sábado, 7 de maio de 2011

TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENCIS E FUTEBOL DE CAMPINAS

Boa noite caros amigos,
Hoje é sábado e um sábado especial para o futebol de Campinas. Ponte Preta e Guarani disputam títulos em jogos que acontecerão no começo da noite. A Macaca faz o segundo jogo contra o Oeste, em Itápolis, às 18,30 horas, valendo o título do Torneio do Interior promovido pela FPF. No primeiro jogo a Ponte venceu em Campinas, o mesmo adversário, pelo placar de 2 a 1, jogando hoje pelo empate para levantar o caneco e embolsar R$250.000,00, dinheiro que não é para se jogar fora, em tempos bicudos. O Bugre, em jogo único a ser realizado no Estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba, enfrenta o XV de Piracicaba, valendo o título de Campeão do Campeonato Paulista da Série A-2, conhecido como "Segundona". Pelo regulamento nenhum dos dois leva vantagem e se o jogo terminar empatado em 90 minutos, haverá prorrogação por mais 30 (dois tempos de 15) e, persistindo o empate, o título será definido em cobrança de penaltis. A partida começa às 19,00 horas e terá transmissão ao vivo pela Rede Vida. Espera-se recorde de arrecadação no Barão de Serra Negra, com mais de 20.000 torcedores, a julgar pelo número de público dos últimos jogos do XV. Além do caneco, o vencedor levará R$100.000,00. Amanhã falaremos sobre os dois jogos. Mudando de assunto, vamos falar sobre MPB. A Editora Moderna lançou um projeto editorial  de coleção que compreende  o comentário em livro, e a reedição em CD, de 25 discos que fizeram história na Música Popular Brasileira. No destaque, o volume 1 (é a capa original do disco em vinil com todos os participantes do projeto que você pode tentar identificar),  disco histórico denominado TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENCIS, de 1.968, contendo texto de Ricardo Moreira, profissional que atua no mercado fonográfico, em marketing cultural, na criação e produção musical, e na coordenação artística de grandes gravadoras, ao lado dos mais importantes nomes da MPB, grandes executivos e produtores musicais. Os outros 24 discos selecionados são os seguintes: 2 – MEUS CAROS AMIGOS (1976) CHICO BUARQUE; 3 – IDEOLOGIA (1988) CAZUZA; 4- CLUBE DA ESQUINA (1972) MILTON NASCIMENTO & LÔ BORGES; 5- CINEMA TRANSCENDENTAL (1979) CAETANO VELOSO; 6- ACABOU CHORARE (1972) NOVOS BAIANOS; 7- SECOS E MOLHADOS (1973) SECOS E MOLHADOS; 8- CABEÇA DINOSSAURO (1989) TITÃS; 9- A TÁBUA DE ESMERALDA (1974) JORGE BENJOR; 10- FRUTO PROIBIDO (1975) RITA LEE & TUTTI FRUTTI; 11 – EXPRESSO 2222 (1972) GILBERTO GIL; 12- TUDO AZUL (1984) LULU SANTOS; 13- A DIVINA COMÉDIA OU ANDO MEIO DESLIGADO (1970) OS MUTANTES; 14- FALSO BRILHANTE (1976) ELIS REGINA; 15- PÉROLA NEGRA (1973) LUIZ MELODIA; 16- A VOZ E O VIOLÃO DE DJAVAN (1976) DJAVAN; 17- AS AVENTURAS DA BLITZ (1982) BLITZ; 18- GONZAGUINHA DA VIDA (1979) GONZAGUINHA; 19- SELVAGEM? (1986) PARALAMAS DE SUCESSO; 20- DANÇA DA SOLIDÃO (1972) PAULINHO DA VIOLA; 21- SOMOS TODOS IGUAIS NESTA NOITE (1977) IVAN LINS: 22- CAÇA À RAPOSA (1975) JOÃO BOSCO; 23- CAVALO DE PAU (1982) ALCEU VALENÇA; 24- CANTAR (1974) GAL COSTA; 25- ZÉ RAMALHO (1978) ZÉ RAMALHO. Uma grande oportunidade para conhecer um pouco da trajetória de nossos grandes artistas e bandas (em determinada época chamadas de conjuntos musicais) e adquirir, em CD, discos antológicos que marcaram época e movimentos dentro da sempre destacada música popular brasileira. Ao projeto merecidos elogios. É claro que nem todos nós iremos concordar que sejam esses 25 discos selecionados, os melhores da MPB, mas inegavelmente são muito representativos da qualidade do que se produziu no país nos últimos 60 anos. Projeto, portanto, merecedor de todos os elogios.
TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENSES
O disco foi gravado e lançado no marcante ano de 1.968, “o ano que não terminou”, tendo em vista os grandes acontecimentos políticos, sociológicos e culturais que envolveram o mundo. “O disco marca a revolução pretendida pelo movimento tropicalista, que Caetano Veloso definiu como o “avesso da bossa nova”, e como ferramenta de um movimento sem pretensões estéticas de se tornar gênero musical, seria considerado o projeto coletivo mais importante da histórica fonográfica nacional” (Ricardo Moreira). São 12 faixas, assim distribuídas: 1- MISERERE NOBIS (Gil e Capinam) na interpretação de Gil e Mutantes; 2- CORAÇÃO MATERNO (Vicente Celestino) Caetano Veloso; 3- PANIS ET CIRCENCIS (Gil/ Caetano) Os Mutantes; 4- LINDONÉIA (Caetano/Gil) Nara Leão. 5- PARQUE INDUSTRIAL (Tom Zé)  Caetano, Gal, Gil, Tom Zé e os Mutantes; 6- GELÉIA GERAL (Gil/Torquato Neto) Gilberto Gil; 7 – BABY (Caetano) Gal Costa e Caetano Veloso;  8 – TRÊS CARAVELAS (Las Tres Carabelas) (A.Algueró/G. Moreu- versão de João de Barro) Caetano e Gil; 9- ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM (Caetano)  Caetano Veloso; 10- MAMÃE, CORAGEM (Caetano Veloso/Torquato Neto) Gal Costa; 11- BAT MACUMBA (Gil/Caetano) Gilberto Gil e 12- HINO AO SENHOR DO BONFIM (João A. Wanderley e Arthur De Salles) Caetano, Gil, Gal e Os Mutantes. Trata-se de um “mix” de gêneros musicais (bolero,  Bossa Nova, Jazz, música sacra e música afro) e sons  (batidas de rito de candomblé e macumba, sons experimentais),   desde o que se considerava brega (veja a gravação de Caetano de Coração Materno de Vicente Celestino), a versões de músicas estrangeiras, como Três Caravelas. Uma revolução que contou com inéditas de Gil, Caetano, Tom Zé, Capinam e Torquato Neto, com os três primeiros também interpretando ao lado da voz privilegiada de Gal Costa,  ora suave e romântica (Baby I Love you, em Baby, sucesso nacional absoluto), ora grave e dramática (Mamãe, mamãe não chore em Mamãe Coragem) e dos Mutantes (convocando para a missa em Miserere Nobis). A produção é de Manuel Barebein e os arranjos do competente, ousado e psicodélico maestro Rogério Duprat.   Um dos discos mais importantes da Tropicália, dos compositores e artistas que representaram o movimento e da música popular brasileira.  
Boa noite a todos e até amanhã.




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