peru para superar a média brasileira e ir para a final do Campeonato. Não deu outra, fez não 4, mas 6 gols sobre um Peru desinteressado e com suspeita de ter facilitado o jogo. Conclusão: o Brasil teve que se contentar com um 3º lugar, depois de vitória sobre a Itália por 2 a 1. O saudoso técnico Coutinho, então, resolveu considerar que o Brasil era de fato, o campeão moral do Mundial. A Argentina de Maradona foi campeã de verdade vencendo, na final, a Holanda por 3 a 1. O Remo, assim, reivindicava o título de "campeão moral", inventado por Cláudio Coutinho, como ocorrera com o Brasil, no mês anterior, em Buenos Aires. Mas terminou o campeonato em 35º lugar dentre os 74 clubes que o disputaram. O Bugre, como se sabe, foi campeão brasileiro, numa campanha em que registrou 20 vitórias, 8 empates e apenas 4 derrotas. Fez 57 gols e sofreu 22, com saldo de 35.
Até amanhã.
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