Boa noite amigos: A foto ao lado é de Lúcio Távora/Agência A Tarde/AE, e mostra mulher segurando a imagem da Irmã Dulce, conhecida como Dulce dos Pobres e que foi beatificada em cerimônia concorridíssima ontem em Salvador, Bahia. Começo a semana com trecho de texto denominado “Cotidiano”, de autoria do professor, escritor e poeta, Rubem Alves, publicado na Folha de São Paulo, edição de 27 de maio de 2.008. Faço-o em homenagem aos meus amigos da terceira idade. Na primeira rodada do campeonato brasileiro da série A, edição de 2.011, o destaque foi para a boa estréia de todos os paulistas (São Paulo, Palmeiras e Corinthians venceram, e o Santos, com inúmeros reservas, empatou com o Internacional, na Vila Belmiro). No Engenhão, no Rio, ontem não teve futebol. O estádio recebeu o show do famoso beatle Paul Mac Carter, que hoje repete a dose para novos milhares de felizardos fãs. Continuamos, destacando os jogos do Campeonato Brasileiro de 1.978, nos 100 anos do Bugre e algumas notas ainda sobre Buenos Aires, a bela capital portenha. Aproveite a ocasião para visitá-la, pois os ventos estão favoráveis. Lá o real chega a ser cotado, para algumas compras e em alguns restaurantes, em até 2,50 pesos.
A BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE.
A BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE.
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes era o nome da religiosa Irmã Dulce, Dulce dos Pobres, que nasceu no distante ano de 1.914 e dedicou grande parte de sua vida cuidando de desabrigados e enfermos. Ontem, em Salvador, mais de 70 mil fiéis acompanharam, desde o início da tarde, a cerimônia de beatificação da religiosa, presidida pelo cardeal d. Geraldo Majella Agnelo, representante do Papa Bento XVI. Dentre os presentes ilustres, a Presidente Dilma Rousseff, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, da Bahia, Jacques Wagner, e de Sergipe, Marcelo Déda, o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro e o ex-governador e candidato derrotado à Presidência da República, José Serra. Foi o primeiro passo para a canonização, que depende de um longo processo em que se deve comprovar pelo menos mais um milagre atribuído a ela (para a beatificação já se considerou um). Independentemente da relevância ou não da beatificação, inclusive para os acatólicos ou ateus, é indiscutível o grande trabalho social desenvolvido pela religiosa, durante toda a sua profícua existência. Bendita, pois, Irmã Dulce, a primeira beata brasileira.
COTIDIANO – RUBEM ALVES.
“Dei-me conta de que estava velho, há cerca de 25 anos atrás. Já contei o ocorrido várias vezes, mas vou contá-lo novamente. Era uma tarde em São Paulo. Tomei um metrô. Estava cheio. Segurei-me num balaústre sem problemas. Eu não tinha dificuldades de locomoção. Comecei a fazer algo que me dá prazer: ler o rosto das pessoas. Os rostos são objetos oníricos: fazem sonhar. Muitas crônicas já foram escritas provocadas por um rosto – até mesmo o nosso – refletido no espelho. Estava eu entregue a esse exercício literário quando, ao passar de um livro para outro, isto é, de um rosto para outro, defrontei-me com uma jovem assentada, que estava fazendo comigo aquilo que eu estava fazendo com os outros. Ela me olhava com um rosto calmo e não desviou o olhar quando os seus olhos se encontraram com os meus. Prova de que me achava bonito. Sorri para ela, ela sorriu para mim.... Logo, o sonho sugeriu uma crônica: “Professor da Unicamp se encontra, numa carruagem de metrô, com uma jovem que seria o amor de sua vida...” Foi então que ela me fez um gesto amoroso: ela se levantou e me ofereceu o seu lugar... Maldita delicadeza! O seu gesto amoroso me humilhou e perfurou o meu coração... E eu não tive alternativas: Como rejeitar gesto tão delicado?! Remoendo-me de raiva, e sorrindo, assentei-me no lugar que ela deixara para mim. Sim, sim, ele me achava bonito. Tão bonito quanto o seu avô...”
GUARANI – 100 ANOS – CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1.978.
Pela 2ª. fase do Campeonato Brasileiro de 1.978, o 13º jogo do Guarani foi contra o Brasília, na casa do adversário e o Bugre venceu por 3 a 0. A partida foi realizada no dia 24 de maio de 1.978, uma quarta-feira, às 21,00 horas, no Estádio Elmo Serejo Farias, cidade satélite de Taquatinga, no Distrito Federal. Apitou o árbitro Maurílio José Santiago, de Minas Gerais. O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0. Os três gols foram marcados no 2º tempo por Bozó, aos 10 minutos e por Renato, que marcou aos 24 e aos 38, selando a goleada. O público pagante foi de 6.015 espectadores, para uma renda de Cr$167.025,00. O Brasília, do técnico Dicão, jogou com Paulo Vitor, Newton, Chavala, Luís Carlos e Odair; Well, Péricles (Nei) e Raimundinho; Edmar, Léo (Zé Carlos) e Lula. O alviverde campineiro, do técnico Carlos Alberto Silva, jogou e venceu com Neneca, Alexandre, Silveira, Edson e Miranda (Cuca); Manguinha, Renato e Zenon; Capitão, Careca e Bozó (Adriano).
MI BUENOS AIRES QUERIDO I
A Argentina é uma república federativa, como o Brasil. O Parlamento é constituído do sistema bicameral com Câmara dos Deputados e Senado. O apogeu do tango aconteceu nos anos 40, em que os compositores e cantores desse gênero musical, que chegou a ser proibido, acoimado de sensual e pornográfico, passaram a ser conhecidos e se destacar em todo o mundo. Agora, no século XXI, o tango passou a ser declarado patrimônio mundial pela Unesco.
MI BUENOS AIRES QUERIDO II
O Boca Juniors é o time mais popular da Argentina e tem a torcida mais fanática. O grande clássico acontece quando Boca e River Plate se encontram por qualquer dos campeonatos que venham a disputar. O Boca foi fundado no ano de 1.905 e seus fundadores convencionaram que a bandeira teria as cores do primeiro navio que aportasse em Buenos Aires, logo em seguida à fundação. Por essa razão, a bandeira do Boca tem as cores azul e amarelo, iguais as da bandeira da Suécia. O estádio do Boca, La Bombonera, foi inaugurado em 25 de maio de 1.940.
Boa noite e até amanhã, companheiros.
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